Capítulo 4

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Gus foi até o meu closet e tirou uma das suas t-shirts, branca lisa e um calção preto, calçou-se e descemos.

Fui até a cozinha e enchi duas garrafas térmicas médias com água, coloquei-as na mochila que o Gus levava, juntamente com as chaves, os nossos telemóveis, as carteiras de documentos e um casaco dele.

Saímos e fomos a caminhar mesmo, já que o ginásio fica só à pelo menos 2km.

Fomos o caminho todo a conversar, e do nada sinto alguém desferir uma bofetada fortíssima no meu rabo. Eu e o Gus viramos, literalmente ao mesmo tempo, e encontramos o emissor com um sorrisão no rosto.

-Tu acabaste de assinar a tua sentença de morte, irmão- Gus falou calmamente e caminhou até ele. Eu já comecei a rir.

-Ha ha ha- ironizou o caralho- quero só ver.

Sem aviso, o Gus agarrou-o pela gola da camisa e atirou-o ao chão sem esforço algum. Chutou-lhe a face lá para umas três vezes, e só com isso ele já sangrava. Agachou-se e começou a soca-lo freneticamente. E eu não conseguia parar de rir, ainda mais pelo facto de que o Gus não foi atingido sequer uma vez.

Deu-lhe um último soco e levantou-se.

Não pude ver se ele estava inconsciente, porque o Gus arrastou-me dali, mas pude ver ele ainda estendido no chão.

Olhei para o Gus, que estava vermelho de raiva e com a cara trancada. Estiquei-me um pouco e beijei-lhe a face esquerda.

-Eu amo-te Angus Kuerten.- ele olhou para mim e levantou-me pela cintura, colocando-me em seu colo. Eu cruzei as pernas na sua cintura, e, sem parar de caminhar, falou a sorrir

-Eu amo-te mais Emilly Hobbs.- eu o abracei.

Ele caminhou comigo no colo até o ginásio, já que estávamos à míseros metros dele. Desci na porta e entramos. A Beatriz, que é a recepcionista, olhou-nos e sorriu. Eu sorri também, enquanto o Gus só a encarava, nunca foi muito com a cara dela.

-Quem é vivo, sempre aparece! Quem inventou a frase não estava errado.

-Pois... Dá pra nós atualizarmos a subscrição?

-Deixa-me ver.- ela consultou os dados no computador- Não há necessidade, vocês increveram-se para um ano, e a subscrição expira em dois meses.

-Ah, então obrigada.- saímos de lá

Paramos no meio do ginásio.

-Por aonde vamos começar?- perguntou o Gus

-Eu quero começar pela esteira.

-Ah, não. Vamos começar nos pesos.

-Pedra, papel ou tesoura. Quem ganhar escolhe- falei já a me posicionar.

-Vamos.- jogamos. Ele colocou papel e eu pedra.- Ha! Ganhei!

-Foda-se. De qualquer forma eu vou para a esteira.- dei de ombros

-Filha da puta, batoteira de merda.- ele colocou-me em seu ombro e fomos para as esteiras

(...)

Estávamos a ir para casa, brincando um com o outro. Vi uma silhueta conhecida e chamei, para ter certeza.

-Leonard?- gritei, mas ele não ouviu pois estava com fones, e continuou a correr.

-Quem?- Gus olhou-me, desentendido

Ignorei-o e corri atrás de Leo. Toquei-o no ombro e ele virou-se. Abriu um imenso sorriso quando me viu.

-Olá Emilly- ele abraçou-me pela cintura, eu estiquei-me e abracei seu pescoço.- quê que fazes?

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