Capítulo 24: De volta à rotina (Rafael)

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Chegamos a São Paulo e, depois de muitas despedidas, Liz me chamou para ir ao apartamento dela. Como eu sou “facinho”, não me fiz de rogado e fui almoçar a comidinha da Leila.

Todo mundo ficou conversando e rindo alto no elevador. Parecíamos loucos, com exceção da Bá, lógico! Ela saiu na frente, abriu a porta e quase fomos derrubados pelos dois bulldogs mais fodas do mundo.

PORRA! Eu estava emocionado pra caralho. Meu TUF é foda, da hora! Acabo de usar grande parte do meu vocabulário “paulistês/paulistanês”, aprendi todos esses “ês” com a minha linda! Como posso dizer que ele é bonito e apaixonante sem parecer fofo?

Abaixei e fui para o chão com os dois.

- Oi, princesa! – fiz carinho na barriga dela antes de brincar com o TUF para que ela não ficasse com ciúmes. Aproveitei para mexer nos pingentinhos que vi no vídeo.

- Eeeeeei, Lolla! Agora é a vez da mamãe! O papai vai ficar com o seu irmãzinho!

- Como é que é? Papai, Liz! PORRA! Você só me fode com esses lances de fofo, príncipe, agora pai de um cachorro também? – falei nem tão indignado assim.

- De um não! De dois! – deu de ombros e riu.

- O Dito nunca reclamou de ser chamado de titio!

- Não, mesmo! – disse Vítor rolando com a Lolla pelo chão a fora.

- Venha aqui, garotão! Venha no seu pa... dono! – corrigi e todos riram de mim.

Ele era bem gordinho e muito enrugado. Mexi no pingente de identificação dele e vi que já estava com o nome e os contatos.

- A Leiloca que providenciou a gravação das informações. – Liz respondeu antes que eu perguntasse.

- Ficou muito bacana.

Eu, Liz e Vítor deitamos e rolamos com eles no chão... literalmente!

Algum tempo depois a Bá veio nos chamar para almoçar. A gente, na realidade, precisava de um banho, mas lavar as mãos era nossa única opção no momento. Seguíamos para o lavabo quando Liz questionou:

- Você gostou dele?

- Gostar não definiria...

- Ele pode ficar aqui, não tem problema. A Lolla vai amar que ele fique. – soou chateada.

- Você nem me deixou explicar e já quer roubar o melhor presente que já ganhei na vida? – tentei reverter a situação.

- Jura!? – olhou-me buscando ler algo diferente em minhas feições.

- PORRA, Liz! Você se superou nessa escolha! Foi a mais genial e original de todos os tempos! Sinto muito pela Lolla, mas ele vai comigo, ainda mais que infelizmente não vou ter você...

- Que bom lindo! Não caibo em mim de tanta alegria! – ficou nas pontas dos pés e me beijou deliciosamente.

***

PQP! CARALHO! Está foda dormir sozinho!

Já mandei várias mensagens pra minha linda, liguei para ela e nada de amenizar esse vazio. Vou precisar dar um jeito nisso. Ah, Liz... sua feiticeira!

Fui para a cama e levei o TUF comigo. Quando ele viu a Lollúcia, olhou com cara de poucos amigos, rosnou e latiu para ela. Como ele viu que ela não se manifestou, por motivos óbvios para mim, porque ele não me pareceu convencido, saiu do meu colo e se ajeitou na cama.

Agora estou aqui, completamente mariquinha, deitado entre uma cadela de pelúcia e um filhote de Bulldog, rodando minha aliança e pensando na vida. A que ponto cheguei...

Transformados pelo amor (Livro 1: Tinha que ser Você) -  disponível até 30/09Onde histórias criam vida. Descubra agora