Nobody takes what is mine

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Christian.

O silêncio é a pior resposta do mundo.

E o silêncio de Anastasia Steele é pior ainda.

Felicidade imediata ou desgraça eterna.

Meu destino está nas mãos dela.

Não foi fácil me afastar e ceder o espaço que ela queria. Foram os piores dias da minha vida, até pior do que todas as semanas que ficamos separados. Antes eu vivia da raiva, depois de descobrir a verdade passei a viver da perseguição mas sair do seu caminho foi quase impossível.

Eu entrei em desespero depois da nossa briga no apartamento dela na outra noite, mas graças aos céus consegui achar algum bom senso e concordei com os pedidos, mas quando soube que Anastasia estava em Nova York o desespero voltou com força total.

Dias de merda.

Eu não liguei, não mandei mensagens e também não fui atrás, mas segui cada passo dela através do instagram.

Ela está prosperando, conquistando o mundo e fazendo nome e eu não poderia me sentir mais orgulhoso da minha garota.

Eu esperei pela noite de hoje como um condenado espera pela sua sentença. Quando o dia amanheceu eu quase gritei de alívio, mas as horas se arrastando me empurraram para muito perto da borda novamente.

E aqui estamos nós agora, sentados no bar do Stoneburner olhando um para o outro com ansiedade podendo ser cortada à faca.

Anastasia abre a boca para falar algo, mas fecha novamente e desvia os olhos do meu, balançando o copo nas mãos, gelo tilintando contra o vidro.

Eu torço minhas mãos, olhando dela para as suas mãos. Afasto meu copo para o lado e relaxo os ombros, colocando meu corpo e mente em alerta máximo. Se ela desistir dessa conversa e correr eu preciso estar atento para ir atrás dela.

Anastasia toma um gole da sua batida e respira fundo, voltando a olhar para mim, decisão brilhando nos olhos azuis perfeitos. Ela ajeita os cabelos, depois o decote do vestido e me dá um sorriso pequeno.

— Antes de mais nada eu quero te agradecer por ter sido tão compreensivo. De verdade, Christian. Muito obrigado por ter se afastado um pouco e me dado algum espaço para respirar e colocar as ideais em ordem. — eu balanço a cabeça, devolvendo o sorriso.

— Tudo por você, Ana. Sempre.

Os olhos dela desviam dos meus e fitam os meus lábios. É um movimento rápido, mas que eu consigo pegar. Meu coração se acalma uma fração com a possibilidade de que nem tudo está perdido, afinal.

— Eu nunca me envolvi com uma pessoa assim. — ela gesticula entre nós. — Eu nunca tive um relacionamento verdadeiramente sério, só alguns casos de ensino médio que não eram grande coisa.

Aperto minhas mãos em punhos, controlando a raiva crescente.

Eu não preciso escutar essa porra.

— Anastasia, eu não quero saber sobre isso, baby. Sei que não nos conhecemos a tanto tempo assim mas você sabe o quão ciumento eu sou. — ela ri, tomando mais um gole da batida de morango.

— Claro, me desculpe. Eu estou divagando e se continuarmos assim não vamos chegar a lugar nenhum. — eu balanço a cabeça freneticamente, me inclinando sobre ela.

Anastasia arfa, olhando para os meus lábios antes de engolir. Ela se mexe no banco, sutilmente apertando as coxas juntas e eu fecho os olhos, gemendo.

Porra.

— Não faz isso, pelo amor de Deus. Nós precisamos conversar e nos entender. Eu nunca me perdoaria se avançasse o sinal outra vez e te empurrasse para longe definitivamente.

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