Fetish (Camren)

You're everything

Marcellus Carter era um homem de seus quarenta e sete anos, ele estava há pouco tempo trabalhando com a NYPD, que saiu da FBI para trabalhar com Demetria no caso da modelo Marielle Guzmán. Marcellus tinha certeza absoluta de apenas uma coisa: eles não deveriam deixar esse caso virar motivo para a FBI se intrometer. Tinha uma longa história e não era uma boa história a se contar, por isso decidiu por largar a FBI.

— Isso é surreal! – Murmurou Marcellus olhando para os documentos em suas mãos com hesitação, obviamente muitas coisas a serem ditas para a delegada que estava sentada na cadeira tomando um forte café.

— Você acha? – Rebateu com ironia. Tudo para Demi estava sem sentido desde muito antes. Tinha absoluta certeza que elas não eram assim, Lauren e Camila não eram assassinas e algo estava tentando incriminar elas.

— Olhe só isso, Delegada... Parece um crime muito bem feito. Digitais falsificadas... De alguém morto há anos e anos. Ele tem parentes ainda vivos em Miami. Temos um filho da puta subestimando a nossa inteligência. – Xingou Marcellus num resmungo óbvio de indignação.

— Miami? Algo mais? – Demi largou seu copo para o lado imediatamente, mais em alerta e seu corpo rígido ao tomar um dos papéis das mãos do homem.

— Sim, ele teve uma filha que nunca chegou a vê-la por rancor da mãe... A filha de King teve uma garota chamada Lucia Vives que carrega o nome de nascença da família de sua mãe. Parece uma herança maldita. Lucia tem ficha na polícia de Miami por furtos e outros tipos de infrações da lei como porte de drogas.

— Lucy Vives? – Pediu saber Demi semicerrando os olhos desacreditava no que ouviu.

Ouviu histórias os suficiente por Lauren sobre sua ex namorada. Lucy Vives atualmente era uma traficante da pesada em Miami, anteriormente como namorada de Lauren era apenas uma drogada que só se importava com drogas e sexo. Lucy não tinha o menor motivo para tentar ferrar alguém depois de anos. Alcançaram um novo nível totalmente absurdo daquela investigação.

— Estão tentando incriminar Jauregui e Cabello. O que sugere? Estamos dando volta em círculos. – Demetria perguntou exausta, pensando que gostaria mesmo que uma solução para tudo aquilo caísse nativamente do céu. Mas não era bem assim que funcionava.

— Turney, CEO da Victoria's Secret veio até mim. Ofereceu dinheiro para divulgarmos que Marielle cometeu suicídio.

— Não vamos aceitar dinheiro! É desonesto. – Demi reagiu imediatamente, negando com a cabeça

— Não se preocupe. Não cogitei em aceitar o dinheiro, mas estou cogitando dar à Turney o que ele quer. Pense... Estamos andando em círculos para deixar alguém nos fazendo de otários... Vamos divulgar que Marielle se matou, vamos ter mais tempo para analisar tudo isso. Esse assassino vai acabar relaxando pensando numa desistência de nossa parte. Sabe como a polícia é... – Jogou no ar a frase final, fazendo a delegada arquear a sobrancelha com a audácia da insinuação.

— Como a polícia é? Encerra casos que não deveriam à troco de bala? Nunca fiz isso com nenhum caso que eu aprovei investigadores de trabalhar e nem nos casos que eu trabalho. – Era uma total defensiva. Demetria não era exatamente a melhor pessoa trabalhando em equipe depois de saber que estava cometendo algumas infrações no Caso Guzmán que não deveria.

— A questão é, vamos mostrar que baixamos a guarda. Você parece interessada em excesso nesse caso, provavelmente por causa de seus vínculos pessoais com as principais suspeitas. – Demetria bateu o punho fechado na mesa, em menos de cinco minutos o ex agente da FBI havia colocado o profissionalismo dela como algo duvidoso. Marcellus ergueu as mãos para o alto e rendição com a forma que Demetria pareceu realmente irritada.