3.A culpa é tua

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"Heya, vem cuidar de mim,
Estamos apaixonados
Baby não faz assim não diz que não
Heya, vem cuidar de mim,
Deixa me ser teu damo
Baby não faz assim não diz que não "

'Bom, convenceram me a sair, onde vamos?'

'A um lugar'. Diz Luís com um sorriso no rosto. Já disse que não confio nos meus amigos, eles não batem 100. Chegamos e reconheço o lugar, estamos na geladeria, compramos o gelado e comemos. Depois fomos para a casa de Esmeralda Fonseca (nossa colega de escola e amiga um pouco chegada) e ficamos lá todos, até que alguém decide que temos de jogar. Sabem quantas vezes me arrependi por jogar aquele maldito jogo.

'Anda Luísa, vai ser divertido'. Diz Esmeralda, tentando me convencer a jogar verdade ou consequência 'não adianta, toca a fugir, vai dar merda' diz a minha voz interior, mas se eu disser não, os meus amigos podem ficar tristes 'sai daí garota, eu disse'. Abano a cabeça.

'Tá bem vamos jogar'. 'Você vai se arrepender', cala a boca estúpida.

Começou tudo bem, até o lixo acontecer. A garrafa parou logo em mim e no Luís, o Luís gosta de mim desde que me conheceu, mas eu nunca aceitei ter alguma coisa com ele.

'Verdade ou consequência Luís?'. Pergunta Esmeralda com um sorriso no rosto, mas que merda, diz verdade, por favor diz verdade, não custa nada dizer verdade.

'Consequência'. Diz o Luís sem tirar os olhos de mim, eu estou frita mesmo.

Esmeralda com um sorriso maléfico diz 'Desafio 2min sozinhos na dispensa'. Droga 'não diga que não avisei'. Luís levanta estende a mão para mim, eu a pego e ele me puxa, nós vamos até lá, e o resto fecha a porta por detrás de nós, não sei o que fazer nestes momentos, é um pouco constrangedor.

'Fica calma, vai correr tudo bem'. Luís tenta me tranquilizar.

'O que fazemos então, não posso ficar aqui durante muito tempo, eu sou clastrofóbica esqueceu?!'

'Não, não me esqueci, e vou te ajudar com isso'

'Como é que _'... Ele nem me deixa terminar de falar, se aproxima de mim, me agarra e me beija, eu sem saber o que fazer e não querendo aquilo que estava a se passar o mordo e saio correndo dali sem olhar pra trás, no caminho sou interpelada pela Leandra.

'Onde vais?'. Ela pergunta cruzando os braços.

'Pra casa'. Passo por ela, e sou parada de novo pelo Bruno, ceús, não me abandonam.

'Luísa_'. Nem o deixo terminar e saiu daí depressa e vou directamente para casa.

***

No dia seguinte acordo faço a minha higiene, me preparo e vou tomar o pequeno-almoço. Leandra chega.

'O que foi aquilo ontem?'. Eu olho pra ela sem intenções de a responder, coloco o resto do pão em minha boca.

'Luísa eu estou falando com você, porque você fugiu?'. E eu não a ligo nenhuma. Ela me pega pelo braço e me obriga a olhar pra ela.

'É sério Lu, você saiu correndo dali, julguei que tinha acontecido qualquer coisa grave, quando fui falar com Luís eu quase que lhe dava um tapa, mas tinha de saber primeiro o que aconteceu'. Ela parecia preocupada.

'Tá, tá. Eu não queria jogar aquele jogo estúpido, mas foi o que aconteceu, Luís me beijou e eu me defendi'. Ela me olha com uma cara espantada e eu não entendo nada.

Dançando Com O DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora