Capítulo 13

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Théo

Eles atiraram mais algumas vezes. Não temos como saber quantos são. Procuro manter a mente fria mesmo as gêmeas estando aqui.

- Desçam para trás do banco. Se agachem como puderem. Rápido. - grito para as gêmeas.

- Calma Théo. Vai dar tudo certo. - diz Renan.

- Calma Lara. Vamos ajudar o tio Théo. - Escuto Laura tranquilizar a irmã.

Minhas pequenas deveriam estar em casa e seguras. Não pensei que esses vermes meteriam a cara com 10 seguranças. Inferno!

Em meio a perseguição meu celular toca. Número restrito. Olho para Renan.

- Atenda. Veja o que eles querem. - fala.

- Pronto! - falo.

- Delegado! Que prazer falar com você. - diz um homem de voz grossa.

- Quem é você e o que quer? - falo ríspido.

- Só quero uma coisa delegado. Tire seus homens da minha cola. - Diz com raiva.

- A troco de que eu faria isso? - pergunto.

- De ter sua família livre. Você não me conhece. Foi para o Rio achando que fugiria de mim? - Dispara.

- Deixa a minha família em paz! - grito.

- O que? Agora que a festa está boa. Imagino as gêmeas preferidas do tio babão com medo. - gargalha.

- Verme! Doente! Vou te pegar. - grito com ódio.

- Antes, eu pego você. Ah! Só para te avisar. Tem gente minha no Rio. Fique esperto. - desliga.

Respiro fundo e ligo para o Gustavo. Preciso proteger a Luna. Esse bandido não está brincando.

- Gustavo. Tire a Luna do apartamento e leve para casa da minha mãe. - digo.

- E se ela não quiser senhor? Ela é bem difícil. - diz ele receoso.

- Diga que estou sob ameaça de uma quadrilha. Preciso dela segura. E peça que não comente com minha mãe. - falo.

Agora preciso ligar para Lúcia e ser bom ator. Ela é desconfiada ao extremo.

- Mãe. Tudo bem?

- Oi meu amor. Tudo. E vocês, já estão vindo? - pergunta.

- Sim. Mãe o Gustavo segurança vai deixar a Luna ai. Ela está sozinha no apartamento. Pode ser?

- Sim meu filho. Bom que ela me faz companhia. Estou sozinha em casa. - diz sorrindo.

Desligo logo em seguida. Presto atenção a estrada. Os tiros cessaram.

- Pessoal, preciso que façam uma barreira para que a gente possa chegar ao aeroporto sem problemas. - diz Renan usando o rádio.

Vi os carros ficando para trás fechando todas as vias para que esse possa transitar tranquilo.

- Mantenham- se nessa sequência até que não seja mais necessário. - digo a eles.

Olhos as gêmeas abaixadas entre os bancos do jeito que podem. Renan a toda velocidade não se importando com as multas.

- Podem sentar meninas. - digo.

Entramos nos limites do aeroporto. Não vamos para o estacionamento porque pode ser perigoso. Vamos para o embarque.

- Renan, deixa o carro aí que o Ben sabe o que fazer. Vamos. O vôo já vai sair. -digo.

- Sorte que não vamos despachar bagagem. - diz ele.

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Onde histórias criam vida. Descubra agora