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Prim.Prim.Prim.Prim.
O barulho do despertador me fez abrir os olhos, tateei em cima da cabeceira, encontrando aquele objeto barulhento. Eu odiava-o tanto, tanto, todos os dias pensava que devia me livrar dele, entretanto não fazia, o motivo, ainda incerto. Suspirei desligando-o.
Me sentei na cama, esticando o corpo, sentindo meus músculos um pouco doloridos, não era o que pensa, na verdade eu tinha pegado pesado no treinamento de box. Enrolei meu cabelo em um coque, pulando em seguida do colchão.
Atravessei a sala indo até a cozinha americana, para preparar um café puro. O bom desse lugar era o tamanho, havia apenas espaço para uma cama de casal, eu não dormia em camas pequenas, havia uma porta na frente desta, que levava ao banheiro. Tinha uma sala, que eu não me dei ao trabalho de decorar, apenas deixei com o sofá marrom desbotado que veio junto, quando aluguei, e a TV antiga que eu também não usava. E bom, a cozinha, que só tinha serventia para o meu café.
Liguei a cafeteira pegando meu celular no balcão checando minhas mensagens. Nada anormal. Só alguns pedidos, e outras solicitações sobre meu novo relatório principal sobre a cúpula. Santo Jesus. Eu mal sabia por onde começar a descrever o que vinha acontecendo naquele lugar, parecia um hospício.
Primeiro a Dra. Livia Morris e o Axel, vivendo um conto de fadas com direito a sequestro, todavia não da mocinha. Depois surge uma chave de cadeia chamada Raquel Ludwig, tendo um romance bandido com Sall, o mais novo libertado NE. Às vezes eu tinha a sensação que tinha sido o maior erro da minha vida ter aceitado vigiar aquele bando de loucos.
A poderosa Claire Stacy, que tanto ouvir falar, também não parecia muito sensata, e eu dizia isso só por olhar o marido dela. Grey era um pesadelo mal humorado, rosnando para cima e para baixo, olhando feio na minha direção toda vez que nos cruzavamos, me deixando com vontade de acertar a cara dele com um gancho de direita.
Todavia, eu não podia tirar o mérito do Kall, ele era o mais educado, apesar que de vez em quando parecia querer arrancar a cabeça de alguém, logicamente quando não estava com a esposa, ou com o filho, a qual eles nunca me deixaram ver, também não fiz questão, era só uma criança. Eu achava curioso o modo como ele só faltava deitar no chão que a Dra. Sky Stalen pisava, ela era outra figura interessante ali.
Aliás aquele lugar era tudo no mundo, menos desinteressante, a todo momento tinha algo novo, por isso eu tinha um relatório principal, no qual entrava totalmente os detalhes do que acontecia. Normalmente estava sempre enviando para a central do governo, com pequenos detalhes sobre os acontecimentos diários. Todavia era necessário quase um bíblia para descrever o que acontecia dentro da cúpula.
Bufei deixando o celular de lado. Eu passei a minha vida me qualificando para missões, ser a melhor em tudo. Mas agora eu mais parecia uma escritora, sem tirar o mérito. Porém escrever era tudo que eu tinha feito no últimos meses desde que havia me mudado para aquele cidade.
Aluguei um local pequeno, num bairro discreto, comprei um carro tão mais discreto quanto para não chamar atenção, entretanto, ele não era lento que não me permitisse fugir se necessário, e ainda voltei para minha cor de cabelo natural, loiro, para começar a usar um diminutivo como nome, Elle, de Elizabeth Sullivan.
Estava bem entediada para dizer a verdade. Esperava que o governo logo se satisfizesse de xeretar a comando da Stacy e me desse permissão para ir embora. Eu sabia que eles estavam interessados em como eram os NE's, seus hábitos e modos, exatamente para o que, ainda era uma questão de "apostas" para mim.
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Unbroken
RomanceSinopse: QUINTO LIVRO DA SÉRIE DNA O mundo entrou em processo de degradação, graves epidemias e guerras. E para evitar tentar controlar o caos, o governo, adotou políticas quase ditatoriais. Sua mais famosa medida foi a "Lei 569, do código 4" que c...