We did ... and I want it again

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Anastasia.

Eu me mantive afastada da internet o máximo possível desde que vim com Christian para a sua casa, mas hoje, cinco dias depois, eu sinto que preciso retomar o meu trabalho, afinal, eu vivo disso. Sem falar que os meus fãs merecem um posicionamento e notícias minhas. Sem essas criaturinhas eu não seria ninguém.

Reparo também que um terço do tempo pedido por Christian para que eu fique aqui se completa hoje. Um sentimento de tristeza nasce em mim e eu suspiro.

Enquanto espero o meu computador iniciar, olho para o meu celular que se ilumina com uma mensagem de Christian.

Christian: Mais uma para a sua coleção, capetinha.

Um link vem anexado junto com a mensagem. É um site de fofocas. O TMZ para ser mais específica.

"E agora isso? Depois de terem sido fotografados na casa do cantor e na festa de aniversário do irmão, Christian Grey e Anastasia Steele são vistos juntos novamente. Dessa vez o "casal" estava deixando um restaurante italiano chique em Seattle. Os dois pareciam bem à vontade um com o outro e não deram muita atenção para os fotógrafos. Ao que tudo indica, a relação está ficando séria, mas a pergunta que ronda nossas cabeças é: quanto tempo o conto de fadas vai durar?"

A matéria também trazia dezenas de fotos que foram tiradas de nós dois ontem.

Ao contrário do que eu imaginei, Christian foi a melhor companhia que uma pessoa poderia querer para um jantar. Ele me inverteu com histórias da sua infância e das coisas que ele e seus irmãos aprontavam.

Lembrar que tal coisa faz a mesma pontada de inveja dar as caras novamente. Ele é apaixonado pela família, isso eu não posso negar.

Eu sempre tive pais mais que amorosos. Eles são incríveis, mas nunca cogitaram a possibilidade de ter outros filhos. Minha mãe sonhava em engravidar e meu pai desejava ver a esposa grávida, daí eu nasci e ponto. Raymond e Carla Steele pararam por aí.

Nunca me faltou amor ou atenção. Perdi a conta de quantas vezes eles deixaram de ir para o escritório só para passar o dia comigo. Quantas reuniões cancelaram porque eu tinha um recital na escola ou quantas noites eles passaram em claro porque eu estava doente ou com medo.

Minha mãe nunca deixou que nenhuma babá fizesse o seu trabalho como mãe, assim como meu pai sempre colocou a sua princesinha em primeiro lugar.

Eu me sentia orgulhosa por ser uma das poucas na minha turma que ainda tinham os pais casados e felizes e mais orgulhosa ainda por eles serem os mais legais, compreensivos, liberais e engraçados do mundo.

Mas nenhum irmão para me fazer companhia.

Nem mesmo um primo.

O fantasma do filho único assombrou tanto minha mãe como o meu pai. Nenhum tio, nenhum primo, nada.

Só eu.

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