33. Puxa por mim

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"Let me hold you
For the last time
It's the last chance to feel again
But you broke me
Now i can't feel anything"

Passamos o dia todo brincando e rindo, quando chega a noite nunca conseguimos dormir, passamos a noite toda a conversar, quando estou morrendo de frio, ele é minha manta humana, ele faz um círculo e eu me coloco dentro dele como se fosse uma caverna, muitas das vezes adormeço nos seus braços. Mas uma noite foi diferente, estávamos no quarto, na cama deitadinhos, até que o clima muda de conversas e risinhos para um clima mais quente. A princípio estávamos separados a uma distância segura, mas depois ele começou a encostar bem devagarzinho e ficamos apenas a mm de distância , cara a cara, quando ele começou a beijar o meu pescoço e eu sentia o ar quente da sua respiração em mim, ele foi descendo devagar até que chegou ao meu peito, olhou pra mim com um olhar como se quisesse a minha autorização para poder continuar, olhei devolta e abanei a cabeça positivamente, ele levantou a minha blusa e foi de encontro aos meus mamilos e começou a lambe-los, suga-los e chupar-los com carinho e vigoridade e me levava ao delírio, estávamos indo mais longe, ele posiciona se entre as minhas pernas e começa a subir a minha saia aos poucos, ele sobe até ao meu rosto e me beija com ferocidade, mas parece que momentos assim nunca duram pra nós, foi quando perguntei.

'Já tiveste relações sexuais com alguém?'. Ele olha pra mim, suspira.

'Já'. Aí nos sentamos, primeiro eu estava curiosa para saber, mas quando ele me disse a data eu fiquei frustrada.

'Então você me mentiu'

'Eu não menti, aquilo aconteceu depois'

'Tens a certeza?'. Eu já nem queria falar mais com ele, estava zangada, nervosa, me sentia traída, levantei me e fui acalmar os meus nervos, cheguei na cozinha e bebi um copo de água. Volto pro quarto e ainda o encontro lá, que nervo. Voltei a sentar me na cama e liguei o meu telefone, eu não queria conversar com ele, mas parece que até isso ele não entende, ele enviou me várias mensagens e me irritava.

"Wey"

"Wey"

"Lú"

"Lú"

"Quê?"

"Estás chateada?"

"Não"

"Eu sei que estás"

"Eu já disse que não estou"

"Lú, eu te conheço"

"Sim, eu também me conheço"

"Sei que estás chateada comigo, esse é uma das coisas que eu tento evitar, eu tento ir, deixar de te dar um pouco de confiança, mas você sente saudades e eu também fico com saudades, quando estamos assim, tu dizes que aproveitas o momento porque já me disseste que não nos pertencemos, então eu sigo a tua bala, e vejo que isso tem alimentado algo, e eu também não consigo largar, mas peço te desculpas"

"Não tem problema"

"Tens a certeza?"

"Tenho"

"Não tens nada para dizer?"

"Não, mas é que, eu também não entendo, é um pouco complicado, não sei explicar"

"Tá bem". Ele larga o telefone e vem me abraçar. Porque ele não consegue simplesmente me largar.

***

Às vezes ele me magoa mesmo de verdade, e quando decido não falar com ele, lá está ele fazendo cara de cachorrinho. Ele chegou e entrou, logo que notei sua presença me afastei do local, mas é como se ele tivesse  pressentido ou tivesse um radar que o leva directamente a mim, ou apenas me lê.

Dançando Com O DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora