Mãos delicadas

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— Que pena que você não tem banheira. – Silvia comentou em voz alta, assim que entrou no banheiro do apartamento de Jorge. Pouco tempo depois, de virem da sala.

Ela tinha apenas sua lingerie em seu corpo. Voltou novamente para o quarto, depois de perceber que Jorge não seguiu ela até o banheiro. O encontrou sentado na borda da cama, ainda vestido. A admirando dos pés a cabeça, sem deixar de sorrir para ela.

— Você não acha isso injusto? – Perguntou Silvia, mesmo sabendo que ele não iria entender seu questionamento. Teve certeza disso, quando o viu fazer uma expressão confusa. — Eu quase nua e você todo vestido aí? – Completou, o fazendo soltar uma gargalhada.

— Seu corpo é mais lindo de fica admirando, do que o meu. Vem cá?! – Ele estendeu seu braço, oferecendo sua mão para ela. Que atendeu o chamado e foi até ele, fingindo cara de manhosa fazendo um biquinho.

Ela sentou com as pernas abertas, sobre ele. Que logo levou suas mãos até a bunda dela.

— Mas mesmo assim não é justo, você apreciar meu corpo e eu não poder me deliciar com o seu – Silvia argumentou e sem esperar qualquer resposta dele, começou tirar a camisa ao qual ele estava vestido. Tirou e a jogou para qualquer parte no chão do quarto. — Agora sim, podemos começar a conversar de igual para igual. – Disse ela, bem próxima da boca dele. E aproveitando tal aproximidade para morder o lábio inferior dele em seguida.

— Você com esse rostinho de anjo, ninguém nem imagina a diaba que se torna quando se trata de sexo. – O moreno brincou, vendo como ela se mexia sobre o colo dele, em busca de contato de suas partes íntimas.

Silvia deu um pequeno tapa sobre o peitoral dele, quase que ofendida com a brincadeira dita pelo o médico. Ele em um rápida ação, conseguiu-a tirar sobre ele e a deitar sobre a cama. Enquanto ele ficou em pé, sendo observado por ela. Silvia deixou as pernas abertas para ele, em convite para que ele subisse sobre ela. Mas ao contrário do que ela esperava, ele continuou em pé sem dizer nada. Nenhum dos dois falavam nada, só ficaram em uma troca de olhares silenciosa. Com a certeza, que por mais que um ficasse de pirraça com o outro, estar em companhia um do outro era o que mais cômodo eles tinham.

Ele começou a descer o zíper da sua calça, logo a descendo sobre suas pernas. A tirou por completo e jogou sobre Silvia, que agora estava apoiada sobre seus cotovelos. O olhando desconfiada.

— Se eu soubesse que ganharia um striptease, teria bebido mais vinho até ficar bêbada e fingir melhor que fiquei excitada com isso que você chamou de striptease, Doutor Salinas.

Silvia sabia que isso iria ferir o ego dele, e era ela tudo que pretendia fazer. Jorge não riu da graça que ela tinha tido e  cruzou os braços, realmente ofendido com ela. A castanha se jogou para trás na cama, rindo da cara dele.

— Você não é nada madura, Doutora. – Ele então virou-se, deu as costas para ela e rumou para longe dela, a deixando ainda rindo sobre a cama.

O neurocirurgião entrou no banheiro, batendo a porta atrás de si. Tirou sua cueca box preta, a jogando no chão do lugar, descontando na peça de roupa a irritação. Ligou o chuveiro, e então se meteu de baixo dele.

Ficou poucos minutos sentindo a água percorrer pelo seu corpo. As mãos apoiadas na parede, com a cabeça abaixada e olhos fechados. Sentindo-se ainda frustado com o comentário da médica. Então quando sentiu duas delicadas mãos, a abraçar por trás e um corpo quente colado em suas costas.

— Não era para tanto, Salinas. – Ele ouviu Silvia dizer, sentindo ela dar delicados beijos pelo seu ombro, percorrendo um caminho com esses beijos nas costas largas. — Mas me desculpa, me desculpas mesmo. – Ele não disse nada, apenas respirou fundo. Sentindo uma das mãos dela, rumar até sua parte íntima. — O que eu posso fazer para você me desculpar, em Doutor Salinas? — Jorge deixou seu corpo imóvel, abriu os olhos e virou apenas seu rosto para tentar ver ela de relance. Ela vendo que agora tinha acesso ao rosto dele, ficou quase que nas pontas dos pés, pressionando ainda mais seus seios nas costas dele, para ficar totalmente a altura necessária da parte visível do rosto dele, depositando um beijo na bochecha dele, enquanto sua mão já conseguia acariciar o membro dele, fazendo carícias desde a base até a ponta em movimentos precisos. Com suas mãos delicadas de cirurgiã.

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