Me perdoe
Por não me cansar
De escrever
Milhares de rimas
Sobre você
Sei que já não quer ouvir
Ou saber dos meus lamentos
Sei que a melhor coisa
Que eu posso lhe fazer
E lhe deixar em paz
E não mais cutucar
As mesmas feridas
Que lhe causei
Sem a intenção de machucar
Mas de noite
O peito sempre grita
E meus rasgos antes suturados
Escorrem
Até que eu me encontro zonza
Pela falta de sangue
Então recorro
À caneta gasta
E ao papel vagabundo
Como forma
De talvez entender
De talvez me livrar
Dessa maldita dor
Não peço que me leia
Nem ao menos
Que me guarde
Só lhe escrevo
Fingindo que vai ler
Como forma
De não enlouquecer
Mas se por um infeliz
Ou feliz
Acaso
Ainda me lê
Só lhe desejo
A tranquilidade das noites
Que tua saudade me rouba.
VOCÊ ESTÁ LENDO
De Todos Os Textos Que Não Fui Capaz De Te Enviar
PoesíaRabiscos de um amor mal vivido que eu não sabia mais onde colocar. Não sei se é prosa, poesia, crônica. Misturo tudo e coloco na mesma caixinha poís não sei desabar de uma maneira que faça sentido, muito menos me expressar de uma forma lógica.