Desde pequena
sou desordem,
fui escrita inteira
em confusão
e caos.
A urgência
está nas minhas veias,
tatuada no meu corpo,
em cada parte do meu ser.
Apesar da aparente calmaria,
tudo dentro de mim
é ventania
e grita,
implora
pra transbordar.
Eu sei que você não entende,
amor,
meu desejo
de aprender rápido
todas as notas
no violão,
ou minhas rudes mãos
que agridem papel
como forma
de salvação,
minha escrita insana
que você diz
lhe assustar
quando uso as palavras
mais pra dilacerar
que para arrumar.
Talvez você pense
que eu sou fogo
que ilumina
tudo ao redor
ou talvez me culpe
por ser chama
que queima
e destrói
cada belo verso
que me fez
na esperança
de transformar
meu tempestivo caos
em delicadas linhas,
mas na verdade,
amor,
sou apenas mais uma
criatura fodida
que não suporta
paredes brancas
e quartos vazios,
que não sabe lidar
com a porra do silêncio
que se instala
depois de cada porre.
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De Todos Os Textos Que Não Fui Capaz De Te Enviar
PoetryRabiscos de um amor mal vivido que eu não sabia mais onde colocar. Não sei se é prosa, poesia, crônica. Misturo tudo e coloco na mesma caixinha poís não sei desabar de uma maneira que faça sentido, muito menos me expressar de uma forma lógica.