Unbroken

Capítulo 41

Eles vinham duas vezes no dia dá comida. Jogavam carne quase crua a mim e a Sillas como se fôssemos realmente animais.

- Acham que estão procurando por você?

Sillas perguntou. Eu suspirei. Esperava que sim. Fechei os olhos por um momento pensando da Elle. Queria que estivesse informada que sumi, mas tinha medo de vê-la se meter na busca, era bem provável que fario. Ou não. Talvez houvesse ido embora... Para sempre. A dor em meu peito voltou com força.

- Espero que estejam...

Falei voltando a encarar ele. Eu tinha que encontrar a Elle. Ela podia ir embora da minha vida, mas não iria sem uma boa luta. Eu havia sido um imbecil a mandando ir de bom grado.

- Não sei se eles conseguiriam entrar aqui. É muito seguro!

- Meus irmãos são poderosos, podem entrar em qualquer lugar Sillas, basta saber onde. - Eu confiava neles. - E quando me encontrarem iremos te levar junto.

Os olhos castanhos dele piscaram surpresos. Ele virou o rosto em seguida escondendo um sinal de esperança.

- Eu estou preso aqui. Para sempre.

- Quem te disse isso?

Rosnei. Ele deu de ombros.

- Todos!

Não. Eu não ia deixar ele ficar ali. Se Kall e os outros estavam atrás de mim, uma hora ou outra iríamos ser encontrados. Me manteria. Ficaria firme e faria aquele macho mais novo aguentar também.

- Sillas me escute bem. Quando eu sair daqui, você vai comigo!

Ele ficou sério. Franziu as sobrancelhas.

- Você não é mais um teste do mestre?

Eu odiava ouvir ele falar assim daquele homem. Nós éramos mestres de nós mesmos agora.

- Não, não sou!

A porta foi aberta e os dois homens vieram. Se dirigiram a jaula do Sillas. Ele rosnou se colocando em posição de luta.

- Ora de ver o doutor monstrinho!

O homem disse parecendo muito satisfeito. Sillas rosnou.

- O que é isso?

Perguntei vendo eles levantarem varas de choque.

- Vamos logo seu imbecil. Sabe que se resistir é pior.

Eles jogoram uma coleira na direção de Sillas que olhou contrariado, rosnando, mas a colocou de volta no pescoço. De repente caiu do chão. O bastardo daquele homem ativou o choque mesmo ele tendo colaborado.

Rosnei correndo até as grades, tentando abrir, mas era impossível, mesmo assim tentei querendo ajudá-lo. Sillas continuou caído sendo eletrocutado até se arrastado para fora como um pedaço de pano e continuar ao ser levado para fora.

Os malditos homens tinham prazer em machucar estava claro. Eu não tinha ideia do que ele ia passar, mas pela sua reação sabia que era algo comum e inevitável, claramente doloroso.

××

Eu estava uma pilha. Cobra estava sendo interrogado naquele momento por procuradores do governo, acompanhado de um agente particular da Claire. E eu... Bom, me deixaram de fora.

- Eu devia estar lá!

Falei quase com um rosnado. A incumbida de ficar comigo foi a Lívia e o Axel. Eu tinha ido para um apartamento no condomínio deles.

- Claire disse que não seria uma boa ideia.

Axel comentou. Ele estava perto da porta figindo discretamente que não era para me impedir de sair. Rolei os olhos. Se a Anne não desse um jeito do Cobra falar logo iríamos perder mais tempo ainda na busca do Aeron. Sabe Deus onde ele estava.

- Eu faria ele falar bem rápido.

Respondi sem humor. Ele olhou para Lívia que engoliu em seco. Mas estava claro que passou a palavra a esposa que procurava o melhor jeito de lidar comigo. Eles não sabiam lidar com alguém que não estava em lágrimas isso era bem óbvio.

Só que a questão ali era que eu estava tensa, pronta para atacar, não havia tempo para chorar. Aeron estava sendo rifado a contrabandistas provavelmente, não havia tempo para choro, e sim ação.

- Elle, todos estão cuidando para que Aeron seja encontrado o mais rápido possível, já fez sua parte...

A encarei cruzando os braços.

- Todo mundo sabe que sou mais útil lá do que aqui.

Lívia deu um aceno.

- Mas... Você está um pouco afetada...

Soltei um bufido exasperada. Eu não estava aguentando ficar ali parada. Aeron precisava ser encontrado logo. Eu não aguentava pensar no que estava sendo feito com ele. Fui até a mesa tirando meu revólver das costas. Axel deu um pulo alarmado.

- Calma, não vou matar ninguém, pelo menos não ainda... Só vou limpar a arma, preciso me distraí.

Lívia engoliu em seco.

- Que bela forma de distração...

Comentou. Axel deu um rosnado.

- Você não vai adotar essa tática de distração Live.

Ela riu e olhou de maneira carinhosa. Ver aquilo fez minha garganta se apertar. Eu não queria ser uma invejosa, mas estava sendo.

- Pode ficar tranquilo meu amor, nem sei usar uma dessas.

Lívia respondeu. Desviei os deles. Era incrível como em um curto espaço de tempo eu havia aprendido a gostar daqueles gestos de carinho. Aeron era enorme e duro, mas também um ser gentil, que derrubou cada barreira minha até alcançar meu coração.

Deus... Por favor, faça com que ele esteja bem e aguente firme...

Eu não tinha ideia do que faria de mim mesma caso acontecesse o pior a Aeron. Sinceramente não tinha.