Hey gayzinhos, aviso de ante-mão, que esse capítulo vai ser um pouco tristinho, tanto pelo meu emocional, tanto pelo que acontece em campo, ver muitas mortes abala as pessoas, e as deixam com um emocional não tão bom, como vocês devem imaginar, e quero retratar um pouco dessa realidade com a S/N, pra não ficar muitas coisas com furos... Não quero levar a estória pro lado triste e tals, é só uma fase, espero realmente que entendam isso u.u
Curtam esse capítulo, e eu espero que gostem dele... Boa leitura 🌈
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POV S/N Edwards
Acabamos de chegar na base, eu estava um caco, já tinha um mês e alguns dias que estou aqui, e a cada dia é uma nova coisa que acontece. Estou focada em fazer meu trabalho da melhor maneira possível, porém quando chego aqui, caio em mim, e percebo o quanto é difícil segurar tudo que vejo lá fora, penso muito nas palavras de Camila, mas é complicado quando se vê isso dia após dia.
Decido me isolar um pouco, deixei minhas armas na sala de treino, e fui caminhar um pouco, pensar em tudo que está acontecendo e na minha vida também.
Ultimamente a única que consegue me deixar melhor é Camila, mesmo ligando pra ela tarde da noite, ela ainda sim está lá pra mim, mesmo sabendo que precisa dormir, continua ali pra ouvir tudo que anda acontecendo comigo, e é isso que me faz amar aquela mulher mais ainda, ela pensa tanto nas pessoas que gosta, que se esquece de qualquer outra coisa em sua volta.
Tiro do bolso uma foto sua, que eu realmente acho linda, ela não faz idéia de que tenho essa foto, tirei sem ela perceber, e quando soube que viria, revelei e coloquei em minha carteira.
Ela é tão linda, tão fofa, sou apaixonada pelo seu sorriso, sua maneira de agir, como as vezes parece uma criançona, mas é isso que me faz feliz, tudo em seu jeito me faz bem.
Devo ter tantas fotos dela em meu celular, que nem conto mais. Essa mulher é a melhor pessoa que encontrei em anos, e sabe como me fazer ficar mais e mais apaixonada, algo que achei que seria difícil acontecer.
- Você à ama, não é? - Reyez perguntou aparecendo do nada e me assustando.
- Que merda Reyez! Chega do nada me assustando - Coloco a mão no peito pelo susto. - E, sim, eu à amo muito. - Respondo com um sorriso bobo ao lembrar dela.
- Desculpe, não foi de propósito. - Senta ao meu lado. - Ela já sabe disso?
- Não Jess, eu ainda não falei, estou esperando o momento certo, e talvez seja um pouco cedo.
- Nunca é cedo quando está amando S/A, precisa dizer logo isso pra ela, não sabemos o dia de amanhã. - Diz me abraçando.
- Eu vou falar Jess, só me dê um tempinho, tenho medo de machucar ela por conta desse trabalho complicado, entende? Por isso não disse antes de vir, não queria que fosse um tipo de "adeus", eu quero ter tempo pra dizer isso, quero demonstrar e explicar todos os motivos que me fez ama-la.
- Eu entendo S/A, quando voltarmos, faça algo legal pra ela, e diga tudo que está sentindo, tenho certeza que ela vai adorar saber. - Jess disse se levantando. - Agora vá tomar um banho e dormir um pouco, amanhã passaremos o dia fora, e precisamos estar preparadas.
Levantamos e entramos, depois do banho, deitei na cama, e fiquei pensando em algo pra fazer à Camila, nem percebi quando peguei no sono.
Acordei com o sinal da base, me arrumei, e sai do alojamento.
- Ei John, como está? - Avistei um dos soldados que fiz amizade, saindo do alojamento também.
Conheci John nos primeiros dias, mas só passado algumas semanas que começamos a nos falar, e com isso veio uma amizade forte, ele me contou muitas coisas sobre sua família, e eu sobre a minha, o considero um irmãozinho, mesmo com tão pouco tempo.
- Estou bem S/N, e você? - Fomos caminhando até o refeitório.
- Estou bem, você vai com o batalhão agora de manhã também?
- Sim, e pelo jeito vamos juntos.
Comemos, e logo estavamos saindo com o batalhão. Assim que entramos na cidade, vimos vários homens atirando, e logo saimos atirando em direção à eles. Alguns deles tinham algumas pessoas como reféns, então chamei alguns soldados para me ajudar a tirar aquelas pessoas de lá.
Fui atirando na frente enquanto eles vinham atrás, e logo os homens estavam no chão, um deles ainda conseguiu atirar duas vezes antes de morrer e quando olhei pra trás, vi John caído. Deixei os outros soldados cuidando disso, e fui até ele.
- John? Consegue me ouvir? - Perguntei preocupada.
- Sim... Mas não sei se por muito tempo... - Disse com a voz falha e pausada.
Os tiros foram certeiros, um no peito, e outro no pescoço, e eu não sabia por quanto tempo ele aguentaria.
- Aguenta firme, pelo que parece os homens que atiravam estão todos mortos, então logo levaremos você para a base.
Deveria ser uma da tarde quando voltamos pra base com alguns homens feridos, e dois soldados mortos.
John foi levado assim que chegamos, e o médico me disse que não tinha o que ser feito, os tiros pegaram em muitas veias e artérias, e que não sabia explicar como ele ainda estava respirando.
O médico me deixou entrar para falar com ele, e foi aí que eu percebi que não deveria tê-lo feito.
Ele estava pálido, quase não respirava, e quando me viu, a única coisa que falou pra mim foi: "Diga à Ella que eu a amo".
E se foi, em meus braços, não tenho como descrever o quanto eu chorei depois disso, fiquei em completo transe, Jess entrou na sala e me tirou de lá, e a única coisa que conseguia pensar foi: E se fosse eu? Eu teria a chance de dizer o quanto amo Camila?
Eu deveria ter feito algo, deveria ter protegido ele, mas não pude, não consegui salvá-lo, e pensar nisso, terminou de me destruir por completo.
Me isolei em um canto, depois de dar as informações necessárias sobre John, e de escrever uma carta para sua noiva, Ella. Eu não conseguia parar de pensar que fui a última pessoa que estive com ele, que ele morreu enquanto eu o abraçava.
Quando deitei na minha cama tentando dormir, só conseguia pensar no quanto foi ruim ver um amigo morrer, ver soldados morrendo todos os dias. Queria Camila aqui pra me abraçar, queria poder estar com a minha família, eu só quero que tudo passe e eu volte pra eles.
Pensei em ligar pra Camila, mas com meu emocional ferrado, eu não conseguiria falar nada, pelo menos não por agora, eu só queria deitar, e pensar que de agora em diante, lutaria pra me manter viva aqui, não só por mim, mas por eles.
Camila, minha família, e os meus amigos, são neles que penso, são pra eles que vou voltar quando sair daqui, e são por eles que continuerei viva, por eles e pela família que quero formar com a minha latina.
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Capítulo com o final um pouco pesado, vi umas coisas sobre que me fizeram pensar em como eles se sentem quando perdem alguém em um confronto, e talvez tenha ficado sentimental demais, peço desculpas por isso, porém é por esse capítulo que vem coisas legais depois u.u
Até mais gayzinhos 🌈
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This Is War - Camila/You
Fanfic(Concluída) S/N Edwards é uma Tenente do Exército de 25 anos. Camila Cabello uma cantora mundialmente famosa de 22 anos. O que vai acontecer quando o destino decidir juntar as duas? Essa fic é de autoria minha, qualquer semelhança com outras, é real...