Mas me perdoe
Querido
Por ser o fantasma
Que ainda assombra
Todas as tuas páginas brancas
Por roubar tua paz
E tuas histórias
Perambular incessantemente
Entre teus devaneios
Roubar teus momentos
De sanidade
Do mesmo jeito que você
Rouba os meus
Assim como casa vestígio
De sentimento
Que meu coração fajuto
Ainda sabe sentir
Mas eu não lhe culpo
Se se cansar dos vultos
Das palavras
Você merece
Carne e osso
Pele palpável
Pra tranquilizar a urgência
Do teu sentir agitado
E eu
Mereço a frieza
Do teu esquecimento
Morrer aos poucos
Dentro do teu amar
Enquanto me afogo
Me embriago
Na doce tortura
Que é sumir lentamente
Dentro da tua saudade
Alimentando a minha
Dia após dia.
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De Todos Os Textos Que Não Fui Capaz De Te Enviar
PoesíaRabiscos de um amor mal vivido que eu não sabia mais onde colocar. Não sei se é prosa, poesia, crônica. Misturo tudo e coloco na mesma caixinha poís não sei desabar de uma maneira que faça sentido, muito menos me expressar de uma forma lógica.