A Primeira Mudança

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Olá pessoinhas, turu bom? Hoje vim tomar vergonha na cara e postar meu ABO. Bem, espero que gostem ^-^ 

Boa leitura, povo!

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Um barulho me desperta. Abro os olhos já enfurecido, caralho, eu vou tacar essa merda de despertador na parede!

Com toda a força do mundo que tenho logo após acordar, bato sobre o que deveria ser o despertador. Se minha mão fosse um pouco mais para o lado, talvez eu tivesse o acertado. Um cálculo errado e bati minha mão na madeira da cômoda. Que dor!

- Ai! Porra! - Esbravejo, levantando das cobertas de supetão e massageio minha mão que está ardendo. O despertador ainda está ali, tocando incessantemente.

- Olha a boca, Yura! - Ouço a voz de meu avô vindo da cozinha. Ouço o tilintar das panelas e talheres. Está fazendo o café da manhã. - Desligue esse despertador logo e se arrume, senão vai se atrasar!

- Já estou indo, vovô! - Com a mão boa, dou um soco sobre o despertador e finalmente o barulho irritante para e a calmaria volta a reinar. Se não fosse, é claro, pelo barulho do vento vindo do lado de fora da janela, criando uma música que agrada uns e amedronta outros.

Saio das cobertas quentinhas e coloco minhas pantufas. Meu pé se arrasta sobre o chão. Bocejo e vou em direção a porta do meu quarto para abri-la. O cheiro que vem do lado de fora me faz despertar totalmente. Meu avô sabe cozinhar de um jeito extraordinário!

- Bom dia, vovô. - Me espreguiço e passo a mão sobre as pálpebras. A televisão normalmente ligada já de manhã estava passando as notícias do dia, falando sobre o clima ou alguma coisa que tenha acontecido enquanto dormíamos, enfim, coisas pra gente mais velha. Odeio ver o noticiário. Bocejo mais uma vez.

- Bom dia, Yuratchka. - Disse colocando grénki no prato diante de mim. O cheiro estava maravilhoso! Minha boca salivava vendo uma maravilha daquelas. - Opa, escovou os dentes ou pelo menos jogou uma água na cara antes, Yura? - Vovô colocou a frigideira na pia, fazendo o metal produzir um estalo quando entrou em contato com a água.

- Desculpa, vou lá agora. - Corri até o banheiro, assustando e quase tropeçando na pequena Potya que estava caminhando pela casa. - Desculpa Potya!

Diante ao espelho do banheiro, vi meu cabelo totalmente desgrenhado. Eu me impressiono como consigo deixa-lo assim e também com a capacidade do meu avô não se assustar com uma coisa dessas ou talvez não confundir com algum bicho que tenha pousado na minha cabeça. Pego a escova de cabelo e passo sobre as mechas, abaixando-as e tirando os nós criados durante o sono.

Com uma aparência melhor, pego a escova de dentes e a pasta. Passando a escova rapidamente na água, começo a criar espuma com o creme dental, limpando os dentes e melhorando o meu hálito que estava uma "beleza". Sinto algo passar pelos meus pés e olho para baixo, vendo Potya passar entre minhas pernas. Sua cauda peluda provocava cosquinhas  e me fazia rir, ainda com a escova na boca. Acariciei sua cabeça e voltei a olhar no espelho. Jogando a espuma fora, peguei o pequeno copo de vidro ao lado e enchi de água. Enxaguei minha boca.

- Muito melhor. - Sorri, vendo meus dentes com uma cor bem melhor do que antes. Agora só faltava jogar um pouco de água no rosto. Ao pegar o fecho da torneira, parecia que o metal estava queimando minha pele. Que estranho. Deixei isso para lá. Fiz uma concha com as mãos e coloquei-as debaixo da água. Se o fecho estava queimando, a água parecia já criar bolhas provocadas por queimaduras de segundo grau.

- Ai! - Rapidamente tirei as palmas debaixo d'água e coloquei-as perto do meu tronco, como se as fosse proteger. A dor parecia ter se dissipado, não havia nada na minha mão. O que está acontecendo?

Breaking The RoutineOnde histórias criam vida. Descubra agora