Capítulo 17

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O domingo tinha chego. Passei dois dias sem nenhum drama familiar. Nossa escola teria uma semana de eventos, mas me liberaram, brincando que eu teria que repor quase o semestre todo depois do ano novo.

Depois de alguns meses, eu voltei ao mesmo aeroporto em que cheguei na Califórnia, prestes a pegar um voo para Miami, de volta a Flórida.

-Tem certeza que vai ficar tudo bem? Você pegou tudo que precisava? - meu pai perguntava a cada cinco minutos.

-Vai ficar tudo bem e, sim, peguei tudo que eu precisava - eu falei - Você já falou com a mãe da Taylor e sabe onde vamos estar, além de que vou te mandar mensagens todos os dias!

Custou para o meu pai comprar uma passagem para eu ir embora de novo, mesmo que por duas semanas. Custou ainda mais para ele deixar eu usar aquela passagem. Mas no fim, estávamos ali no aeroporto. Dei um forte abraço nele, depois foi a vez do Adrian. Obviamente, ele deu um abraço primeiro na Taylor, mas eu nem liguei.

-Então, maninha... - ele começou - Só prometa que vai voltar antes de dar sete anos, ok?

-Pode deixar - eu respondi abraçando ele mais forte.

-E... - ele falou no meu ouvido - Avisou ao Math que estava indo para Daytona Beach?

-Não - eu respondi cochichando.

-Que bom - ele continuou - Porque você não vai gostar de ver o nariz quebrado dele quando chegar.

-Como assim, quando chegar? Do que está falando?

-Eu te amo, maninha - ele deu um beijo na minha testa e voltou seu olhar para Taylor - Ei, meu bem, cuida bem da minha irmã, tá?

-Eu já faço isso há muito tempo - ela sorriu.

Um último abraço foi nossa ultima despedida, pois o nosso voo foi chamado e tivemos que partir. Durante a viagem de avião eu dormi, e me lembro apenas de quando chegamos em Miami.

-Bem-vinda de volta à Flórida! - Taylor disse, assim que descemos do avião.

Pegamos as nossas malas, e quando já estávamos quase na saída, a mãe da Taylor apareceu com uma plaquinha:

"Sra. Hernández e Sra. ConnorA melhor filha do mundo e a melhor amiga dela"

Ela estava com um sorriso estampado. No tempo em que eu convivo com a Taylor, a tia Luciana, mãe da Taylor, foi mais a minha mãe do que a minha própria mãe, então tenho certeza que ver a Taylor e eu voltando para "casa" era motivo de um grande sorriso.

-Desculpem o atraso! - ela disse - Tivemos que parar no starbucks, para comprar um café e saímos de rota.

-Não tem problema, mãe - Taylor disse - Vamos indo? Tem um longo chão até chegar em Daytona.

-É verdade - eu comentei - Mas a senhora disse que vocês tiveram que parar? Quem veio com você?

Quando a porta do aeroporto se abriu eu fiquei chocada (e muito nervosa) era ele mesmo... ele veio até Miami me buscar, estava com um pequeno buquê de rosas e um sorriso de orelha a orelha, seu cabelo estava todo desengonçado, como sempre, mas ele ficava lindo daquele jeito.

-Rudy!

Não imaginei que eu ficaria tão feliz em vê-lo. Quer dizer, é claro que eu gosto dele, isso está óbvio. Mas eu corri para abraça-lo, e ele me abraçou de volta com a mesma animação, e essa animação tinha nome. Saudade.

-São para você - ele disse, me entregando as flores - Eu não vejo você desde...

-O dia que eu fui pra Malibu - eu completei.

O Melhor Amigo do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora