2° Capítulo - Parquinho.

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Depois do acontecido na frente da escola, eu vim direto pegar as crianças, arrumei elas e fomos brincar no parquinho. Tudo parece estar tranquilo, mas quando eu menos espero, o moço da moto aparece na minha frente.

-Você de novo?.(Alicia).

-Se acostuma princesa, essa é minha favela, posso estar em todos os lugares.(Miguel).

-Então me dá licença senhor pode tudo, que eu tenho duas crianças lindas para cuidar.(Alicia).

-Aquelas ali? Pyetraa??? Pyetroo???(Miguel). Como ele sabe o nome das minhas crianças? No mesmo instante em que eles vos chama elas vem correndo até ele.

-Tiiio Migueeel.(Pyetra e Pyetro). Eles vem gritando e dão um abração nele, aí que ciúmes! Dá para soltar delas? São minhas!

-Vocês se conhecem?(Alicia)

-Mas é claro que conheço, já te falei, a favela é minha conheço geral que mora aqui, até você! Voltem a brincar crianças, o tio vai conversar com a tia bravinha aqui.(Miguel). Engraçado as crianças rindo, eu não sou bravinha.

-Me conhece? E eu não sou bravinha!(Alicia)

-Conheço, além de ser a menina que brigou comigo na frente da escola José Paulino, também é a garota que vai todos os dias na dona Julia comprar pão, me desculpe se for indelicado da minha parte, mais você é a filha adotiva da dona Maria. E me desculpa se hoje na frente da escola eu te assustei, não era a minha intenção, eu só queria chamar a sua atenção.(Miguel). Caramba como ele sabe tudo isso de mim? Andou me vigiando? Agora eu estou com medo.

-Olha ele sabe pedir desculpas, pensei que você só sabia se gabar que é o senhor pode tudo! Aceito as suas desculpas e sobre eu ser filha adotiva eu não me incomodo, pois agora eu tenho uma família que me ama. Agora se me dá licença, a mãe das crianças jajá chega do trabalho, e como de costume prefiro que elas estejam bem cheirosas e de barriga cheia antes que ela chege.(Alicia). Peço para as crianças se disperdirem dos coleguinhas, pois está na hora de ir.

-Criançada, que tal a gente ir lá na padaria da Dona Julia ver o que tem de gostoso para comer? Por minha conta.(Miguel). Caramba ele tá ficando maluco né? É claro que as crianças aceitaram a idéia né? Crianças ama doce, crianças amam a Dona Julia.

-Acho que o convite do tio Miguel, terá que ficar para outro dia.(Alicia)

-Ah vamos poxa, vai ser legal... Depois eu levo vocês até a casa da Dona Patrícia.(Miguel). Ele fez bem a lição de casa! As crianças ficam falando para mim aceitar. Aceitamos e fomos, as crianças adoraram... Miguel pagou tudo, e quando finalmente nos deixou na casa da mãe das crianças ele me perguntou...

-Posso te levar para escola?(Miguel)

-Pode me ver chegando lá, me levar não.(Alicia). Falo para as crianças agradecerem, e eu agradeço também, saímos do carro e entramos para dentro de casa.

A mãe das crianças chega e como todas as vezes ela me agradece por cuidar bem dos filhos dela.
Tá na hora de ir buscar a Letícia na escola, não me importo de chegar atrasada na escola, minha irmã estando dentro de casa sem correr nenhum perigo.

Na saída da escola as meninas me olham com cara feia e eu ainda querendo entender o por que! Mas tudo bem, como diz a Letícia,"Não nasci para agradar ninguém". Logo ela sai e vem direto até mim.

-Vamos embora?(Alicia)

-Vamos.(Letícia). O caminho inteiro fui cotando para ela o que aconteceu hoje atarde enquanto estava com as crianças no parquinho, é claro que ela ficou maluca né. Chegamos em casa eu troco de roupa, por que banho eu sempre tomo na casa das crianças, pego minha bolsa que já deixo arrumada, dou um beijo na minha mãe e na Letícia desejo para elas uma boa noite e vou para escola.
O caminho foi totalmente tranquilo, chegando na escola Miguel estava na frente no grupinho das periguetes, quando ele me vê, de imediato ele vem na minha direção e como eu não sou boba eu percebo os olhares de ódio das meninas para mim.

-Oi gatinha.(Miguel)

-Oi Miguel, posso saber por que as suas amiguinhas estam me encarando com ódio?(Alicia)

-Não liga não, essas meninas tem problema.(Miguel). O sinal avisando que o portão vai fechar já bateu, Miguel me dá um beijo na bochecha e me deseja boa aula!

Dentro da sala foi tranquilo, mas na hora do recreio não muito, senti que algumas meninas estavam me rodiando toda hora, passando por mim, cochichando algo que não dava para mim ouvir. Depois do recreio tudo passa mais rápido, então não demorou muito para que chegasse a saída.

Na saída, não vou mentir que fiquei com um pouco de medo, pois as meninas que estavam me rodiando estavam atrás de mim e na minha frente tinha mais umas cinco meninas e eu não sabia o que iria acontecer mais quando eu percebo, todos me cercam e começam a falar coisas....

-Sua vadia, acha que tá certo aumentar a voz com o meu namorado?(???)

-Vagabunda, eu vou raspar sua cabeça.(???)

-Se eu......(???). Graças a Deus alguém apareceu para me ajudar.

-Se o que Clara ? Termina? Eu quero ouvir o que as vagabundas tem para falar? Anda, vocês são tudo bando de covardes, tão com ciuminho por que eu tô dando atenção para mina? Qual foi? Mete o pé todo mundo e se eu imaginar que uma de vocês estão mechendo com a Alicia, já sabe o que vai acontecer? Tá entendido? A visão tá passada, depois não fala que vocês não estavam avisadas.(Miguel). Não sabia o que dizer mais depois que ele chegou eu só abaixei a cabeça e chorei, nunca fui humilhada desse jeito, fiquei com tanto medo de apanhar.

-Não chora, vem eu vou te levar para casa, me avisa quando isso acontecer de novo meu! Essas meninas vão sentir inveja de você, tu nunca ficou no meu pé, a primeira vez que falou comigo brigou comigo, você é diferente e isso incomoda elas!(Miguel). Ele me abraça e me leva até onde seu carro está estacionado, o caminho todo eu não dou uma palavra, estou envergonhada, que vexame foi aquele! Nunca passei por isso. Chegamos em casa ele olha para mim, desliga o carro.

-Alicia, fala comigo, me desculpa... Eu teria impedido se eu soubesse que isso ia acontecer, caramba eu vou manda os vapores da um salve em cada uma que tava naquela rodinha.(Miguel).

-Não faz nada tá? Obrigada pela carona! Boa noite, se cuida!(Alicia). Dou um beijo no rosto do Miguel e saiu do carro, entro em casa e começo a chorar.

Vida Nova - Parte 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora