Transformados pelo amor (Livro 1: Tinha que ser Você) - disponível até 30/09

Bônus bandido

Não morram e não me matem! Dividi o capítulo... essa foi a parte que consegui escrever até agora! É muuuuita informação! Lembrem-se que os pensamentos podem parecer desconexos... e são... porque é a mente de uma pessoa louca, ok!?

Tudo começou há muito tempo.  O ódio e a vingança têm sido acumulados ao longo de anos. Eu simplesmente não aceitei, não aceito e nunca aceitarei a desgraça que minha vida se tornou pós Rafael. É ele o responsável por todas as dores que senti e sinto no corpo e na alma. Meu mundo caiu depois que ele cruzou minha vida. É nele que eu vejo tudo o que eu poderia ter tido ou sido, mas é aquele desgraçado quem tem.

Eu sou depressivo, vivo à base de medicamentos, mas isso não me impede de usar drogas e álcool de primeira linha. Dopado e anestesiado eu vivo melhor, eu mascaro bem os problemas.

Planejei tudo meticulosamente, mas a porra do cara parece ser protegido por alguém. Sempre tive uma sede insaciável por essa vingança, tudo começou por ela, isso é o que me move. Acrescidos a ela, o ódio, a fúria, a vontade de destruir e massacrar aquele desgraçado abastecem e inflamam o meu “tanque”. Hoje, como desgraça pouca é bobagem, ainda tenho dívidas astronômicas. Até as minhas dívidas são por culpa dele: além de ter me tirado todas as possibilidades de futuro, ainda me faz gastar mais do que eu tenho.

Eu não posso ficar por baixo, eu não sou menos que ele, eu não quero ser menos que ele.

Eu sei que, às vezes, pode parecer que não raciocino de maneira coerente, mas é tudo muito lógico para mim e quase deu certo... quase...

Aqui, no xadrez do camburão, penso no meu plano que ficou muito próximo da perfeição. Eu sou FODA! Não controlo um riso sem controle de satisfação.

Talvez tenha havido algo que eu achei saber e não sabia, talvez... só posso dizer que foi uma porra muito louca, me senti em um filme de ação, me senti em liberdade! Não consigo me controlar e minhas gargalhadas se tornam cada vez mais altas e histéricas. Os policiais me repreendem de uma forma brusca e volto minha mente a quase tudo o que aconteceu (a outra parte vou jogar na cara dele).

Tudo começou com aquele acidente (que saiu melhor que o esperado). Fiquei insano de alegria quando soube que foi de grandes proporções! Morri de orgulho do tanto de gente que se machucou. Só seria melhor se ele tivesse morrido... mas a porra do cara realmente parece ser blindado.

Foi bacana ver alguém sempre tão arrogante ali entre a vida e a morte. Eu poderia ter acabado com ele lá naquele pronto-socorro, mas a visibilidade seria muito grande. O hospital estava tomado por urubus em busca de carniça e ainda tinha aquele monte de mulher que fazia questão de não deixar o “bonitão” sem atenção por muito tempo. Como ele não tinha morrido, resolvi deixar que ele sofresse em vida... o estrago tinha sido grande.

Aliás, eu cheguei logo depois dele a SP. Em mais um momento de estrelismo, o garanhão surtou e saiu dos Estados Unidos sem avisar a ninguém, acho que era para não ter que encarar a Ava quando chegasse ao Brasil. Ele a desejou muito, mas nunca foi mais que isso. Ele a fodia e depois a rejeitava. Dizia que ela era gostosa pra caralho, mas era apenas mais uma “cata, trepa e larga”. O pior era que, além de tudo, ele era um mão de vaca com ela. Quem tinha que bancar a porra toda era eu, inclusive as viagens dela, o que aumentava ainda mais minhas dívidas. Mulher é um bicho caro, ainda mais quando quer causar e tem que ostentar.

Meu salário não era baixo, mas também não era lá essas coisas. Cobria o básico: o meu Mustang verde, minhas orgias, parte dos meus luxos e os da Ava, mas não era suficiente. Eu sou sistematicamente cobrado pelos agiotas que têm me depenado sem dó. É a merda de uma bola de neve, um buraco sem fundo.