As Intermináveis Lágrimas

175 24 4
                                    

Olá pessoinhas lindas do meu coração, hoje vim trazer um capítulo mais de boas comparado ao da semana passada, desculpa hshshs
Bom, como sempre, se virem algum erro ou coisa do tipo, me gritem por mensagem e tal que venho arrumar, ou bom, dá um pulo por cima do errinho e continue como se nada tivesse acontecido hihi
Boa leitura a todos <3

POV Yuri

Ouvir aquele barulho, aquele coração batendo, saber que aquilo estava dentro de mim, crescendo e sobrevivendo... Aquilo mudou de uma hora para outra meus pensamentos, aqueles de acabar tudo isso. Como é que eu acabaria com uma vida, mesmo em estágio inicial, depois de ouvir seu coração bater tão forte assim. Eu não poderia fazer isso. Aperto a mão de Otabek o mais forte possível. Ele era o que me mostrava que tudo aquilo era real.

- B-beka? - Digo entre o choro e o soluço, virando a cabeça em direção ao moreno, fitando-o. Ele parecia ainda paralisado. Yuuri se afasta de nós dois, indo ligar as luzes e desligando o aparelho em seguida e indo para sua escrivaninha. - Beka, tá tudo bem?

- Eu... eu... - Otabek parece não encontrar as palavras certas. Sento-me, tentando ficar mais perto do moreno. Eu não consigo entender o que está passando por ele. Está um emaranhado de sentimentos e emoções, felicidade, mas ao mesmo tempo tristeza, dúvida, medo, surpresa... arrependimento...

Ele se sente arrependido? Com o que? Comigo? Com ele? Com toda a situação? O QUE?! O QUE HÁ COM VOCÊ, OTABEK?

De repente, então, vejo suas lágrimas escorrerem por seu rosto sem controle algum. Seus olhos estão desfocados, estão sobre mim, mas ele parece não me ver, realmente.

- OTABEK, ESTÁ ME OUVINDO? - Grito, balançando seus braços desesperadamente, desconcentrando Yuuri, que se vira na cadeira, olhando nós dois. - Tá tudo bem? Por que está chorando? - Finco meu cenho, juntando minhas sobrancelhas. Por favor, me diga o que está acontecendo! Por favor, apenas diga algo!

- Eu... - Decido então me levantar, abraçando-o o mais forte que consigo com ele ainda sentado na cadeira.

- O que foi? - Me afasto minimamente, para conseguir fitar seus olhos, tentar entendê-lo. - Eu nem tô conseguindo identificar o que você está sentindo, Beka, você está uma confusão. O que aconteceu? -  Por favor, me diga!

- Me desculpa, Yura. - Ele diz quase sussurrando, beijando minha mão, levantando da cadeira e saindo da sala de Yuuri.

- Beka? - Arregalo os olhos, tentando segui-lo, quando ele bate fortemente a porta, fazendo um estrondo. Caio de joelhos no chão, chorando desesperadamente. Por que você está indo embora? Por que está me deixando aqui? Eu não consigo entender.

- Yuri! - O asiático me levanta por debaixo dos meus braços, carregando-me de volta a maca. - Está tudo bem?

- POR QUE NÃO FEZ NADA?! VOCÊ PODIA TER IMPEDIDO ELE! DELE TER IDO EMBORA!

- E-ele não vai, ele não pode deixá-lo aqui!

- MAS ADIVINHA, ELE FEZ! ELE ME DEIXOU AQUI!

- Nós vamos descobrir para onde ele foi, espera um pouquinho. Fique aqui. - Yuuri sai, indo para sei lá onde.

- Desculpa a demora, fui pegar as filmagens do corredor/elevador no computador da recepção do consultório. Ele foi para a cobertura, mas não vi nenhuma gravação dele descendo. Vamos lá. - Yuuri pega meu braço, tentando me levantar. - O que foi? Não quer ir atrás dele?

- E-e... e se ele não quiser me ver?

- Vamos descobrir quando for falar com ele. - Yuuri consegue finalmente me tirar da maca, arrastando-me para fora da sala e do consultório, empurrando-me para o elevador, apertando o botão para o último andar, a famosa cobertura, onde comporta um lindo restaurante com vista para a cidade de St. Petersburgo.

Breaking The RoutineOnde histórias criam vida. Descubra agora