Decisão tomada

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***

— Você tem certeza, que você tem condições de ir trabalhar hoje? — Perguntou Jorge preocupado, com o mal estar de Silvia na noite anterior. — Amor, você tem cirurgias hoje e se você...

— Eu não vou vomitar sobre meu paciente ou desmaiar, Jorge. — Se defendeu. Estava sentada na cama, terminando de calçar sua bota. Silvia levantou a cabeça e olhou Jorge encostado no batente da porta do banheiro, com os braços cruzados e somente com uma toalha enrolada em sua cintura. — Mas eu posso ficar em casa, mas, por causa da bela visão que está sobre meus olhos agora. — Falou Silvia, com uma certa malícia na voz. Arrancando assim uma risada de Jorge.

O neurocirurgião tetado com a forma provocativa em que Silvia se pôs, se aproximou dela, caminhando devagar até ela. Quando já estava de pé a frente dela, se curvou sobre Silvia, enfiando suas mãos dentro da blusa dela, apertando a pele dela quente, e a deitando com carinho sobre a cama. Silvia enrolou seus dedos nos cabelos escuros de Jorge, ainda molhados, enquanto a olhava nos olhos sentindo toda a tensão sexual emanar de ambos. Jorge já totalmente sobre o corpo dela, começou a traçar caminhos de beijo sobre a parte da pele do colo dela descoberto até o seu pescoço.

— Estamos em desvantagens, doutor. Tem muita roupa sobre mim e nada sobre você.

Ela ouviu a risada dele sair um pouco abafada, já que ele tinha o rosto enfiado em seu pescoço.

— Sem problemas, doutora. — Ele a encarou, levantando sugestivo uma sobrancelha. — Faço questão de tirar, peça, por peça sua.

Agora foi a vez de Silvia, soltar uma risada. Mas a sua mais escandalosa que a dele, que Jorge teve certeza que seus vizinhos ouviram.

— São nem sete da manhã, Silvia. E com certeza não tem mais ninguém dormindo nesse prédio, depois dessa sua risada. — A médica estapeou ele em seu ombro, um pouco indignada com o comentário dele.

— Sai de cima de mim. — Ela tentava empurrar ele de cima dela. — Sai Jorge, você perdeu sua rapidinha e olha que estava disposta... Jorge para. — Pediu ela, quando Jorge ignorou os reclame dela, e continuou a provocando com beijos em seu pescoço e apertando com suas mãos as pernas dela, sobre a calça jeans preta em que ela vestia. — Jorge..

— Shiu, Silvia! — Ele deu um sorrisinho cafajeste, sabendo que ela era incapaz de dizer não a ele. Não depois de ter ficarem dias sem sexo, por conta do período menstrual dela e pela o mal estar dela na noite anterior. — Você quer tanto quanto eu, não me diz que não.

Ela respirou fundo, sucumbindo aos seus desejos e puxando ele para um beijo ardente.

— Se nos atrasarmos, a culpa é sua Salinas. — Logo voltaram a trocarem beijos ardentes e famintos, antes que Jorge cumprisse sua promessa de tirar peça por peça dela.

***

— Atrasados, doutores. — Jennifer os acusou, assim que viu o casal entrar com certa pressa no hall da entrada do hospital. — Silvia eu já não te reconheço mais... Você não chegava atrasada assim.

Silvia revirou os olhos para a amiga, que estava apoiada no balcão das recepcionistas a olhando com um olhar maldoso.

— 10 minutos não é atraso. — Se defendeu Silvia.

— Para você é. — Retrucou Jennifer, fazendo Jorge ri.

A castanha novamente revirou os olhos, mas agora para os dois.

— Não ria, a culpa é sua Doutor Salinas. — Silvia pegou um tablet destinados aos médicos, sobre o balcão decidindo ignorar qualquer brincadeira que viria por parte dos dois. Pôs seu login de usuário, e resolveu checar os prontuários de seus pacientes.

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