Lados Opostos.

Capítulo 01: O reencontro ∞

Eu estava sem sorte para achar um emprego bom, infelizmente não deu para o Thomas vim comigo, o que se tornava estranho. Parecia clichê, mas fazíamos tudo juntos.
Deixei meu currículo em vários lugares semana passada, mas ninguém me chamou, isso me desanimou bastante pois eu estava confiante, tinha tudo pra dar certo, e mais uma vez eu estou entregando meus currículos no sol quente de 15h da tarde. Eu já estava bem cansada e muito mais desanimada que antes, parecia não haver chances para alguém que acabou de terminar a faculdade. Me sentia horrível por isso, então procurei distanciar pensamentos negativos ao sentar num banco de uma praça que estava bem movimentada, que azar o meu. Abaixo minha cabeça por alguns segundos e noto uma empresa bem a minha frente. Não pensei muito e andei rápido até lá. Não era muito diferente dos outros lugares que entrei, mas tinha muitas pessoas esperando para serem atendidas pela secretária. Fui até o bebedor, sem tirar os olhos da minha cadeira marcada com minha bolsa... de repente, esbarro em alguém que estava passando bem na minha frente.

- puta merda, olha por onde anda cara.

Essa seria a hora inadequada para alguém me molhar toda, agora essa empresa nem ia avaliar o meu currículo se eu aparecesse assim. Aí meu Deus.

- Me perdoe, moça? - olho pra ele e me assusto ao perceber quem era. Luke? Seus cabelos lisos e pretos continuavam brilhando, seu corpo estava mais definido e agora ele tinha pelos pelo rosto, seus olhos pretos era a escuridão que eu procurava enfrentar quando éramos mais jovens. Sim, é o Lucas, o meu Luke.

- Rosie? Q-quer dizer... Rosana?

Seus olhos brilharam, e acredito que os meus também. Ele me abraça, não se importando com a minha roupa molhada. Os braços dele eram muito mais fortes do que eu me lembro, sorri ao lembrar de cada momento que passamos juntos em frações de segundo.

- o que faz aqui? - ele me olhava com um sorriso.

- espalhando currículos. Acredito que nesse estado ninguém vai ao menos ler o meu... - ele parecia notar o desânimo na minha voz.

- meu pai é chefe aqui, posso conversar com ele - sorri automaticamente ao ver a chance de um emprego finalmente surgir.

Entreguei o que era preciso para o Luke e peguei um táxi pra casa. No caminho eu não pude deixar de lembrar a nossa infância e parte da adolescência juntos. Eu sempre o chamei de Luke, foi eu quem deu esse apelido a ele. As nossas lembranças eram as melhores da minha vida, sempre fomos muito próximos, mas os pais dele mudaram de cidade e desde então não tivemos contato. É muito bom revê-lo.