Contrastes

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Meu corpo ansiava o que aconteceria a seguir, minha excitação aumentava cada vez mais. Mesmo não conhecendo muito bem o moreno, eu me sentia tão confortável ao seu lado, ele era como um imã e eu como um ferro qualquer ou seu polo oposto, onde eu apenas queria ser atraído mais e mais para perto de seu corpo. Por que não consigo achar isso estranho?

Otabek estava dando passos largos, quase correndo, tanto que eu estava sendo literalmente arrastado por ele. Sua mão envolta do meu pulso emanava um calor sobre minha pele, mas não queimava, era reconfortante, acolhedor, eu apenas queria mais, mais pelo meu corpo, por toda minha extensão.

Ele tirou uma chave de seu bolso ao chegar na entrada de uma casa com uma fachada simples, mas mesmo assim, algo que eu com certeza não poderia pagar. O interior da casa lembrava mais aquelas plantas de sobrados bonitinhos e todo decorados, cada móvel parecia nunca ter sido tocado, estava tudo meio monótono, até meio chato, não tem vida alguma. Hoje eu acabo com esse aspecto maçante.

No momento que ele fechou a porta de entrada atrás de nós, eu parti para cima do moreno, atacando seus lábios de forma brusca, fazendo-o assustar e seguidamente corar, que bonitinho, se eu pudesse, teria sorrido de como ele ficou. Aquele cheiro salgado que me lembra a maresia começa a invadir minhas narinas novamente, estranhamente fazendo o clima esquentar ainda mais, só contribuía para meu estado de excitação ficar quase insuportável. Mordo seu lábio inferior e ele arfa com a ação, aproveito a deixa para juntar nossas línguas, começando uma dança descompassada, algo que poderia ser incessante se ele quisesse. Cada movimento me fazia ficar mais quente, eu me sentia queimar com o prazer que sinto. Tirei meu casaco branco sem desgrudar dos lábios que pareciam ser um doce irrecusável. Num ato repentino, roço meu membro já ereto no seu, fazendo-o gemer. Ele cessa nosso beijo e nos separa, deixando um estreito fio de saliva ainda nos unindo.

- Bom... - Ele sussurra com sua voz extremante grave, recobra seu fôlego e se aproxima do meu pescoço, fazendo-me sentir sua respiração em minha pele quase ardente. - Acho melhor nós irmos para o quarto, não? - Sua voz me entorpece, ainda mais sendo sussurrada, estou em totalmente em suas mãos. Tome-me do jeito que achar melhor, Otabek.

- S-sim. - Respiro pesadamente, minha excitação é tanta que quase não consigo me concentrar direito, quero apenas ser fodido logo. Só vamos logo pra porra do quarto!

Sou guiado a uma porta ao lado da cozinha. Uma cama com lençóis brancos está bem no centro do cômodo, com tudo alinhadinho e arrumado. Será um prazer fazer uma bagunça com cada um deles. Chegando mais perto, Otabek me empurra sutilmente, deixando-me cair sobre os delicados lençóis, que mais parecia que eu tinha caído direto em um marshmallow gigante. Em poucos movimentos ele tira sua jaqueta de couro e sua camiseta branca, mostrando seu abdômen definido e sentando sobre meus quadris. Caralho, que vontade de passar a mão apenas para saber qual é a sensação da minha mão em sua pele morena. Repentinamente ele pega meu pulso, e encosta minha palma em sua epiderme quente, fazendo-me arrepiar e gemer baixinho. É como se ele tivesse lido meus pensamentos. Trago sua cabeça para mais perto, juntando nossos lábios novamente. O seu gosto é tão fodidamente bom, eu apenas quero mergulhar nele e nada mais. Me deixe continuar sentindo-o.

Ainda sobre mim, Otabek apanha a bainha da minha camiseta escura, levantando-a, tirando e fazendo-me arrepiar. Ninguém havia me visto tão exposto quanto ele. Seu olhar para comigo era como fascínio, senti minhas bochechas corarem. Ao invés dele voltar a colar nossas bocas, ele desce, beijando e lambendo meu pescoço. Cada movimento me fazia suspirar, gemer. Isso é bom pra caralho. Ao alcançar meus mamilos, ele mira maliciosamente em meus olhos, abocanhando meu mamilo direito, chupando-o enquanto estimula o outro com os dedos. 

- Be-beka! - Aperto meus dedos em seus ombros e fecho com força meus olhos e gemo. Caralho, como uma coisa dessas me deixa assim? A excitação em meu corpo estava descomunal, apenas mais alguns movimentos e eu com certeza gozaria sem ao menos tocar no meu pau. O moreno começou a se abaixar mais, indo mais para perto dos cós da minha calça jeans. Novamente, ele me encara e com calma, ele desabotoa o botão e abre o zíper, descendo o tecido do jeans. Ele olha para trás e tira rapidamente meus coturnos mal amarrados. Eu estava ficando ansioso e desesperado para o que viria a seguir. Me apoiei em meus cotovelos para ter uma visão melhor do moreno.

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