Transformados pelo amor (Livro 1: Tinha que ser Você) - disponível até 30/09

Capítulo 18: Te amo simplesmente porque te amo!

“Se quer alguém por sua beleza, não é amor, é desejo. Se quer alguém por sua inteligência, não é amor, é admiração. Se quer alguém porque é rico, não é amor, é interesse. Se quer alguém e não sabe porque, isso é amor.”

Autor desconhecido

LIZ

Acordei sendo deliciosamente beijada. Os beijos eram distribuídos por todo meu rosto: nos olhos, na ponta do nariz, nos cantinhos da boca e na boca. Esse ciclo foi repetido inúmeras vezes. Aiii... que gosto é esse na minha boca? E minha cabeça? Está tão dolorida que parece que bebi. Não que eu saiba como é, mas muitos descrevem dessa forma.

Abri os olhos com dificuldade, já que estavam estranhamente pesados e encontrei os mais lindos e penetrantes olhos azuis que já vi em minha vida. Por que será que ele está com esse aspecto cansado e semblante preocupado?

- Bom dia, meu amor! – Falei baixinho com a mão na boca para minimizar o bafo.

- Bom dia, minha vida! Tudo bem? Graças a Deus que você acordou! – Metralhou meu lindo em um sussurro, me agarrando e quase me asfixiando.

- Sim, apesar de estar com uma dor de cabeça muito chata. – Falei com certa dificuldade devido ao aperto.

- Eu sabia que era seu príncipe! – Disse rindo baixinho e balançando nossos corpos.

- Eu sempre soube disso! Por que essa constatação repentina? – Continuei respondendo em baixo tom de voz, mesmo sem saber por qual razão.

- Descobri quando te beijei e você acordou! – Falou com os olhos arregalados de um jeito engraçado - e não menos lindo - e um sorriso arrebatador.

- Ownnnnn... meu nunca fofo! Por acaso eu estava desacordada? Não! Eu só estava dormindo! E você já me acordou várias vezes assim... não que eu esteja reclamando, mas você nunca pensou que era meu príncipe só por causa disso!

Ele fez uma careta linda e me deixou intrigada.

É fato que não me lembro de nada. Mexo um pouco, levantando a cabeça e percebo que não estamos no nosso quarto.

Ele continua a me olhar lindamente sem proferir uma única palavra.

Nesse meio tempo, busquei as lembranças da noite anterior e nem imagino como posso não estar no nosso quarto.

Esbocei um sorriso quando repassei a noite perfeita na boate, no quanto dançamos, nos novos casais da turma, no Dito... OMG! Meu amigo estava desmaiado, sendo carregado por alguém! Eu também não estava me sentindo bem naquele momento, mas não me lembro de mais nada.

- Eu preciso saber como e onde o Vítor está! – Gritei gesticulando e meu amor se afastou de mim, mas não parecia estar chateado.

Ergo um pouco minha cabeça, desnorteada, rastreando o quarto e vejo que há alguém na outra cama. Estamos em um quarto de hospital? Esforço mais um pouco e consigo ver que é o Vítor! Eu o reconheceria de frente, de costas, de ponta cabeça e até do lado avesso. Afff... Coisas de Liz em um momento desses não dá! Recriminei-me. Tê-lo visto ali, na cama ao lado da minha, me aliviou sobremaneira. Soltei o ar que nem sabia que estava prendendo com tanta força que praticamente o soprei no rosto do meu amor - que se divertiu. Ele está rindo para mim! Não de mim! Acho que nunca o vi tão verdadeiramente feliz!

- Bom dia, florzinha! – Disse meu amigo, se virando na cama, com uma voz muito rouca.

Abri o melhor dos meus sorrisos. Eu sou muito sortuda por tê-los em minha vida!