Sintomas

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Olá pessoal ^-^ Tudo bom?
Demorei um pouco mais para postar mas aí está, decidi tirar uma pequena folga hihi...
Qualquer erro só darem um berro que eu já vou lá e arrumo, belezinha?
Enfim, espero que gostem do capítulo <3
Boa leitura a todos


- ᔓ -


Acordo sentindo um gosto amargo em minha boca. As lembranças de noite passada enevoam e tomam conta de meus pensamentos. Yuri passara mal em minha frente, eu sentia o seu pavor sendo passado para mim, mas eu simplesmente não sabia o que fazer.

"- Vamos sair daqui, Yuri. - Agacho me aproximando e seguro seus longos fios loiros que caíam sobre seu rosto. - Se você estiver doente, só irá piorar seu estado neste frio. Vamos a um hospital.

- E-está t-tudo bem, Beka, talvez seja apenas um resfriado passageiro, em um dia de descanso eu já estarei melhor. - O loiro se levanta com dificuldade, coloca o cabelo caído atrás da orelha e sobe a touca do moletom. - Desculpa se acabei te sujando, eu te reembolso depois, só me avisar. - Ele me encara com seus olhos verdes agora já sem brilho e seu rosto sem vida. Em tão pouco tempo sua expressão mudou drasticamente. Ele passa ao meu lado, provavelmente indo para seu dormitório. Não posso deixá-lo assim. Seguro seu braço.

- Por favor, se não vai ao hospital, deixe-me apenas te acompanhar. - Olho em seus olhos novamente, provavelmente ele está sentindo minha preocupação. - Imagine que nem estarei ao seu lado se não quiser minha companhia, eu não posso apenas te deixar ir sem mais nem menos depois do que aconteceu. - Ele respira fundo, abaixando a cabeça.

- Tudo bem, apenas pra te aquietar. Mesmo sem vínculo dá pra sentir sua preocupação de longe. Mas é sério, não é nada.

Grande parte do caminho fora passado em completo silêncio. Era tão incômodo, porém não havia nada que eu poderia dizer para derrubar esse muro que havia sido construído entre nós. Porém uma pequena ação provinda do loiro mudara tudo.

De repente eu ultrapassara sua velocidade na caminhada, que já não era muita, olhei para trás e vislumbrei seu corpo pouco a pouco caindo no frio e duro concreto. Um pouco antes de bater sua cabeça no cimento da calçada, seguro-a. Minha preocupação já estava tomando outras proporções.

- Y-yuri? - Segurando sua cabeça com uma das mãos, balanço um de seus braços, com o intuito de tentar despertá-lo. - Yura, por favor, deixe-me levar ao hospital, claramente você não está bem.

- N-não. - Ele segura minha mão que estava pousada sobre seu braço. - A-aqui está a chave. - Com a outra mão livre, ele pega um pequeno conjunto de chaves dentro de seu bolso do moletom, suas mãos tremiam, o seu corpo tremia. O que eu faria com essas chaves? - E 36. - Seus olhos se fecham de novo, demorando para abri-los. Ele definitivamente não está bem.

E 36? O que isso significa? Espera, esse seria onde fica seu dormitório? Conjunto E, quarto 36? Só poderia ser. Coloco a chave no bolso de minha jaqueta. Com a mão ainda em sua cabeça, abaixo-a um pouco, aproximando-a dos ombros estreitos e coloco a outra mão embaixo de seus joelhos, levantando-o do chão e deixando seu corpo gélido perto ao meu, continuando nosso caminho.

A entrada do pequeno prédio está vazia, facilitando a locomoção pelo corredor. Olho em cada porta, procurando pelo número dito pelo loiro, no final do corredor, onde localiza-se o elevador, a última porta indica o número 8, então, se seguir a lógica, seu quarto está no quinto andar. Aperto o botão do elevador, esperando-o. Coloco Yuri no chão e ponho um de seus braços sobre meus ombros, contornando meu pescoço e o seguro com a outra mão. As portas do elevador se abrem e entramos, aperto o número do quinto andar e apenas espero a chegada.

Breaking The RoutineOnde histórias criam vida. Descubra agora