8: Atrevimento

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Mais alguém morreu com a referência do Tae à "Menina Com Brinco de Pérola"? Eu morri e só voltei aqui pra postar e desejar boa leitura
💜💙

Não que Jin fosse o tipo de pessoa que se arrependia de decisões passadas: ele bem sabia que águas passadas não movem moinhos, mas naquela manhã ele estava vergonhosamente reclamando de tudo. Adoraria culpar alguém, mas sabia que quem atiçou a todos para irem à festa foi ele, e sabia bem que o único culpado por sua dor de cabeça e ressaca também era ele.

Mas havia prometido aos amigos que faria o almoço daquele domingo; precisava comemorar a volta do primo a faculdade, e mesmo que Jungkook tivesse se oferecido para cozinhar, ninguém tomaria seu posto de cheff do grupo. Aceitou de bom grado que o mais novo ajudasse, e estava agradecendo por esta sábia decisão enquanto procurava por todos os ingredientes necessários para começar a cozinhar. Ainda era cedo, mas tinha tanta gente para comer que ele preferiu dar ínicio aos trabalhos.

- A cama fica tão desconfortável quando você não está nela! - a voz de Namjoon soava rouca e sonolenta, mostrando que o mais alto havia acabado de acordar e viera correndo procurar seu namorado. - Bom dia, hyung mais lindo do mundo!

- Bom dia, meu monstrinho! - Jin sorriu, virando-se de costas para ilha da cozinha.

Os beijos entre os dois, geralmente, eram discretos: estavam sempre cercados pelos amigos ou familiares. Mas naquela manhã nada os impediu de terem um contato mais íntimo.

As grandes mãos de Namjoon apertaram com força a cintura de Seokjin, erguendo-o o suficiente para sentá-lo sobre a ilha, sem jamais quebrar o contato de seus lábios. O beijo não era apressado, mas sim profundo: os lábios do mais velho deslizavam suavemente sobre o do mais alto, segurando-o pelo ombro desnudo com uma das mãos enquanto a outra se emaranhava nos cabelos cor de pêssego, dando-lhe a possibilidade de o puxar para que Jin pudesse beijar o belo pescoço e as clavículas. Jin cruzou suas pernas ao redor da cintura de seu dongsaeng, aproximando-o de seu corpo ainda mais, podendo ouvir um breve gemido quando os quadris se chocaram.

- O que estava sonhando, Nammie? - Seokjin ri irônico, descendo as mãos pelo tronco do namorado.

- Por que te contar se posso te mostrar, hyung? - Namjoon contestou.

- Porque hoje é domingo e ninguém nessa casa vai transar antes do almoço! - Heechul responde pelo filho, entrando na cozinha naquele exato momento. - Eu fico impressionado em como os dois nem coraram com a meu timing perfeito.

Namjoon e Seokjin se afastaram rindo após um breve selinho. Apenas de se olharem, sabiam que continuariam de onde pararam, e dessa vez sem interrupções.

- Heechul hyung, você me flagrou me declarando pro seu filho: não tem mais como eu me envergonhar com outra coisa. Aquilo foi meu ápice. - Namjoon esclarece, pegando pela cozinha tudo o que era preciso para preparar a mesa do café da manhã.

- Tão bonitinho você todo envergonhado: Teuk tem gravado até hoje! - Heechul fingiu secar uma lágrima, fazendo seu filho rir de sua cara de pau.

Definitivamente Seokjin era a perfeita combinação de seus pais: sua confiança e auto-estima provinha de seu pai Jungsu, enquanto todo o sarcasmo e suas melhores piadas só poderiam ser influência de Heechul. Nenhum DNA explicaria como ter sido adotado e, principalmente, ser amado por aqueles dois homens influenciava tanto em que Kim Seokjin se tornou.

Enquanto os demais moradores da casa iam despertando, e a mesa se tornava mais animada, Jin observava Namjoon com carinho; este tinha Woozi em seu colo e prestava atenção atentamente a história que o menino de 6 anos contava com animação. Aquela cena apenas confirmou o que o moreno sabia desde que recebera o primeiro bilhete assinado por alguém intitulado como R.M.: quem quer fosse este cara, seria ele o futuro pai de seus filhos, e Jin se sentia sortudo ao saber que Namjoon era esta pessoa.

Rose-Colored Boys • {Taeyoonseok}Onde histórias criam vida. Descubra agora