Capítulo 23: POV Liz

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Mandei um “zap” para meu amor dizendo que já estava subindo. Cheguei ao quarto e o encontrei imerso, perdido em pensamentos. Chamei uma, duas, três vezes e nada. Ele só ouviu quando cheguei muito perto. 

Provavelmente o que ele pensava não era muito bom, porque me abraçou tão apertado, com tanta força, que quase perdi o ar. Ele fungou em meu cangote e em meu cabelo, inebriando-se com o cheiro de tal forma que cheirava, fechava os olhos e ronronava um engraçado “hummm”.  Morri de cócegas e não perdi tempo: também o fiz rir quando disse que ele estava fazendo comigo o que eu normalmente fazia com a Lolla.

Com ansiedade e rapidez ele disse que tinha sentido minha falta e que precisa estar dentro de mim imediatamente. Tentei argumentar dizendo que estava quase pronta e que ele me borraria toda, mas não o convenci. Como convencê-lo se nem a mim mesma eu convencia!?

Ele fez uma carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança, prometendo que não me borraria, além de dizer que seria a nossa última vez no ano.

A vontade de tê-lo em mim era tanta que proferi um sonoro FODA-SE que surpreendeu tanto a ele quanto a mim. Como já havia dito mesmo, só me restou sentir minhas bochechas pegarem fogo de vergonha. Isso deve ter mexido com meu namorado porque o Sr Delícia me lançou um olhar predador e saiu comigo no colo pelo quarto a fora.

Gritei assustada quando ele me jogou na cama e praticamente me imobilizou. Como ele mesmo diria, eu estava a um passo de “bater”. Nossa luta nem tinha começado e eu já estava em total desvantagem.

Por um milagre da natureza, ele tirou meu vestido ao invés de rasgá-lo. Ainda “comemorando” meu vestido íntegro, o Sr Mandão, quase ogro, e agora nada fofo de verdade ordenou que eu colocasse as duas mãos para cima. Obedeci e vi que hoje o vestido teria uma nova função, talvez por isso tenha sido preservado. Talvez mesmo, porque ainda não sei como estou conseguindo raciocinar. Vou ali curtir meu momento e depois penso... ou não!

Não sei o que houve, mas senti que foi diferente. O toque era intenso e delicado. O beijo era ávido e doce. E a pegada... ah... a pegada era quente, quase fervendo!

Ele me devorava, massageava, mas ainda foi fofo ao reparar que havia me depilado de uma forma um pouco diferente. Esse é o meu “El Fofo”!

Rafa usou e abusou de suas “habilidades orais” fazendo-me louca.

Meu polvo foi atencioso com cada pedacinho do meu corpo e chegou a me assustar quando espalmou as mãos no meu bumbum. Eu sei que ele curte muito apertá-lo e já chegou a dar uns inofensivos tapinhas, mas dessa vez ele estava no modo carinhoso ao extremo. Remexi, ronronei, arfei e ele me forçou contra o colchão, aumentando consideravelmente meu atrito com os lençóis, fazendo-me sentir algo totalmente inesperado e maravilhoso. Explodi novamente em infinitos pedaços e, apesar de todo esgotamento, não deixei de ostentar um imenso sorriso de satisfação. A essa hora, a maquiagem e o cabelo já tinham ido para as cucuias e eu não estava nem ligando!

Ele me virou como se eu fosse mais leve que uma pluma e nos fundimos com desespero. Rafa parecia estar no limite e buscar autocontrole por mim, mas eu já havia sido agraciada mais de uma vez e ele merecia algo tão bom quanto eu havia sentido. Tocou-me novamente e nos movimentamos em um vai e vem luxurioso, desesperado, cheio de quase inaudíveis e desconexas declarações de amor. Desabamos exauridos de nossas forças, completamente encharcados, mas maravilhosamente saciados.

Cochilamos alguns minutos e acordei num pulo para me arrumar. Mais uma vez estávamos atrasados.

Saí da cama e agradeci por ele ter permanecido imóvel. Andei vagarosa e silenciosamente rumo ao banheiro e comecei a rir quando me olhei no espelho. Parecia um panda, já que minha maquiagem estava completamente borrada, e meus cabelos estavam como um ninho de rato, desgrenhados, com todos os fios fora do lugar.

Transformados pelo amor (Livro 1: Tinha que ser Você) -  disponível até 30/09Onde histórias criam vida. Descubra agora