The Trapper Casino

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" He think he fuckin' my bitch, nigga that bitch for rent
(Ele acha que tá fodendo minha vadia, aquela vadia é de aluguel)
He know how to treat a hoe, I mean all that money spent
(Ele sabe como tratar uma puta, olha todo o dinheiro gasto)
She says you a sweetheart, a sweetheart
(Ela diz que você é um amorzinho, um amorzinho)
Things tend to go a little different 'round here, we pimpin' nigga
(As coisas são meio diferentes aqui, nós cafetamos)
Quit captain savin', serenadin' them hoes
(Pare de ser escravoceta, fazendo serenata pra essas putas)
She no Juliet for no Romeo with no dough
(Ela não é a Julieta de um Romeu sem dinheiro)
She report to pimpin', now back to trickin'
(Ela conta ao cafetão, agora volta a enganar)"
- No Romeo No Juliet, 50 Cent.

Heather respirou fundo e ajeitou a saia do vestido justo. Se olhando no espelho uma vez, pegou a bolsa. Seus olhos vagaram até encontrarem uma gaveta e ali ficaram por um tempo, encarando o móvel até que Heather saísse de seu transe ao balançar a cabeça. Saiu do closet e saiu do apartamento.

O taxi já a esperava e entrou no veículo sem sequer cumprimentar o motorista. Heather não costumava sair muito durante o dia por já ter se acostumado com a vida noturna, mas naquele dia não tinha muita escolha.

Perna-de-Peixe, sabe-se lá como, conseguiu o número dela e a convidou para almoçar, para que o homem não a incomodasse mais, Heather aceitou. Ela permaneceu em silêncio durante todo o percurso no taxi e saiu do carro sozinha após parar o motorista quando chegou ao restaurante.

O restaurante era elegante e discreto e Heather quase revirou os olhos, Perna-de-Peixe estava se esforçando tanto para agradá-la ao ponto de dar pena. A morena foi bem recebida no restaurante e foi guiada até a mesa onde Perna-de-Peixe já a esperava, a mesa era em um lugar discreto onde não poderiam ser vistos, longe de todas as janelas e Heather duvidava até que certos funcionários pudessem se aproximar.

Perna-de-Peixe se levantou ao vê-la se aproximar e Heather sorriu de forma educada. Ela se sentiu na cadeira oposta à de Perna-de-Peixe e o Ingerman voltou a se sentar.

-Obrigado por concordar em me encontrar. - Disse Perna-de-Peixe e o sorriso educado de Heather não se desfez.

-Você foi muito insistente. - A resposta da morena o deixou sem saber se considerava ou não como uma ofensa. Teria ele sido insistente demais? - Mas você é o melhor amigo do futuro noivo da minha melhor amiga, então acho que é melhor esclarecermos algumas coisas entre nós para evitar mau entendidos no futuro. - Perna-de-Peixe assentiu, concordando mesmo que aquele não tinha sido nem de longe o motivo pelo qual a convidou para aquele almoço.

Perna-de-Peixe sabia que era errado, mas nas últimas semanas Heather não saía de sua cabeça. Era injusto com Bárbara, mas a urgência de ver a morena era mais forte do que ele. Ele não queria que Heather fosse sua amante - ou pelo menos pensava que não queria -, apenas queria conhecê-la melhor e em sua cabeça aquilo não tinha nada de errado ou indecente, então por que Heather resistia tanto?

Os dois fizeram os pedidos e o silêncio foi confortável enquanto esperavam. Heather tinha a cabeça cheia naquele dia e Perna-de-Peixe não facilitava as coisas ao ir atrás dela. Não é que Heather não gostasse dele, mas havia apenas um único homem em toda Midgard que era capaz de fazer seu coração saltar pela boca e ele tinha desaparecido há sete longos anos - e Heather não podia, nem tinha vontade, de se envolver com outra pessoa.

Os pratos foram servidos e o silêncio continuou até que Perna-de-Peixe não aguentasse mais. O Ingerman tinha muitas perguntas sem resposta em sua cabeça e a maioria delas envolvia a morena. Então, já cansado da confusão que sua vida tinha se tornado desde o casamento de Cabeça-Quente, quebrou o silêncio.

Sugar DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora