Capítulo 8

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Questionar o que estava acontecendo era uma ótima perspectiva, pois em todo caso, nem eu sabia o que acorria a ali. Estar abraçando o 867... Aeron, droga, qualquer nome, para aquele homem imenso ao meu redor, era completamente fora da linha e sem falar que eu devia considerar perigoso, e não em apenas um sentindo, mas sim no todo.

Eu não devia estar fazendo aquilo, mas parecia inevitável, ainda mais quando o mesmo parecia tão sincero e triste. Nunca poderia me considerar alguém carinhosa, ou que soubesse como consolar alguém, ainda sim, estava ali com 867... Aeron. Aquele nome até que combinava com o homem.

Ele era grande, forte, mas estava sendo muito delicado, suas mãos grandes seguravam em minha costa com delicadeza. Seu rosto apoiado em meu ombro, a respiração quente, e o som de um ronronar surgiu e me deixou sem fôlego. Deslizei a mão nos ombros fortes deles, sentindo o como parecia quente sua pele. Tentei acalmar minha frequência cardíaca.

- Por que você cheira a morangos e mel?

A pergunta dele me pegou de surpresa.

- Hum... Meu shampoo, talvez.

Sentir os aperto dos seus braços em minha volta se aperta.

- Gosto do seu cheiro.

Engolir em seco. O contato com corpo dele ficou mais evidente. Lembrei de como o homem era nu e tive que controlar o meu pulso. Merda! Mal dia. Eu tinha ido ali para checá-lo, eu tinha recebido relatórios, mas tinha decidido ir vê-lo por mim mesma e saber porque diabos ele ficou oito dias apagados. Mas nunca imaginei encontrar ele de pé e sem roupa.

- Olha, é melhor eu ir agora, pode me soltar?

Tentei me afastar. Ele me segurou e quase ronronou, e foi o som mais sexy que já tinha escutado.

- Ainda não...

- 867...

- Aeron, gostei do nome que você me deu.

Engoli em seco.

- Oh ótimo, mas me solte vai.

Sentir o peito dele se expandir enquanto puxou o ar e a apertou em um abraço...carinhoso.

- Sei que é pequena, delicada, não tenha medo, eu nunca iria a machucar. Você é frágil...

- O que?

Eu não era frágil. O inferno que sempre fui o pior pesadelo de todos na minha infância no orfanato, até a academia militar. Ser tomada como um donzela indefesa me deixou com raiva, bati nos seus braços.

- Calma...

- Não, me solte, agora! Eu não sou a porra de uma boneca de vidro.

Ele se afastou e me encarou com cenho franzido.

- Não, você é a Elle...

- Sim, e não sou frágil.

Ele franziu ainda mais o cenho.

- Mas é pequena.

- Me solte, inferno.

- Eu ofendi você?

A sinceridade naqueles olhos exóticos me pegaram novamente de surpresa. Respirei fundo.

- Não, só me solte.

- Estou te machucando?

- Não.

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