Capítulo 15

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Théo

Não me senti  confortável  com  a chegada  da Mabel. Volta  e meia ela insiste  em reatarmos. Nosso namoro no início  era tudo lindo. Depois, foi só decepção.

Preciso  conversar  com as gêmeas.  Elas chamaram  Mabel para deixar a Luna chateada.  Independente  de ter um relacionamneto ou não com a Luna, elas não tem esse direito.

Passamos  a noite  assistindo e dando boas risadas.

Desperto  com a Luna se arrumando.  Porque  cedo assim?

- Luna, não  dormiu direito?  - me preocupo.

- Não.  Me bati  a noite inteira.  - responde. 

- Volta  e deita. Tenta  dormir  mais um pouco.  .

- Não  Théo.  Não  consigo. Vou fazer  um café. - sai.

Ela está estranha  há dias. Juro que estou tentando melhorar.  Mas ela também  se fecha. As vezes fica difícil.

Depois  do café a deixo no hospital e vou para a delegacia. Tenho  que trabalhar  em algumas denúncias. Cheguei  aqui no Rio com a intenção  de retornar  em uma semana. Mas o secretário  não  me autorizou. 

Não  deu para almoçar  em casa. Terei uma reunião  as 14h. Almoço  com o pessoal por aqui mesmo. Mando mensagem e aviso a Luna. O Gustavo  a leva.

As 16h dou uma parada  e saio para tomar  um café seguido por Ben que chegou hoje. Pedi  que ele fosse remanejado para cá.

- A gente só está dando voltas Ben. Acho melhor eu ir para rua também. - falo.

- De jeito  nenhum. Não  antes de descobrir  o paradeiro  deles. - Ben fala agitado.

Ficamos  um tempo  no refeitório  conversando. Meu celular  toca. É Gustavo. 

- Prossiga!

- Dr. Théo. A senhorita  Luna saiu do hospital  as 15h e desde  então  está sentada num banco do calçadão. Parece muito nervosa e chora muito - diz.

- Estou  indo aí. - desligo.

- Segura  as pontas aqui Ben. Não volto  mais hoje. - saio.

No caminho vou pensando. Quebrando a cabeça, tentando entender  o que está se passando com a Luna. O porque  que não  esteve na visita  da tarde?

Entrego o carro para Gustavo  e atravesso a rua atrás  dela. Pego duas águas  de coco e vou até onde ela está.

Sento ao seu lado e ofereço o coco. Ela me olha  e sorri fraco. Recebe e bebe um pouco  da água.

- Sua mãe  está bem?

- Sim. Já esta reagindo  bem. Eles vão  suspender  a sedação  amanhã.  - diz.

- Você  deveria está comemorando  e não  aqui sozinha  com a cara de quem chora há horas. - digo.

- Porque está aqui? - pergunta.

- Para saber o porque  você  esta assim. Há dias que está  estranha. Mudanças  de humor.  - falo.

Ela me olha e chora. Um choro sofrido. A abraço  e ela chora mais. Beijo  sua cabeça  e faço carinho. 

- Vai ficar  tudo bem Luna. Não  fique assim.

- Não  vai Théo.  Vai piorar.  Minha vida vai ser um inferno.  - fala com desespero.

- Vamos para casa. Você  toma um banho, come alguma  coisa e a gente conversa.  - falo fazendo  carinho  em seu rosto. 

A levanto e vamos abraçados até o carro. Realmente,  não deve está sendo fácil essa mudança  brusca em sua vida.  

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Onde histórias criam vida. Descubra agora