Théo
Eles atiraram mais algumas vezes. Não temos como saber quantos são. Procuro manter a mente fria mesmo as gêmeas estando aqui.
- Desçam para trás do banco. Se agachem como puderem. Rápido. - grito para as gêmeas.
- Calma Théo. Vai dar tudo certo. - diz Renan.
- Calma Lara. Vamos ajudar o tio Théo. - Escuto Laura tranquilizar a irmã.
Minhas pequenas deveriam estar em casa e seguras. Não pensei que esses vermes meteriam a cara com 10 seguranças. Inferno!
Em meio a perseguição meu celular toca. Número restrito. Olho para Renan.
- Atenda. Veja o que eles querem. - fala.
- Pronto! - falo.
- Delegado! Que prazer falar com você. - diz um homem de voz grossa.
- Quem é você e o que quer? - falo ríspido.
- Só quero uma coisa delegado. Tire seus homens da minha cola. - Diz com raiva.
- A troco de que eu faria isso? - pergunto.
- De ter sua família livre. Você não me conhece. Foi para o Rio achando que fugiria de mim? - Dispara.
- Deixa a minha família em paz! - grito.
- O que? Agora que a festa está boa. Imagino as gêmeas preferidas do tio babão com medo. - gargalha.
- Verme! Doente! Vou te pegar. - grito com ódio.
- Antes, eu pego você. Ah! Só para te avisar. Tem gente minha no Rio. Fique esperto. - desliga.
Respiro fundo e ligo para o Gustavo. Preciso proteger a Luna. Esse bandido não está brincando.
- Gustavo. Tire a Luna do apartamento e leve para casa da minha mãe. - digo.
- E se ela não quiser senhor? Ela é bem difícil. - diz ele receoso.
- Diga que estou sob ameaça de uma quadrilha. Preciso dela segura. E peça que não comente com minha mãe. - falo.
Agora preciso ligar para Lúcia e ser bom ator. Ela é desconfiada ao extremo.
- Mãe. Tudo bem?
- Oi meu amor. Tudo. E vocês, já estão vindo? - pergunta.
- Sim. Mãe o Gustavo segurança vai deixar a Luna ai. Ela está sozinha no apartamento. Pode ser?
- Sim meu filho. Bom que ela me faz companhia. Estou sozinha em casa. - diz sorrindo.
Desligo logo em seguida. Presto atenção a estrada. Os tiros cessaram.
- Pessoal, preciso que façam uma barreira para que a gente possa chegar ao aeroporto sem problemas. - diz Renan usando o rádio.
Vi os carros ficando para trás fechando todas as vias para que esse possa transitar tranquilo.
- Mantenham- se nessa sequência até que não seja mais necessário. - digo a eles.
Olhos as gêmeas abaixadas entre os bancos do jeito que podem. Renan a toda velocidade não se importando com as multas.
- Podem sentar meninas. - digo.
Entramos nos limites do aeroporto. Não vamos para o estacionamento porque pode ser perigoso. Vamos para o embarque.
- Renan, deixa o carro aí que o Ben sabe o que fazer. Vamos. O vôo já vai sair. -digo.
- Sorte que não vamos despachar bagagem. - diz ele.
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Segundas Intenções. (Série Família Portinari)
Roman d'amourQuando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado por um par de olhos castanhos e um sexo rapido numa parede de um local desconhecido. Mesmo aboninando relacionamentos não consegue esque...