8. De volta as origens

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Hoje são os anos da minha mãe então estou feliz demais e dei esse capítulo para vocês, só pelos acontecimentos de hoje já tenho várias ideias, fiquem ligados 😉😊

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"Estou cansada de ver a minha vida marginalizada
De tantas vezes ser criticada
De quem de mim não sabe nada
Estou cansada de ser mal interpretada"

E mais um dia, sou estressada até ao extremo, só não mato ninguém porque não faz parte da minha pessoa 'tem certeza?' Pergunta a minha voz interior, mas é claro que tenho certeza 'pelo que saiba alguém aqui tem instinto assassino' por favor né, vamos evitar conflitos.

'Estou morrendo de fome e cansanço'. Digo a minha irmã mais velha, 'sério, é que você realmente não come'estou faminta demais para discutir contigo.

'Só demora mais um pouco e logo estaremos em casa'

Mas esse dia não acaba nunca, saí muito cedo de casa e desde então estamos na fila do hospital esperando a minha sobrinha apanhar a vacina para assim podermos ir embora.

'Ainda falta muito?'. Pergunto mesmo muito impaciente.

'Até que não, daqui a pouco é nossa vez'

Terminamos o que tínhamos que fazer e então voltamos pra casa.

Quando chego em casa só penso numa coisa, comer. Eu como pouco, mas tinha tanta fome. Eu só pensava em fazer um pequeno-almoço farto pra mim. Estrelo um ovo, frito umas batatas, faço uma salada básica e como com salsichas e um sumo. Eu estava morta de cansaço, e ainda não aceitava o facto de ter de ir a escola 'aff, me lembra ainda se estudar serve pra quê? ' para teres um futuro excelente mente atrasada 'quem me atrasa és tu que não coloca alimento por horas' não abuse que não estou com paciência hoje. Estou sentada à mesa mexendo no celular toda fodida da vida que nem reparo que meu irmão chegou e trouxe alguém, apenas sei que dormi durante uns bons minutos até que minha consciência decide me acordar e botar juízo em minha mente 'rapariga, acorda que as coisas não se fazem por si e muito menos alguém fará por ti', tá como queiras. Me preparo e vou a escola. E eu só penso, lá se foi mais um dia nesta maldita escola.

***

Fui passar o final de semana em casa de minha mãe, numa tarde depois de ter feito todo o trabalho de casa me sentindo um pouco alegre coloco um colanzinho bem coladinho acima dos joelhos e uma t-shirt para me sentir confortável. Detesto receber visitas em casa, acaba sempre sobrando pra mim e para as minhas irmãs, o que é doloroso de se ver e sentir.

Bom, ficar sozinha é minha escolha e tratamento, já que estou habituada a estar só desde pequena, socializar é outra questão, a não ser com os meus amigos, sinto tanto a falta deles. Tendo algum tipo de convívio sou sempre obrigada a socializar, então vou falar com meu priminho 'pequeno demais para os meus gostos, pequeno na idade mas grande na boca'.

'Então Ricardo, está tudo bem?'

'Qual é, vamos nos divertir?'

'Como?'. Pergunto um pouco aturdida.

'Sei lá, o que tem para fazer aqui?'

Dançando Com O DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora