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Corianne sentiu o Impacto de seu corpo jogado no chão, tocou a ponta dos dedos em seu couro cabeludo já esbravejando para o nada, havia acabado de cair juntamente com a velha cadeira de parafusos congelados que havia se partido tombando no chão levando a princesa mor consigo. Já acordada de seus torturosos pesadelos, que não deveriam nem se quer terem ganhado forma em sua mente, já que havia prometido pra si mesma que era apenas um coxilo.
Havia sido assim durante as duas últimas semanas, as quais ela já perdeu as contas em seus frágeis dedos. Ela não dormia em quanto Lucas estava no ambiente tinha aversão ao que podia lhe acontecer, então infelizmente tinha de dividir o tempo em que ele estava fora para traçar uma estratégia e fugir dali tanto quanto para repor suas energias em um leve descanso, que como agora acabou se transformando em um denso pesadelo.
Ao encarar o ambiente e ver que havia dormido demais não soube ao certo quanto tempo o senhor asqueroso estava fora. Ao olhar a cadeira quebrada e seu corpo esparramado ao chão e as correntes que prendiam seu tornozelo as pernas da cadeira destruidas com o impacto, não foi muito difícil levantar-se, mas fora mais difícil andar com o peso de uma parte da corrente que ainda estava presa a si, as correntes que ja pareciam vidro de tão petrificadas que estavam não deixavam Lucas com um ar tão inteligente, pensou Cori.
Percorreu o lugar que só estava quente onde a fogueira tocava, e ao encarar a fogueira viu que logo poderia desvanecer de suas majestosas chamas, significando que logo Lucas voltaria com lenha para reaquecer-lhe, a idéia de ter de aturar o canalha por mais um dia fez sua pele estremecer, mais pela repulsa do quê pelo frio. Adentrou o túnel que levava a área cavernosa a qual interligava todas as áreas trabalhistas relembrando que a quinhentos metros a parte viva da mina tinha trabalhadores ativos, mas não ter certeza se era dia ou noite lhe dava pânico de correr tanto em vão ou de dar de cara com o vilão.
Após enxergar os grandes emadeirados que tampavam um grande buraco sem muito gelo como os outros, foi súbita o suficiente para reconhecer aquelas tabuetas, mas olha-las tão grandes, tão pesadas, tão densas, como ultrapassa-las?
"Se eu tivesse o tamanho daquele patife e suas mãos de vara conseguiria tirar isso aqui facilmente"
Pensou Corianne.
Não demorou muito para se esgueirar entre toda aquela madeira e cutuca-las com a ponta de suas unhas, esperando que uma mágica acontecesse ou um sinal do céu lhe fosse emitido. Quanto mais pensava mais o tempo passava e seu pérfido aprisionador estava mais próximo. Se auto empoderando de toda confiança que poderia sair dali, tomou convicção que nem que quebrasse cada osso de seu corpo sairia deste lugar tenebroso, a final não fora por que todos os planetas estavam alinhados que suas correntes foram quebradas lhe permitindo ter opção de fuga.
Ao por seu longo e fino pulso entre as brechas de um emadeirado pós outro, forçou seu pulso contra as altas madeiras aglomeradas que pesavam ainda mais para uma jovem raquitica e meio desprovida de força. Seu pulso rejeitava a ação mas seu corpo tentava ignorar a dor emitida, ja sem suportar mais a dor eminente é bem sucedida na sua ultima ação mas desencadeando ainda mais dores ao ser atingida pela última coluna de madeira suspendida em cima de si a deixando com parte de seu braço direito sem sentidos, em quanto suas lágrimas rolavam e seus nervos mesmo alarmantes tentavam controlar seu barulho de choro, a final ja bastava o estrondo daquela potranca tentando quebrar a princesa ao meio, em quanto seu braço esquerdo fazia força para salvar seu braço esquerdo, ela apressava seus movimentos ja impaciente com sua demora irrelevante para sair daquele buraco infernal, pondo de lado toda a dor, a guardando em seu sub consciente, conseguiu se desprender do peso mas ao levantar e ver seu braço direito sem respostas de movimento sentiu uma pontada de desespero. Então correu daquele lugar, correu com muitos sentimentos engasgados em sua garganta, com muitas dores controladas e com muito medo acumulado, não medo de Lucas, mas medo de voltar para aquele lugar e ter sua existência compelida a eterna presença dele e de seu olhar maníaco.
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As Alianças Reais | 2
Teen Fiction(em processo de revisão) "Além do sangue azul, você precisa ser abençoado com os desacertes da vida Real que podem te levar pra cima ou te empurrar para mais fundo." - As Alianças Reais. Os herdeiros de Sularight, Lestland, Nortawind e Oestfire sen...