Anjo Suicida

Capítulo 126- Overdose

5 horas após a cirurgia- Henrique

   Acordei com meu corpo todo doendo vi que o Frederico estava mexendo os dedos constantemente sem olhar para mim

- O que aconteceu que você está com tique nervoso? -Disse Henrique

- Eu preciso te contar três coisas. -Disse Frederico

- Então fala. -Disse Henrique

- Você vai ficar uns meses cuidando dos seus ferimentos. -Disse Frederico

- Tá é as outras duas tem algo a ver com a Anny? -Disse Henrique

- Sim me desculpe não tenho boas noticias. -Disse Frederico

- Me fala logo o que aconteceu com a Anny. -Disse Henrique

- Ela estava grávida. -Disse Frederico

- Como assim estava, ela não esta mais? -Disse Henrique

- Não ela sofreu um aborto quando ela soube que você estava numa cirurgia ela saiu. -Disse Frederico

- Saiu para onde, o que aconteceu onde ela está? -Disse Henrique

- Ela está aqui no hospital ela sofreu uma overdose. -Disse Frederico

- Como assim, como ela esta? -Disse Henrique

- Eu não sei bem como aconteceu ela saiu do hospital, voltou umas três ou quatro horas depois o carro dela tinha descido o morro bateu em uma das casa. -Disse Frederico

- Ela estava dirigindo? -Disse Henrique

- Sim ela sofreu alguns ferimentos os médicos estão cuidando do estado dela. -Disse Frederico comecei a me levantar Frederico me segurou o encarei

- Me solta eu preciso saber como ela está. -Disse Henrique

- Você tem que ficar ainda está recebendo sangue, não pode fazer esforço. -Disse Frederico

- Fodas para mim eu quero saber da Anny. -Disse Henrique me soltei dele comecei a me levantei me sentir tonto comecei a cair quando fui segurado colocado de novo na cama, a tonteira foi passando respirei fundo

- Eu vou ver como ela está fica aqui que a Bel está chegando com sua mãe. -Disse Frederico

  Não disse nada só fiquei calado olhando para porta ele saiu olhei para meu braço porra eu ia ser pai de um filho da Anny porque aquele incêndio teve que acontecer, porta foi aberta me tirando dos meus pensamentos olhei vi a Valquíria chorando me olhando

- Que bom que você está bem. -Disse Valquíria

- Você acha que estou bem? -Disse Henrique

- Bom você está vivo. -Disse Valquíria
- Aonde você estava durante a invasão se não em casa? -Disse Henrique

- Eu estava. -Disse Valquíria

- Mentira eu revistei a casa, você não estava lá! -Disse Henrique

- Eu comecei a passar um pouco mal então resolvi vim no médico. -Disse Valquíria a olhei ela ficou me olhando enfiando a unha em seu braço, fingir deixar aquilo de lado ela se aproximou

- Como você está? -Disse Valquíria

Ela se aproximou de mim não queria nem olhar para cara dela, ela se aproximou pegando minha mão colocou sobre sua barriga tirei a mão

- Por quê rejeita tanto seu filho? -Disse Valquíria

- Eu não rejeito ele, eu rejeito você. -Disse Henrique

- Eu não entendo. -Disse Valquíria

- Você acha que não sei das suas cachorradas, eu sei que você leva homens escondidos a minha casa quando não estou lá! -Disse Henrique

- Não é verdade. -Disse Valquíria

- Eu sei aonde você vai nas suas saídas repentinas as tardes, as madrugadas volta antes do amanhecer você é e sempre vai ser uma vagabunda. -Disse Henrique

- Eu não faço isso, não sei porque ela está falando essas coisas a você. -Disse Valquíria

- Por que acha que alguma mulher está me falando? -Disse Henrique

- Ela me odeia, ela finge de santa de compreensiva mais ela não é. -Disse Valquíria

- Sai daqui. -Disse Henrique

- Me desculpe. -Disse Valquíria

- Eu disse para sair merda! -Disse Henrique

  Minha barriga doeu ao gritar ela me olhou saiu sentir uma sensação de molhado olhei e minha roupa estava suja de sangue levantei minha roupa olhei o ferimento a bandagem  estava cheia de sangue por incrível que pareça escutei a voz da Isabel, no corredor abaixei minha roupa puxei a coberta, quando a porta foi aberta ela apareceu correndo veio até mim beijei sua testa

- Henri como você está? -Disse Isabel

- Estou bem. -Disse Henrique

- Mesmo? -Disse Isabel

- Mesmo não precisa se preocupar. -Disse Henrique se a Isabel não perguntou sobre a Anny então ela não sabia sobre o que aconteceu com ela Frederico apareceu ficou me olhando

- Bel você pode nós dar licença só por uns minutos. -Disse Henrique

- Tá. -Disse Isabel.

- Frederico te chama quando acabamos. -Disse Henrique

- É sobre morro? -Disse Isabel

- É sim, acalma mamãe diz que estou bem. -Disse Henrique

- Tá bom. -Disse Isabel saindo do quarto
Ela saiu Frederico fechou a porta veio até mim

- Como ela está? -Disse Henrique

- Nada bem os médicos já a medicarão, já a reanimarão. -Disse Frederico

- Ela quase morreu? -Disse Henrique

- Sim ela tem alto consumo de drogas, medicamentos, bebidas os médicos disseram que ela pode ter falência no pulmão, depressão no sistema nervoso. -Disse Frederico

- Como isso tudo pode ter acontecido. -Disse Henrique

- Me desculpe a culpa foi toda minha, se eu não tivesse dado a notícia para ela. -Disse Frederico

- Não a culpa não é sua eu a conheço independente de quem tenha dado a notícia ela iria fazer a mesma coisa ela age pela emoção. -Disse Henrique

- Você está sangrando? -Disse Frederico olhei para baixo cobertor estava começando a sujar de sangue 

- Não é nada quero ver a Anny. -Disse Henrique

- Tá a gente leva a bolsa de sangue. -Disse Frederico tirei a coberta de mim me levantei devagar comecei a carregar a bolsa de sangue

- Vamos. -Disse Henrique

  Ele assentiu abriu a porta para mim fui indo devagar ele me mostrava o caminho ao chegar na UTI me subiu um calafrio na espinha um aperto continuei andando o Frederico parou numa porta ficou me olhando respirei fundo olhei para porta

- Quando entra imagina ela bem e feliz. -Disse Frederico

- Ela está tão ruim assim? -Disse Henrique

- Está. -Disse Frederico