Aquele lugar era um hospício e Sky, acima de tudo a Claire, eram as cabeças. Acasalamento? Me permitir a isso? Absurdo. Loucura. Eu não tinha submetido a minha vida toda ao exército do governo para me tornar uma concubina de ninguém.
Sinceramente eu queria chutar o balde ali, mas óbvio, não era o que faria, pois eu tinha que cumprir ordens se ainda quisesse minha carreira militar de volta. Estava saindo dos prédios Stacy, pela saída lateral, já que a frente ainda estava interditada desde o maldito ataque daqueles terrorista, que entraram disfarçados como entregadores de material de limpeza. Bom, mas fato era, eu saía, somente para ter que voltar no dia seguinte.
Eu mereço!
Tudo que não queria era ter que falar sobre aquela história do Aeron novamente. Jesus. Eles tinham que achar um meio de ajudar aquele homem sem envolver-me de uma maneira que claramente nunca poderia ser considerada saudável dentro das técnicas médicas. Como diabos eu ia colocar isso no meu relatório?
- Sullivan!
Eu juro que quis me jogar de cara no chão do estacionamento. Fechei os olhos e respirei fundo, quando me virei, encontrei Axel caminhando na minha direção, muito sério, mas que o normal.
- Sim?
Respondi num tom limpo, sem deixar toda minha insatisfação aparecer, diga-se de passagem, eu só queria ir embora.
- Quero falar com você!
- Está falando.
Ele franziu o cenho e então parou a minha frente, cruzando os braços em frente ao seu peito, ficando naquela postura intimidadora que todos os NE's adoravam assumir.
- Kall me disse que se recusou a prestar ajuda ao 867...
- Soube que ele se chama Aeron agora.
A expressão dele vacilou de séria para irritada, mas logo voltou ao inicial.
- Que seja, Aeron! Agora responda.
Lembro de quando conheci o Axel, ele era tudo, menos educado, mas parecia ter melhorado, só que naquele momento tinha voltado ao estado de "grunhidos e carrancas".
- Primeiro tenha modos, segundo eu não me neguei a prestar ajuda, me neguei a ser cúmplice num plano louco.
- Acha que somos loucos?
- Eu não disse isso.
Apesar de achar sim, mas ninguém nunca podia dizer isso assim na cara de alguém sem estar pelo menos a uma distância segura.
- Mas você pensa.
- Axel, eu estou cansada, quero ir embora, então vamos deixar esse papo pra depois.
- Não!
Cruzei os braços imitando sua postura. Sabia que aquilo os deixava desconfortável.
- Ora diabos, você não me dá ordens.
- Precisamos da sua ajuda.
- Não vou me meter nisso, esse plano de vocês nem deve ser legal.
- O que está dizendo?
Suspirei travando minha mandíbula.
- Isso tem embasamento médico? Do tipo, sua esposa apoia isso?
Pelo jeito que ele franziu o cenho eu soube que tinha atingido o ponto certo.
- Ela vai concordar quando dê certo.
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Unbroken
RomanceSinopse: QUINTO LIVRO DA SÉRIE DNA O mundo entrou em processo de degradação, graves epidemias e guerras. E para evitar tentar controlar o caos, o governo, adotou políticas quase ditatoriais. Sua mais famosa medida foi a "Lei 569, do código 4" que c...