-Achei que não iam chegar nunca mais! - Lucas reclamou.
Saímos de casa e pegamos um trânsito horrível até chegar no aeroporto onde o jato particular da família Hall partiria para Nova York. Meus primos gêmeos e os pais deles foram para o aeroporto cedo pegar o voo deles, assim como minha avó e meus tios e a família deles, que pegaram o voo para o Oregon. Fizemos questão de arrumar um voo para a Helena, era totalmente injusto deixá-la sozinha em Malibu.
Papai ficou na cabine mais perto dos pilotos, com os pais de Lucas, que segundo eles, se conheciam há alguns anos. Malia, Adrian, Lucas e eu ficamos na cabine mais atrás.
-O que vocês ganharam de natal? - Lucas perguntou.
Contamos à ele sobre nossos presentes, inclusive os que Math deixou.
-Nossa, que maneiro - ele disse.
-E você? - eu perguntei.
-Ah, meu presente está em Nova York - ele disse - É sempre assim, viajamos e meu presente sempre está no destino. Ano passado tinha um iPad em cima da cama do hotel de Portugal.
-Você fala como se fosse normal fazer essas viagens - Malia comentou.
-Pra mim é - ele deu de ombros - Vou avisar vocês da próxima vez, vocês podem vir comigo. É bem mais legal com mais gente a bordo.
Conversamos por um bom tempo, até ficarmos entediados e começamos a brincar de diversas brincadeira idiotas. Quando estávamos quase em Nova York, o piloto disse que controlaria a temperatura ambiente do avião para que não tivéssemos um choque térmico ao sair, e pediu para que nos agasalhássemos. Olhei pela janela, e depois de anos vivendo ao lado da praia, eu vi neve novamente.
-Que saudade - eu falei para mim mesma.
-Saudade? - Lucas perguntou - Ah, você nasceu aqui... Me esqueço disso.
Malia e Adrian tinham ido na cabine da frente buscar alguns salgadinhos, me deixando aqui sozinha com Lucas.
-Obrigada por deixar a gente vir - eu falei.
-Imagina - ele disse - Quando Adrian me ligou, eu meio que já sabia o porquê.
-Sobre o jato?
-Sobre o Math - Lucas respondeu.
-Ah...
-Olha... - ele disse baixinho - Esse cara me entregou drogas por uns bons meses, conheço ele.
-Você parou com isso, né? - eu perguntei, baixinho também - Com essa história de drogas?
-Você já sabia...? - ele revirou os olhos - Claro que sabia. Mas parei sim, Cat me fez parar.
-Ela fez um bem danado para você, né Lucas? - eu concluí.
-Faz sim - ele disse - Tudo graças à você.
-Por que graças à mim se quem conquistou ela foi você? - eu falei, rindo.
-Porque foi você quem transformou o Lucas isolado em um Lucas bonito - ele respondeu e eu soltei uma gargalhada, ele também riu.
-De nada - eu falei.
-É por isso que eu deixei na hora, vocês virem com a gente para Nova York - ele continuou - Você me deu uma chance com a Cat, e acho que você merece mais uma chance com o Math.
Dei um sorriso. Por mais que tudo indicasse que eu ia acabar me apaixonando por Lucas Hall, a verdade é que ele se tornou um grande amigo. Um amigo que passaria a vida inteira me comprando roupas pelo "favor" que fiz à ele.
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O Melhor Amigo do Meu Irmão
Teen FictionVeronica Connor morava com sua mãe e seu padrasto em Daytona Beach, na Flórida, após se mudarem do estado de Nova York. Depois de decidir ir para a Itália com o objetivo de expandir os negócios da empresa, sua mãe decidi mandá-la para Malibu, do out...