A vizinha

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Sim, Lauren Jauregui platinada e deusa na fic.

Uma nova jornada que particularmente estou gostando muito. Espero que sintam o mesmo.

Qualquer erro indiquem que corrigirei respectivamente.

Bora, tribo.

...

Estava oficialmente entediada, aquele lugar era como uma enorme caverna e ela era a nova prisioneira.

Sedona ficava no Arizona, praticamente no meio do nada, cercada de montanhas quadradas, era como estar no velho oeste, mas aquilo não era um filme, era a nova vida da garota que se olhava no espelho conferindo a roupa.

Tudo isso graças ao pai que após o divórcio se escondeu nesse buraco que ele chamava de lar. Ela não o via há muito tempo antes de vê-lo no tribunal. Desde os dez anos, podia contar nos dedos as vezes que o viu pessoalmente, e era nos dedos de uma única mão.

Quando chegou à cidade, dias atrás, tinha prometido a ela mesma que não iria se meter em confusão, afinal foi por uma que ela estava ali. O pai era militar, e graças a isso eu não estava em nenhum reformatório de Miami.

Ao invés disso, foi obrigada a se mudar, e cumprir horas de trabalho voluntário, tudo isso ela faria na nova escola, e a julgar pelo lugar que estava, ficou se perguntando o quão ruim seria ir para alguma instituição. Não saberia dizer o que era pior.

O pai era um típico homem de Neanderthal, não dizia que ele era ruim, as poucas palavras que trocavam eram normais, nada de brigas, apenas regras demais. Mas ele era distante.

"Não chegue tarde" "Não se meta em problemas" "Não pise na grama" " Não respire muito alto" e por aí vai.

Estacionou a velha caminhonete já que o carro havia ficado no ferro velho depois da fuga onde o mesmo foi enfiado bruscamente em uma árvore e assim pega pelos policiais, qual é? Era só uma estátua idiota.

Ela fez um favor ao pintar aquilo. Mas o monumento era antigo e ali estava ela. Em uma cidade velha com pessoas velhas a olhando feio, elas sabiam quem a garota era, mesmo que as ignorasse completamente, cidade pequena, língua grande. A regra era essa, e Sedona seguia a risca isso.

O único lugar decente dali era uma lanchonete no fim da rua Vermelha, apelidada assim pois o número de casas vermelhas ali era absurdo. As pessoas eram antiquadas até mesmo para pintar as casas.

Suspirou e adentrou o local, todos os olhares se voltaram para ela, o coturno aberto e com aspecto velho era o contraste com o vestido preto e simples, mas grudado ao corpo, isso parecia chamar ainda mais atenção.

Prometeu não se meter em problemas, mas sentia que isso não iria demorar a acontecer.

Sentou na mesa dos fundos e quando um grupo de rapazes adentrou o local, os olhos deles vieram diretamente a mesa dela, revirou os olhos e se concentrou no café, estava com um livro aberto e lia concentrada. Mas podia ouvir eles falando sobre ela, era um saco.

-Soube que ela matou um cara, mas se livrou porque o pai é militar e tem amigos na polícia - disse um garoto magro a olhando de soslaio, ele achava estar cochichando, mas claramente não estava.

-Soube que foram dois caras - o outro disse olhando em direção a garota.

Fechou o livro em um movimento forte e se levantou fazendo um estrondo. Eles a encaravam enquanto ela marchava até a mesa deles, todos fingiam estar fazendo algo. Bando de idiotas.

-Que coragem a de vocês - disse calma e ameaçadora - Encarar tanto uma assassina fria.. - encarou cada um deles que engoliam em seco - E calculista, que pode fazer da próxima vítima um homem imbecil como vocês. É melhor vocês não esquecerem a minha cara, porque eu não vou esquecer a de vocês, seus babacas.

Dois lados (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora