A Corte

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  A escuridão e o silêncio era claramente eminente, na cabana onde Vlad caminhava calmamente pelo cômodo vazio.

  Havia uma cadeira no meio cuja um homem estava amarrado firmemente dos pés ao pescoço com cordas grossas e velhas, porém muito fortes e potentes. Sua boca estava coberta pelo pano branco e sua feição era de desespero enquanto o sangue do individuo manchava suas roupas.

  Vlad continuava por andar ao redor do homem segurando em sua mão uma estaca de madeira e abrindo um enorme sorriso antes de começar seu interrogatório.

— Para quem trabalhas? — Perguntou o conde retirando sem nenhuma delicadeza o pano da boca do homem que respirava ofegantemente.

— N-Ninguém, a Inglaterra está sofrendo muitas perdas... Precisava me estabilizar em um lugar com minha família, por favor!

— E escolheu justamente o país rival?

— Aproveitei, a viagem das tropas para ir junto deles, meu conde! Jamais me envolveria na guerra! Sou apenas um lenhador! Não tenho nada além de madeira para vender! É o que sustenta minha família! E a Romênia tem recursos para comprar! — Dizia o homem sendo interrompido pelo tapa intenso e barulhento no rosto que Vlad lhe entregou.

— Não quero ingleses rondando minhas terras. Independentemente de suas intenções. — Sua voz era como um lobo pronto para devorar sua presa.

— E-Eu me mudo ainda hoje com meus filhos e minha esposa. Juro a ti, meu conde! Não retornarei a pisar nas terras romenas nunca mais!

— Qual é o seu nome?

— Enzo....

— Bom... Enzo, te garanto que não vai pisar nas terras Romenas. Nunca mais. — Ele sorriu antes de fincar a estaca na mão direita do homem que gritou com a dor.

  Enzo seria torturado até a morte... E de acordo com Vlad, aquele era o melhor dos sentimentos...

  O Conde Vlad Alucard, era conhecido pelo reino como um ditador, o príncipe das trevas... Fazia os seus inimigos serem torturados das piores formas possíveis, eram tantos meios além da guilhotina...

  Suas leis eram absolutas. Se houvesse um único ser naquele reino que desobedece as ordens dele, este meu amigo, era o mais tolo dos tolos. Pois a morte que Vlad dava aos seus inimigos era dolorosa e lenta.

  Sempre atacava rasgando a garganta, pois assim demoraria mais tempo a morrer, e se engasgaria com o próprio sangue, guilhotina não era lá seu preferido, pois a cabeça que rolava ao chão caía rápido demais.

  Ele gostava de dor.

  Sofrimento.

  Não era atoa que o povo o temia. Mas também o amava.

  Embora o conde fosse árduo, bruto e psicopata em suas ações para com os seus inimigos, ele nunca deixou de ajudar o próprio povo. Mesmo quando a corte os deixou com medo do poder imenso da Inglaterra, Vlad tomou posse do poder e livrou o reino de um ataque que destruiria toda uma nação.

  E embora os impostos fossem altos, não era tão alto como quando o antigo rei estava no comando.

  Querendo ou não, Vlad salvou a Romênia, e prosseguia salvando.

  Acontece que o conde não era muito bom em fazer as pazes. Ele gostava de guerras, gostava das lutas e amava ver o sangue escorrer de sua espada. E é nessas horas, que Vlad dá graças à Deus, por sua filha não ter a liberdade de se espalhar pelas ruas e acabar por topar seu pai decapitando um ser humano.

  Se Rachel soubesse do que seu pai era capaz de fazer, aí a coisa ficaria muito, muito feia. 

  Do jeito sensível e amoroso que a menina tinha, ela provavelmente odiaria seu pai e fugiria de casa.

Alucard: O Início - Vol 1 - Uma história Renegados do Inferno - Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora