Théo
Não me senti confortável com a chegada da Mabel. Volta e meia ela insiste em reatarmos. Nosso namoro no início era tudo lindo. Depois, foi só decepção.
Preciso conversar com as gêmeas. Elas chamaram Mabel para deixar a Luna chateada. Independente de ter um relacionamneto ou não com a Luna, elas não tem esse direito.
Passamos a noite assistindo e dando boas risadas.
Desperto com a Luna se arrumando. Porque cedo assim?
- Luna, não dormiu direito? - me preocupo.
- Não. Me bati a noite inteira. - responde.
- Volta e deita. Tenta dormir mais um pouco. .
- Não Théo. Não consigo. Vou fazer um café. - sai.
Ela está estranha há dias. Juro que estou tentando melhorar. Mas ela também se fecha. As vezes fica difícil.
Depois do café a deixo no hospital e vou para a delegacia. Tenho que trabalhar em algumas denúncias. Cheguei aqui no Rio com a intenção de retornar em uma semana. Mas o secretário não me autorizou.
Não deu para almoçar em casa. Terei uma reunião as 14h. Almoço com o pessoal por aqui mesmo. Mando mensagem e aviso a Luna. O Gustavo a leva.
As 16h dou uma parada e saio para tomar um café seguido por Ben que chegou hoje. Pedi que ele fosse remanejado para cá.
- A gente só está dando voltas Ben. Acho melhor eu ir para rua também. - falo.
- De jeito nenhum. Não antes de descobrir o paradeiro deles. - Ben fala agitado.
Ficamos um tempo no refeitório conversando. Meu celular toca. É Gustavo.
- Prossiga!
- Dr. Théo. A senhorita Luna saiu do hospital as 15h e desde então está sentada num banco do calçadão. Parece muito nervosa e chora muito - diz.
- Estou indo aí. - desligo.
- Segura as pontas aqui Ben. Não volto mais hoje. - saio.
No caminho vou pensando. Quebrando a cabeça, tentando entender o que está se passando com a Luna. O porque que não esteve na visita da tarde?
Entrego o carro para Gustavo e atravesso a rua atrás dela. Pego duas águas de coco e vou até onde ela está.
Sento ao seu lado e ofereço o coco. Ela me olha e sorri fraco. Recebe e bebe um pouco da água.
- Sua mãe está bem?
- Sim. Já esta reagindo bem. Eles vão suspender a sedação amanhã. - diz.
- Você deveria está comemorando e não aqui sozinha com a cara de quem chora há horas. - digo.
- Porque está aqui? - pergunta.
- Para saber o porque você esta assim. Há dias que está estranha. Mudanças de humor. - falo.
Ela me olha e chora. Um choro sofrido. A abraço e ela chora mais. Beijo sua cabeça e faço carinho.
- Vai ficar tudo bem Luna. Não fique assim.
- Não vai Théo. Vai piorar. Minha vida vai ser um inferno. - fala com desespero.
- Vamos para casa. Você toma um banho, come alguma coisa e a gente conversa. - falo fazendo carinho em seu rosto.
A levanto e vamos abraçados até o carro. Realmente, não deve está sendo fácil essa mudança brusca em sua vida.
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Segundas Intenções. (Série Família Portinari)
RomanceQuando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado por um par de olhos castanhos e um sexo rapido numa parede de um local desconhecido. Mesmo aboninando relacionamentos não consegue esque...