Fiquei perplexa, sem reação. Demorei tanto para responder quanto ele na hora que ele foi na cozinha.
-Quer um táxi? - ele perguntou - Já está tarde. Onde vocês estão hospedados? É aqui no Brooklyin?
-Upper East Side - eu respondi - no Plaza.
Ele fez que sim com a cabeça e ligou para um motorista. Na verdade ele ligou para uns dez que ele conhecia, mas ninguém queria levar três garotos do Brooklyin até o Upper East Side com a neve que estava lá fora.
-Querem dormir aqui hoje? - ele perguntou, descontente - Eu durmo aqui em baixo, Adrian dorme em um quarto com a sua amiga, você dorme no outro...
Ele levantou, pegou as canecas e levou para a cozinha. Ele não falou nada, mas estava evitando. Se fosse para ficar ali, ele não podia me ignorar a noite inteira.
-Math - eu chamei.
Ele não respondeu. Me levantei e fui até a cozinha, onde ele tentou me ignorar mas parei na frente dele.
-Você não está bem - eu falei - E sei que pelo menos um desses motivos sou eu. Ele nao disse nada. Estava quase saindo da cozinha quando chamei sua atenção.
-Math!
-O quê?! Não estou bem. Eu fiz uma cagada bem grande, a menina que eu amo me ignorou por bastante tempo, e quando eu consegui falar com ela, ela foi lá e me mandou embora, então eu caguei com a vida dela de novo. Então eu tentei parar de pensar em você, o que foi bem difícil, mas depois de duas semanas eu estava conseguindo, mas com você aqui fica difícil não pensar em você - ele respirou e chegou bem perto - Fica difícil não querer te beijar, te abraçar, te...
Ele virou a cara e foi subir as escadas. Fui atrás dele e foi a minha vez de dizer o que eu sentia.
-Foi bem difícil, difícil parar de pensar em você, controlar a raiva e o amor que eu senti por você, aliás ainda sinto. Foi difícil ver você todo machucado, foi difícil ver você aos beijos com a Amanda, e quando eu estava quase começando a seguir em frente eu li duas malditas cartas de natal que me fizeram querer vir aqui, eu consegui fazer o Lucas nos trazer de jato para Nova York e eu tirei um motorista de táxi dos quintos dos infernos para levar a gente para o escritório da Liz Brown só para vir aqui e pedir desculpa por ter te mandado embora! Ele estava no meio das escadas parado. Não disse mais nada, então fui atrás dele. Math bateu na porta de Adrian para avisar que estávamos presos ali hoje.
-Se precisarem de algo me avisa - Math disse ao Adrian, que já com cara de sono, fechou a porta.
Math olhou para mim e depois entrou no outro quarto. Depois que entrei naquele quarto, notei que era o dele mesmo, que ele estava usando durante sua estadia, pois suas coisas estavam jogadas pelo cômodo.
O aquecedor estava ligado, então estava bem mais quente do que lá fora, até mais quente do que na sala. Ele tirou o casaco e a camisa, que pendurou na cadeira na frente da escrivaninha. Tirei meus casacos e deixei em cima da cômoda.
Math pegou uma coberta e estava prestes a sair do quarto mas eu fiquei ma frente da porta.
-Lá em baixo não tem aquecedor - eu falei - nunca teve.
-Eu ligo o forno e durmo do lado - Math disse, tentando puxar a maçaneta.
-Matthew Young, senta nessa cama agora! - eu protestei - Você não vai dormir lá em baixo com esse frio!
Ele me olhou com uma cara de impaciência, mas sentou na cama como eu mandei. Me sentei do lado dele.
-Olha, nós dois erramos, está bem? - eu falei - Nós dois não estamos bem, mas estamos presos juntos nessa casa hoje, você não pode simplesmente fingir que...
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O Melhor Amigo do Meu Irmão
Teen FictionVeronica Connor morava com sua mãe e seu padrasto em Daytona Beach, na Flórida, após se mudarem do estado de Nova York. Depois de decidir ir para a Itália com o objetivo de expandir os negócios da empresa, sua mãe decidi mandá-la para Malibu, do out...