Wolf in lamb skin

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Anastasia.

Christian e eu atravessamos as portas da mansão já tarde da noite. Nos agarrando como dois loucos e já arrancando as roupas um do outro pelo caminho mesmo, mas uma tosse nos tira do nosso momento de quase paixão consumada.

Ricky está sentado no sofá com um sorriso que me parece mais falso do que embaraçado. Christian me coloca no chão e me empurra para as suas costas, me protegendo dos olhares do seu ex amigo barra empresário.

— O que você está fazendo aqui? Quem te deixou entrar na porra da minha casa? — Christian grita tão alto que eu dou dois passos para trás.

Acho que a voz dele reverberou pela casa já que Elliot e Jack aparecem no topo da escada quase que em seguida.

Jack me dá um sorriso carinhoso, mas arregala os olhos assim que vê Ricky. Ele empurra Elliot e desce as escadas praticamente correndo, parando ao lado de Christian. Elliot também desce, não escondendo o olhar desconfiado pra cima do nosso talvez inimigo.

Que coisa mais idiota, Anastasia. Você não está em um romance água com açúcar onde o vilão vem raptar a mocinha do príncipe encantado.

— Eu te fiz uma porra de pergunta, Ricky. — é Christian que me traz de volta para a realidade, ou melhor, seus gritos.

Ricky respira fundo e passa as mãos pelos cabelos, dando a volta no sofá e chegando mais perto de nós. Ele para na frente de Christian e olha por cima do ombro dele, diretamente para mim.

— Me desculpe pelo o que eu fiz, Chris. Eu não sei o que estava na cabeça e acabei fazendo merda. — ele suspira novamente e volta a me olhar, mas dessa vez com mais doçura. — E me perdoe também, Anastasia. Eu não quis faltar com respeito.

Christian agarra a minha mão e me puxa para ele, abraçando a minha cintura.

— O que você acha, baby? Ele merece seu perdão?

Eu arregalo os olhos, desviando minha atenção para ele. Christian arqueia uma sobrancelha e tomba a cabeca para a direita, esperando uma resposta. Eu pisco, sem saber o que responder.

Ricky olha para mim de uma maneira que beira o desespero, como se a minha resposta fosse definir se ele continua vivendo ou se será condenado a guilhotina.

— Eu... É... Claro. Não se preocupe, Ricky, está perdoado. — dou um sorriso mínimo, pedindo a Deus que isso seja o suficiente e que ele vá embora logo para que Christian e eu possamos retomar aquilo que esse desgraçado atrapalhou.

— É serio, Ana? — ele sorri e abre os braços, se aproximando de mim como se fosse me abraçar.

Christian dá um passo para trás e me puxa com ele, fechando a cara para o seu pseudo amigo.

— Claro, sem contato físico. Me desculpe, os dois.

— Tudo bem, só não se esqueça disso. — Christian late, curto e grosso, sem se importar com o cara de cachorro abandonado que Ricky nos dá. — Era só isso?

Ele não espera uma resposta. Já entrelaça nossos dedos e me puxa rumo a escada, me colocando na frente e beijando meu ombro. Eu rio, deliciada com o arrepio que me sobe.

— Na verdade eu estou aqui por outro motivo também. — Christian geme, revirando os olhos. — Por favor, Chris.

— Escute ele, Christian, pode ser importante. — sussurro para ele, dando um beijo na pontinha do seu nariz. — E nós temos a noite inteira. Melhor resolver isso logo e despachar ele de vez para ficarmos livres dele. — pisco, arrancando um sorriso dele.

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