O baile já havia começado. As músicas eram clássicas, e muito diferente da animação do povo plebe, Rachel usava uma máscara preta e seu lindo vestido vinho enquanto descia as enormes escadarias dando enfim para o salão onde ocorria o baile em que homens e mulheres usavam suas máscaras.
A dança era elegante, e os giros eram mais coreografados e lentos, diferente da plebe, cujas danças eram desajeitadas, os giros mal ensaiados, o que dava ainda mais animação ainda para o povo.
Rachel andou até a mesa cheia de alimentos e pegou de lá uma garrafa de vinho esbanjando em sua taça.
— Conceda-me a honra desta dança? — Sorriu um rapaz de olhos azuis e Rachel sorriu desanimada aceitando forçadamente seu pedido.
Enquanto dançavam Rachel notou que Johanne apenas observava ou ajudava em alguma coisa quando lhe era chamada. Via-se o brilho em seus olhos, embora aparentemente bastante fundos como se não tivesse nem sequer dormido ainda, mas estava louca para que pudesse ser escolhida para dançar no baile e aquilo apertou seu coração. Johanne havia ajudado Rachel com o sonho dela de dançar em meio ao povo e ela não podia ajudá-la a dançar no baile?
Curvou-se então ao cavaleiro e andou para falar com Johanne, talvez fazê-la vestir um de seus vestidos, e se colocasse uma máscara ninguém a reconheceria. Era uma boa idéia, mas...
— Minha vez de dançar com a aniversariante. — Respondeu o conde entrando em sua frente e a impedindo de prosseguir.
Rachel travou, seu pai estava ali a chamando para dançar. Havia acabado de chegar, e limpo desta vez. Mas não dava para disfarçar, era óbvio, ela estava apavorada de vê-lo. Não queria falar com ele e muito menos dançar.
— Você está suando, está tudo bem minha filha? — Perguntou e Rachel fez que sim com a cabeça.
— Estava dançando. — Não era mentira, Rachel estava realmente transpirando mais do que me normal aquele dia, tudo bem que dançar gasta energia, mas ela nunca transpirou tanto assim por tão pouco tempo de dança, sem contar no incômodo que estava começando a sentir quando respirava. Aquilo era pânico ou ela estava passando mal?
— Sinto muito por não ter concedido seus desejos, sei que está chateada, mas prometo que tentarei levar você à uma peça de teatro amanhã o que acha? — Ele sorriu.
Rachel fez que sim com a cabeça dando uma leve tossida ao olhar para lado.
— Rachel você está bem? — Perguntou ele parando com a dança preocupado.
— Você é um homem justo? — Ela perguntou e seu pai franziu o cenho da testa sem entender nada. — É justo quando luta em uma batalha? Ou prefere atacar pelas costas? — Perguntou tossindo cada vez mais e ele tocou a palma da mão em sua testa.
— Céus, Rachel você está queimando! — Respondeu ele chamando os guardas para ajudá-lo — Precisa sair desse vestido, irei chamar um curandeiro e cancelarei o baile tudo bem?
— Você ainda... Não me respondeu... — Ela começou a tossir mais firme desta vez sendo obrigada a elevar as mãos à boca.
Quando Rachel retirou as mãos de sua boca uma surpresa. Sangue. Ela olhou para sua mão e logo em seguida olhou para seu pai que parecida pálido e em choque. Rachel desmaiou logo em seguida...
— Rachel!
***
Belzebu virava a sua taça de vinho enquanto refletia fundo sentado na poltrona do quarto da pensão.
— Pensei que não viria mais. — Disse uma mulher saindo de dentro do banheiro completamente nua e exposta. Sua beleza era estonteante, seus cabelos pretos e ondulados eram longos, seus lábios eram carnudos e seu sorriso era provocante.
— Está diferente desde a última vez que a vi, estava... Mais... Bom. Quantas crianças sacrificou para ter essa beleza toda Elly?
— Oras Bel. Vai dizer que não está atraído por mim? — Perguntou a bruxa se aproximando cada vez mais dele que respirou fundo se levantando.
Ele a encarou firme e depois lhe deu as costas para buscar por mais vinho.
— Você sabe o motivo da minha vinda. Quero saber o paradeiro de Elizabeth Bathory.
— Ah. Aquele vadia... Esqueça dela. Elizabeth só pensa em si mesmo.
— Como se você não pensasse. — Disse ele e ela sorriu com sua ousadia.
— Elizabeth está longe dos seus alcances agora Bel. Na verdade a essa altura, ela já deve ter conseguido o seu propósito... Ou está prestes a receber.
— Como assim?
— Pense numa pessoa tão obcecada pela beleza eterna, tanto quanto eu. Pense no que ela faria para obter o que quer Bel... Ela não vai parar... Até achar a vítima perfeita. — Respondeu se deitando lentamente na cama gigantesca à espera de provocar os desejos do demônio da gula. — Mas você não quer saber sobre isso agora, quer? — Perguntou mordendo os lábios e Bel virou a taça em um só gole se aproximando da bruxa até a cama, ao subir em cima dela.
— Nunca fui com a sua cara Elly. Sabe disso.
— E desde quando se preocupa com minha cara? — Seus olhos se tornaram laranjas e Ely sorriu antes de beijar Belzebu selvagemente trazendo-o para mais perto dela.
Cada beijo era uma sensação cada vez mais intensa, Elly retirou o casaco que ele vestia até chegar em suas calças, obrigando-se a se sentar por cima dela que admirava o corpo da bruxa com atenção.
A cada toque de Elly, ele sentia seu corpo tremer por completo voltando-se aos beijos com a bruxa até que ela o prendeu à cama impedindo seus movimentos ao beijar seu pescoço e ir descendo cada vez mais a postura.
— Por isso odeio bruxas... — Respondeu indo por cima de Elly que sorriu ao sentir o toque de Belzebu pelo seu corpo nu. — Elas são a definição de um demônio de verdade. — Respondeu voltando ao ato sexual e adentrando-se à bruxa que gemia em seus ouvidos.
Aquelas alturas, os dois já nem sequer se lembravam do nome de Elizabeth ou do real motivo de estarem "conversando". Mas se Elizabeth não estava com Elly, então... Aonde diabos estava ela?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Alucard: O Início - Vol 1 - Uma história Renegados do Inferno - Vol 1
VampireRachel Alucard, é a filha do conde Vlad Alucard, dono de um império, mas que está vivendo um conflito de guerras no ano de 1462. Com o decorrer do tempo, Rachel acaba se contagiando com a terrível Peste cinzenta (tuberculose) obrigando o conde a rec...