Capítulo 11

332 50 29
                                    

Louis pensou no que estaria fazendo Harry. Teria saído? Ou simplesmente não queria jantar?

—Imaginem... -começou Kendall. —Ele pediu que lhe levassem uma bandeja para seu quarto! Se tem que comer, por que não pode comer conosco?

—Você perturba muito, Kendall -disse Taylor, com ironia. 

Louis quase se engasgou com a sopa e a amiga teve que bater-lhe nas costas. Imediatamente após o jantar, Kendall partiu, dirigindo seu carro esporte a toda velocidade. A sra. Styles foi deitar-se, alegando estar com dor de cabeça, enquanto Taylor lia empolgada um livro sobre reprodução de cavalos e Louis assistia televisão. Recusou depois o lanche que Lily lhe ofereceu e foi dormir cedo, sentindo-se bem melhor que na noite anterior.

Nos dias que se seguiram, ele pouco viu Harry. Segundo sua mãe, ele estava o tempo todo trabalhando e falando com Londres ao telefone. Anne estava horrorizada só em pensar na conta que viria depois de tantas chamadas .Ela não havia esquecido o comportamento de Harry no dia que Kendall Jenner viera visitá-los. E sua atitude de era uma tentativa de pressioná-lo, mas não parecia estar obtendo muito sucesso. Louis passava os dias cavalgando, passeando e ajudando Taylor, que parecia tê-lo aceitado, sem considerá-lo mais uma ameaça em relação a Harry. Taylor confessou-lhe que o amava e que era ele a única razão para suportar Anne. Embora apreciasse a confiança de Taylor, Louis não podia lhe falar das emoções confusas que sentiu quando ouviu suas palavras. Talvez fosse porque, pela primeira vez em nove anos, ele conhecesse uma vida normal em família. Daí esse sentimento de posse em relação a Harry. Mas uma coisa ele tinha certeza: não podia admitir a ideia de vê-lo casado com alguém.

 O tempo firmara e as manhãs iam-se tornando cada vez mais frias. Louis sempre se levantava cedo e saía a cavalo. Algumas vezes Taylor o acompanhava e uma vez o próprio Harry juntou-se a eles. A maioria das vezes porém ia sozinho e nem se lembrava mais que Harry ficara zangado naquela primeira manhã em que saíram juntos e ele se distanciara. De qualquer modo, nunca se afastava muito da casa e sentia-se perfeitamente capaz de enfrentar qualquer pessoa estranha que encontrasse.Um dia porém levou um susto. Acabara de apear e a égua pastava por perto quando um homem veio galopando em sua direção. Louis montou rapidamente, pronto para fugir, quando viu aliviado que o cavaleiro não era outro senão Vincent Morley.

—Alo! -cumprimentou, animado. -Que bela surpresa!

 Louis sorriu, desmontou de novo e deixou que Rosie voltasse apastar.

—Nunca vi o senhor por aqui antes.

—Quer dizer que vem sempre aqui? -perguntou.

—Quase todas as manhãs -respondeu Louis.

—Sei... -disse Vincent, com um sorriso cordial. —Preciso montar mais frequentemente. Onde você costuma ir?

—Por aí -respondeu Louis, apontando à sua volta. —Nos lugares onde possa ver o mar.

—Já foi até o litoral? Até Whitby ou Scarborough?

—Não -respondeu Louis, balançando a cabeça.—Na verdade, não fui a lugar nenhum ainda. O sr.  Styles está ocupado escrevendo e eu estive ajudando Taylor nos trabalhos da fazenda.

—Céus! -exclamou Vincent. —Certamente seu tutor não sabe que você está fazendo uma coisa dessas.

—Não sei se ele sabe ou não -respondeu Louis. —Faz alguma diferença?

—Bom, eu acho que sim. Afinal não é preciso.

—Eu sei, mas gosto -retrucou Louis e, mudando de assunto, acrescentou: —É bonito aqui, não é? Nunca fico cansado de admirar essa paisagem.

Tempestade (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora