Capítulo 13

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— não vai, fica. — seus olhos acompanhavam cada movimento meu, senti meu coração bater mais rápido quando ele colocou a mão na minha cintura. Sentia-me incapaz de dizer algo e de me mover. Ele pegou a minha mão e colocou em volta do seu pescoço, eu tinha que resistir, mas seu rosto estava cada vez mais perto do meu e eu já podia sentir seu hálito quente. Minhas pernas estavam trémulas e o jeito que ele me olhava me causava isso. Luke era tudo que eu queria naquele momento, tudo que eu não deveria ter, mas que eu tinha nas minhas mãos.

— Luke... — ele colocou um dedo impedindo que eu terminasse de falar algo, minha voz saiu como um sussurro e senti as mãos fortes dele me segurarem para me prender contra a parede. Eu estava deixando ele no controle de tudo e estava claro que ele gostava disso. Seus lábios foram tocando os meus e eu não pude evitar, então dessa vez apertei ele contra mim e beijei com toda a vontade que sentia, com todo o ardor que senti e descontei toda a saudade. A língua dele invadia cada canto da minha boca e eu senti que ele ficou animado, eu também estava e cada vez queria mais. Até que alguém bateu na porta e atrapalhou exatamente tudo. Nós caímos de volta para a realidade, Lucas me olhava desajeitado e com o cabelo bagunçado, consequentemente eu causei aquilo, com certeza eu não estava diferente. Era bom saber que ainda combinávamos dessa forma. Bateram na porta novamente. Nossas respirações estavam ofegantes.

Ele atendeu a porta. Josh. Ele nos olhou por um breve momento percebendo o que tinha acabado de acontecer. Eu não estava afim de dar explicações. Meu corpo se aliviou da tensão daquele momento quando percebi que ele não perguntaria nada.

— OK, me perdoem, houve um pequeno atraso da minha parte, né?

— tudo bem, deixa para outra vez. — eu disse me aproximando da porta.

— eu levo você. — Luke mal me deixou abrir a boca para dizer algo e já saiu para ligar o carro. Josh me olhava malicioso.

— tudo bem, depois você vai me contar o que aconteceu aqui — ele diz sussurrando, sorri.

[...]

Era um dia qualquer que eu nem se quer esperava algo ruim acontecer, a manhã estava linda, era como se eu tivesse renascido. Luke tinha me deixado em casa na noite anterior e tudo corria muito bem até agora, e quando digo tudo bem, me refiro ao meu relacionamento. Thomas ainda não sabia.

— mas Rosie isso não quer dizer que está tudo bem. — digo baixinho pra mim mesma.

Ao mesmo momento que me sentia feliz por ter vivido alguns minutos grudada no Luke, também era uma péssima namorada para o Thomas.

Meus pensamentos são afastados quando minha mãe entrou no meu quarto chorando.

— o que aconteceu? — vou até ela mais rápido que posso.

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