Não conte a ninguém
Mas ainda não limpei
A sujeira da casa
Ainda passo café
Ainda guardo teus traços
Não esqueci teu nome
Nem pretendo
Apesar
De ter esquecido
O calor do teu toque
Acalento das tuas mãos
Do teu cheiro
A sensação do teu beijo
Eu não lhe esqueci
E nem consigo
Então sigo
Nessa ausência tua
Na sombra cruel
Dos meus erros fatais
Dos meus desajeitos brutais
Carregando o pesado fardo
De lhe apagar a cada dia
Mas por qualquer coisa
Eu lhe relembro
Lhe trago de volta
Pra dentro do peito
Pra perto da alma
Da onde na verdade
Você nunca saiu
É ridículo
Como independente do tempo
Eu sempre volto
Pro laço
Dos teus braços
Por que você sempre
Vai ser a pessoa
Pela qual deixo
Todas as outras
A história inacabada
Que mais anseio por ler
Apesar dos tantos livros abertos
Na ponta da estante.
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De Todos Os Textos Que Não Fui Capaz De Te Enviar
PoetryRabiscos de um amor mal vivido que eu não sabia mais onde colocar. Não sei se é prosa, poesia, crônica. Misturo tudo e coloco na mesma caixinha poís não sei desabar de uma maneira que faça sentido, muito menos me expressar de uma forma lógica.