As Alianças Reais | 2

Capítulo extra: Eu Sou Lucas Geller

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Domenico me levou pelos corredores de alojamento dos criados, estava de guia em quanto Jasper estava ao meu lado em guarda pronto para me defender quando eu precisasse.

Concentraram toda a segurança nas entradas principais e nos pontos estratégicos, assim como no hall do corredor leste e nas imediações onde estava ocorrendo o jantar de ensaio de Corianne e Maven.

Uma repulsa me subiu ao sangue só de imaginar a felicidade exalando no rosto daquela vagabunda e do meu fiel inimigo. Passei belas duas semanas convivendo com Corianne, se é que posso chamar aquilo de convivência, ela me ignorava arduamente cada segundo, em quanto meu sangue fervia querendo descontrole pra que eu a possuisse como sempre a quis ter para mim.

Nasci com tantos privilégios quanto Maven mas nunca foi novidade para mim que ele era herdeiro do reino absoluto, e mesmo com todas as leis de igualdade que nossos antepassados criaram entre os quatro reinos, meu sangue ainda fervia de ódio por ele ter tanto poder em suas mãos tão desajeitado e tolo como sempre foi, imerecedor de tudo que lhe foi dado, um reino supremo e a chance de governar sobre toda a Wind Rose e a herdeira mais linda que todos os pontos cardeais poderiam obter, a bela Corianne Cullen.

Eu nasci com corpo e alma de guerreiro, o meu semblante sempre transmitiu mais pesar sobre quem quer que fosse, e eu sempre me esforcei para surpreender a mim mesmo. Minha mãe sempre me falava: " Você é suficiente querido, não busque menos do que você merece, você tem o poder de um deus em suas mãos e você pode fazer acontecer o que você quiser e você pode ter o que bem desejar, pois você tem poder para isso. Você é superior Lucas, é um homem astuto e brilhante, mostre a nossa terra quem é merecedor de ser supremo e absoluto. "

E onde está minha mãe agora? Trancafiada em um cela qualquer no subsolo, como uma sujeita qualquer sem qualquer menção de que um dia fora uma rainha inebriante e devastadora.

Tentei seguir seus conselhos, mas quanto mais eu queria conquistar, mais os que objetos ja tinham dono. A coroa de Maven e a princesa dele. Como um qualquer desengonçado e infantil como ele pode ter o que eu desejei para mim? E por que quanto mais eu fazia planos de conquistar o topo com tanto esforço ele sempre parecia estar um passo a frente?

Então o plano. Não foi difícil seduzir Erica, a irmã mais nova e a herdeira mais revoltada dos quatro reinos. Erica exalava ódio por toda a família e tinha uma inveja descabida de Corianne, não foi difícil transforma-la no que ela já tinha uma grande vocação. Tirei sua inocência e acabei com qualquer chance que tivesse de um dia ela se reconciliar com qualquer que fosse de seus irmãos. Meu maior medo era que Erica se apaixonasse por mim, pois ela não estava inclusa em meus planos. Eu queria Corianne. Mas não tive problemas quanto a isso criamos um vinculo especial e quanto mais eu a fazia se sentir superior a todos, mais ela satisfazia minhas vontades. Após conseguir que ela extraviasse as cartas dos pombinhos, não precisei mais de seus trabalhos, encontrei garotas mais experientes que me satisfizessem e depois sumissem sem eu precisar pedir duas vezes, uma delas pode até ter sido rejeitada com um bastardo meu, mas continuo não me importando.

Erica não ficou para trás, em todas as visitas em comum que estavamos nos reinos, ela estava com um pobre coitado diferente satisfazendo suas luxurias, então percebi que ela era tão igual a mim quanto eu pensava.

Inevitavelmente afastamos Corianne e Maven. Mas mesmo se sentindo abandonada e sozinha, Corianne nunca me olhou com outros olhos, nunca se interessou por mim. Mesmo achando que Maven estava com qualquer uma se divertindo antes de lhe ter como esposa, ela permanecia o amando, o que só me fazia ter mais raiva daquela tola e querer mais tê-la para mim.

Depois de destruir meu império afundando meu plano com o lorde e tendo minha noiva de mentira morta em minha frente, fugi com a ajuda de Domenico, meu antigo chefe de criados que teve a burrice de agir como sempre em frente a Maven que teve o poder de leva-lo para Nortawind para aprender boas maneiras. Mas não funcionou muito, no fim Domenico foi o sujo que mais me ajudou, e Susana aquela vagabunda acabou tendo um papel importante, nesse momento já deve está no corredor da cela de nossa mãe para me ajudar a tira-la de lá, o que ela não sabe é que mamãe e eu já temos planos de levar um bem precioso de Maven conosco e nos desfazer dele sem nenhum pesar após sairmos daqui.

Após o sequestro de Corianne lutei contra meus impulsos de querer usa-la pois quanto menos ela me queria, mais eu desejava que ela me implorasse um dia para torna-la minha mulher. Em um dos dias quando eu voltava a mina, lutando contra meus pensamentos que me diziam que eu estava sendo fraco e inútil ao esperar que aquela garota quisesse algo comigo, ela nunca iria querer. Então fui decidido a fazê-la minha, e quebrar qualquer sentimento que eu tivesse em meu inútil coração por aquela garota. Tamanha foi a minha surpresa quando a vi em fuga, ódio emanou de mim e eu só queria arrasta-la de volta para a mina e fazer com que ela fosse finalmente minha. Erica estragou tudo de novo, nunca imagine que ela fosse se dar ao trabalho de salvar sua irmã de mim. Mas ela assim o fez, me deixando absurdamente indignado.

Após chegar até minha mãe e Susana, mandei Domenico acompanhar minha irmã de volta a seu podre marido antes que desconfiassem dela. E logo mandei Jasper se envolver na busca à mim que logo seria decretada assim que derrubamos os guardas que estavam na guarda de minha mãe.

Minha mãe seguiu pelo corredor livre em busca de Amália, em quanto eu desci a sua espera e me sentei num banco com vista panorâmica para seu show. Logo uma discussão não muito longe tirou o foco de minha atenção, os gritos de Susana tentando se explicar para alguém ecoaram. Não é problema meu se não acreditarem nela e ela também acabar presa por ser mais uma Geller de sangue ruim . Sorri ao imaginar minha irmã numa enrascada, a calma e fútil Susana.

Minha visão logo capturou Maven, Atos, Susana e Domenico. Controlei uma risada para a reação de Maven ao me encontrar, quando apontou sua arma para mim não controlei meu riso sarcástico ao repreende-lo e informa-lo que aquela não era uma decisão sensata, ele me encarou e Atos não muito atrás dele encarava cada ponto do local onde estavamos. Nada de guardas! Jasper havia feito um ótimo trabalho. Antes que eu pudesse me divertir com Maven antes que minha mãe trouxesse Amália, o vidro da janela acima quebrando chamou nossa atenção, era parte do plano o show na janela, mas ela tinha os corredores livres de guardas para fugirmos, daqui mesmo Domenico poderia cortar o pescoço de Atos em um piscar de olhos em quanto eu cuidava de Maven, mas o sorriso em meu rosto se transformou em uma lamentável expressão de dor quando vi Corianne no lugar de Amália, insisti em discutir com minha mãe, mas ela queria mata-la, ela fugiu do plano, e isso vai dar muito errado. Após fazer seu discurso lamentável sobre o por que de Corianne ter que morrer, ja não me dei mais por mim ao atirar em minha própria mãe a atingindo no ombro que caiu junto com Corianne daquela altura, nesse meio tempo levei um tiro, mas ignorei a dor, ambas estavam um tanto intactas para a queda que tiveram, mas meu desespero se deu ao ver o ódio que minha mãe exalou em frustração após minha traição, minha escolha, mas não foi minha escolha que salvou Corianne, foi o Lucas humano que estava preso eu um órgão imprestável, meu coração nos traiu. Meu coração decidiu salvar um ser humano ingênuo que iria morrer, eu devia tê-la deixado morrer sob a lâmina da adaga de minha mãe, mas meu extinto foi outro. Matei a minha própria mãe, a mulher que me deu a vida, porque uma coisa que Lucas Geller não seria capaz era de ver a garota que o fez sentir resquícios de amor, por mais que para qualquer ser humano fosse um amor doentio, ele não a poderia ver morrer diante dos seus olhos. Maven poderia a ter salvado, mas eu queria ganhar dele ao menos naquilo, queria ser o único a salvar a vida de Corianne, e espero que ele morra com a frustração por eu ter sido o primeiro a salva-la.

Assim tracei meu fim, a vida dela pela minha. Por quê após aquilo desferi minhas últimas palavras a Maven.

Um som implacável soou, quatro balas agudas, três me levariam para o inferno, mas eu tinha esperança que a minha única também leva-se Maven comigo.