Losing control

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Christian.

Jack saiu do seu quarto com o barulho da porta batendo atrás de mim. Ele está só de cueca e tem um olhar preocupado no rosto.

Paro por um momento para analisar o quão sortudo eu sou por ter dois irmãos que me amam e se preocupam comigo e com o meu bem estar. A porta de Elliot também se abre e Leila sai de lá, me encarando e revirando os olhos.

Nós trepamos algumas vezes no passado, mas, ao contrário dela, eu nunca quis nada sério. Ela enlouqueceu, me chamou de desgraçado, mas não sai da minha casa.

Jack não gosta dela, mas como o bom irmão que é, ele não fala nada.

- Uhhh, problemas no paraíso? - a voz irritante de Leila paira entre nós e a minha cabeça estala na sua direção.

Seus lábios puxam para cima num sorriso debochado que logo se torna uma gargalhada zombeteira. Elliot também lança para ela uma olhar de censura, mas ela não recua.

- Vi que estava todo carinhos com a tal da Anastasia ontem à noite. Não acha que a garota é muito jovem pra você? Quantos anos ela têm? 20?

- 18, mas não que seja da sua conta.

- Praticamente uma criança. Você não tem vergonha na cara, Christian? - ela gargalhou, passando por mim e jogando o cabelo no meu rosto.

- O que está fazendo na minha casa, Leila? - ela parou sua caminhada e olhou para mim como se uma segunda cabeça tivesse acabado de nascer em mim.

- Como assim o que eu estou fazendo aqui? Vim me divertir com o seu irmão.

- Isso não é verdade. - Elliot gritou de dentro do quarto, surgindo no corredor em seguida. - Você veio encher a porra do meu saco, caralho. Não quero te ver aqui novamente, Leila, estou falando sério.

Elliot não se abalou com o sorriso de Leila, assim como ela não se abalou com a raiva dele. Ela simplesmente sorriu e saiu do nosso alcance.

Jack caminhou até mim, envolvendo meus ombros com os braços e fitando os meus olhos.

- Vamos para a cozinha. Gail já deve ter acordado.

Descemos juntos e em silêncio até a cozinha. Gail estava no fogão fazendo os bacons que eu tinha pedido antes de levar o suco de laranja para Anastasia. Ela sorri para nós três e caminha até a geladeira.

Meus irmãos a cumprimentam como todas as manhãs enquanto se estabelecem nos bancos. Fico em silêncio, debatendo sobre os meus próprios proclamas.

Anastasia passou do limite ontem. Depois de três doses ela já estava me chamando de gostoso e me convidando para o seu quarto. Não foi fácil resistir à tentação, mas eu consegui e saí vitorioso.

Me mantive grudado nela durante toda a festa, afastando os amigos loucos de Jack, tarados de Elliot e das garras desgraçadas de Ricky. Não sei quanto tempo tem que nós nos conhecemos, mas desde que Anastasia entrou nas nossas vidas ele tem me irritado muito além do aceitável.

- Fala. - Elliot murmura com a boca suja de geléia.

Empurro para ele um guardanapo e olho em volta, vendo que Gail já não está mais na cozinha.

Jack tem uma xícara de café preto nas mãos, imagino eu que o mais forte possível para curar a ressaca que deve estar agitando o seu corpo nessa manhã. Ele arqueia uma sobrancelha para mim e com um floreio, pede para que eu comece a abrir o bico.

- Eu não sei o que fazer. - admiro e deixo minha cabeça cair nas minhas mãos. - Acho que nunca estive tão perdido como estou hoje, puta que pariu.

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