Capítulo 26

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           ...Três meses depois...

Tudo estava indo da melhor maneira que se podia dizer,ele havia voltado para a casa e perante a sociedade pareciam um jovem casal feliz com a chegada do primeiro filho,longe dos olhares da mesma Edward era frio e calculista,se referia a ela apenas quando necessário e para a infelicidade de Caterina as noites que não estavam em bailes ele simplesmente desaparecia indo Deus sabe onde,passava uma parte de seus dias na casa de sua mãe que vivia intusiasmada com o neto que sua filha carregava em seu ventre que a na faixa dos quatro meses já se mostrava maior que o normal e isso causava no marido uma reação nada agradável.fazendo-o pensar que o filho que Catarina levava não era seu,sendo assim com tantos problemas para se resolver agradecia por nunca mas ter visto o marquês nem muito menos a ousada amante  de Edward que a enfrentara da primeira vez,o que fazia chorar todas as noites a espera do marido era simplesmente a incerteza de onde estaria ele,e onde passava tantos dias?tinham outra residência do outro lado da cidade mas o que ele estaria fazendo tanto tempo lá,era a pergunta que martelava em sua cabeça,sentada na janela ela olhava para o lado de fora,não podia negar que o amava e mesmo com tudo que ele já havia dito ou feito só fazia com que ela o amasse mas,talvez fosse idiota de mas para esquece-lo, no fundo ainda existia uma viva esperança que ele pudesse mudar,envolta em pensamentos não viu quando ele chegou no quarto dizendo:

        - Ainda acordada?no seu estado deveria ja esta repousando!- diz ele ao retirar o casaco que vestia o deixando encima de uma cadeira.

         - Eu o aguardava!não consegui dormir!- disse ele sorrindo por saber que ele se preocupava com ela e por ele simplesmente ter chegado mas cedo,depois de quase uma semana enfim poderiam dormir juntos.- Já jantou algo?-pergunta ela ao se aproximar do marido com o intuito de ajuda-lo a se despir.- Não!jantarei fora,vim até aqui somente para uma higiene e trocar de roupa pos logo sairei.- ouvindo isto ela não conseguiu disfarçar a decepção mas mesmo assim continuou ajudando-o.

         - Quando voltará para que possamos jantar juntos?- pergunta ela no momento em que ele entra na banheira.

          - Talvez amanhã!ainda tenho negócios a resolver!- diz ele.

           - Tenho um convite para o baile de boas vindas que todos darão para a chegada do nosso novo vizinho o conde e a condessa de alguma coisa.- diz ela ao se sentar na cama.- eles são franceses e estão mudando para Londres.

             - Sinto muito!mas não poderei ir!- diz ele sem um pingo de importância.- dei as boas vindas a eles por mim,em uma outra hora eu os conhecerei.- sem dizer uma só palavra ele sai da água completamente nu e se envolvendo na tolha próxima a porta ele se serve de uma taça de vinho antes de se secar e logo em seguida começar a se vestir e o que mas a deixa perturbada e a roupa de festa que ele veste,e sem conseguir se conter pergunta.

       - Vai a alguma festa?- terminando de pentear os cabelos ele diz.

       - Apenas um jantar de negócios!- terminando ele vai ate a porta e antes de sair apenas diz:- Não me espere,apenas durma um pouco.- e assim se foi deixando-a sozinha mas uma vez,sem ter mas mas o que fazer ela juntou as roupas dele que caíram da cadeira,ao dobrar sentiu algo no bolso de dentro do casaco,e colocando a mão dentro do mesmo tirou um pequeno cartão,abrindo-o serviu que era perfumado,e dentro do mesmo leu que era um estranho convite vermelho e se não estivesse enganada o mesmo parecia o de um cabaré,não que ja tivesse visto um mas dentro de si desconfiava,e pelas palavras viu que era exclusivo para melhores clientes,o endereço sabia que ficava do outro lado da cidade,mas o bairro não conhecia,enfiando a mão dentro dos outros bolsos encontrou mas um papel e com as mãos tremendo abriu lendo a pequena nota que dizia:

   Meu amor hoje o dia sem sua companhia foi um tédio!saiba que estou muito ansiosa para vê-lo esta noite,sem dizer que também muito ansiosa para ver o que dará a mim de presente pela passagem de meu aniversário,gostaria de ir mas uma vez naquele restaurante de sempre mas se preferir uma festinha particular também adorarei,passe em minha nova casa,o endereço está no verso da nota.

    Sempre sua Isadora.

Terminado de ler tudo ainda descobriu mas uma nota de uma autora desconhecida que também tinha algo marcado com Edward em um dos restaurantes mas caros de Londres.Não foi tanto as palavras da carta que mexeram tanto com ela,mas sim quem assinava,ele estava com ela e tantas outras esse tempo todo,com ambos os papéis nas mãos ele colocou tudo dentro de sua pequena bolsa e apanhando um simples vestido verde escuro e sua capa preta saiu,neste momento uma ideia lhe surgiu a mente,não era das melhores mas isso com certeza iria acabar,mostraria a ele o quanto ele era desprezível e o quanto o odiava no momento,sabia que ele não estaria na residência deles   por isso foi até o escritório dele onde sabia que ele escondia uma pequena arma que caberia dentro de sua bolsa,apanhando a mesma viu que estava carregada,não tinha medo da mesma pos seu pai quando vivo ensinou a todos como usar uma arma para a defesa pessoal,não iria matar ninguém mas com certeza a arma lhe ajudaria muito no que iria fazer,com isso antes de acomodar a arma dentro da bolsa,leu no verso o endereço que com a marca de um beijo ilustrava o papel branco,o restaurante sabia onde ficava,faria agora mesmo uma pequena surpresa a Edward,e não iria sozinha,com isso foi até o cocheiro que dormia no banco da carruagem e o acordando disse a ele:

        - Leve-me até este endereço!- dizendo isto ela mostrou a ele o endereço sujo de batom,subindo na carruagem partiu em direção a casa de Isadora.

       
        

          

Casamento forçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora