Capítulo 7 - Edu

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Ela estava me deixando louco!
Desde aquele maldito (ou bendito) dia em que eu quase passei dos limites a Bia parece estar me testando.   Sempre que a beijo ela me instiga a prosseguir (se é que vocês me entendem) e quando eu não a toco ela dá um jeito de encostar em mim, se esfregar ou como eu prefiro pensar... Me provocar.
Era isso, aquela garota estava me provocando o tempo todo. Mas ela não dizia nada à respeito. Ela apenas estava agindo diferente, de uma forma mais ousada sem ser ousada. Alguém entende?
Eu não sei explicar. O fato é que mesmo que ela não queira, mesmo que seja involuntário da parte dela, está dando um trabalho, e uma dor de cabeça absurda resistir àquela pequena torturadora.
Eu estava na escola na aula de Física, era a última aula do dia, e estava insuportável. Entediado, saí da sala de aula e desci às escadas indo até o pátio. Sim, eu iria matar aula. Mas quem nunca fez isso? Fui até o bebedouro, bebi um pouco de água. E fui até a parede ao lado, tinha um banquinho ali e dava para matar aula lá sem que ninguém me visse. Eu só queria mexer no celular sem que a professora olhasse em minha direção como se eu estivesse fazendo algo muito errado, mesmo que eu estivesse.
Mas logo que me virei vi a Bia ali, sentada, mexendo no celular, com a roupa da educação física da mesma forma que eu estava prestes a fazer.
_Bia? - chamo e ela dá um pulo levando um susto, achando que tinha sido pega.
_Aí Edu, droga! - reclama.
_O que você está fazendo aqui? - ela olha para mim arqueando uma das sobrancelhas como quem diz, jura que você não sabe? E é claro que eu sabia. - Não deveria estar na sua aula preferida? - brinco e ela me olha feio, se afastando para que eu sentasse.
_Eu sempre odiarei Educação Física, e sem a Isa aqui, não há nada nesse mundo que me faça assistir àquela aula. - diz um pouco cabisbaixa.
A verdade é que faz dias que a Isa não aparece na escola, ou sequer dava sinal de vida. Ela não estava em casa e ninguém lá sabia dizer onde ela poderia estar e o seu pai sempre desconversava sobre onde de fato ela estava.
Bianca nunca ficou mais do que um final de semana longe da sua amiga, então todo esse tempo estava a deixando preocupada. Eu também me preocupava, afinal eu tenho um carinho muito grande pelas meninas e esse sumiço repentino era realmente angustiante, imagina para a Bia que tem a Isa como se fosse uma irmã.
Viro- me em direção à minha namorada e levo uma mão até seu rosto acariciando-o, ela automaticamente fecha os olhos para sentir o meu toque e um sorriso singelo toma seus lábios.
_Não fica assim. Por que você não liga para ela? - ela se afasta do meu toque para me olhar.
_Tá brincando? Acha que eu já não fiz isso? Milhões de vezes? - ela revira os olhos. - Ela nunca me atende, nunca responde minhas mensagens, e quando responde é sempre muito vaga. Ela está me escondendo algo e isso é fato e eu vou descobrir o quê é ou não me chamo Bianca Beraldini Rieff. - arqueio uma sombrancelha achando bonitinho o jeito que ela fala e ela me olha sem entender. - o quê foi? - pergunta e eu sorrio sem nada dizer, vejo quando minha namorada começa a ficar sem jeito. - Para de fazer isso Edu! - ela briga me dando um tapa fraco na perna.
_Fazer o quê? - dou de ombros.
_Isso! Ficar me olhando assim. - sorrio.
_Não consigo olhar de outro jeito. - ela fricciona os olhos me encarando e por fim, revira os olhos sorrindo.
_Você não tem jeito. - ela desiste e suspira.
_ Eu não estou fazendo nada, apenas olhando a minha linda namorada. - ela ruboriza na hora mas não se abate com meu elogio, ela arqueia a sobrancelha e dá um sorriso de maldoso.
_Ah é? E o que sua linda namorada merece? - diz se aproximando mais de mim.
_Tudo o que ela quiser... - me aproximo mais dela.
_Tudo é?
_Tudo. - ela me olha profundamente nos olhos antes de me beijar. E eu acho que eu nunca vou me acostumar com isso, nunca vou me acostumar com o fato dela querer me beijar, dela ser minha namorada, e dela estar tão próxima e disponível à mim. Nem com o fato de eu poder tocá-la da forma que eu quiser, como agora, que eu deslizava minhas mãos por todo o seu corpo, sentindo seu corpo, suas curvas, sua pele macia e delicada sob o meu toque...
Eu imaginei tanto isso e por tanto tempo... Mas não podia imaginar que teria como ser ainda melhor que os meus sonhos.
A Bia não era apenas garota que eu idealizei todos esses anos, ela não era apenas a garota linda, meiga, espontânea,divertida, de coração enorme que eu sempre amei. Ela também é confiante, corajosa... Ela não teve medo de se arriscar, de entrar nessa relação e eu vejo que ela está se entregando à isso por completo. Ela está se dando a oportunidade de fazer isso dá certo, e eu a amo ainda mais por isso.
Bianca leva suas mãos ao meu pescoço e o arranha ali, fazendo minha pele se eriçar, em seguida ela embaralha suas mãos em meu cabelos os puxando levemente, seu corpo estava cada vez mais perto do meu e sem que eu percebesse e pudesse impedir Bianca sentou no meu colo, com aquele short justinho e super curto da educação física que marcava totalmente a sua bunda, minhas mãos automaticamente foram para lá, apertando suavemente. Gememos os dois juntos, estasiados com toda aquela sensação. 
Minha namorada se afastou dos meus lábios apenas para morder a minha orelha e quando em um sussurro com seu hálito quente ela disse:
_Então eu quero tudo. - eu gruni em resposta. Puxei seu corpo para mais perto do meu e ela acabou ficando posicionada em cima da minha ereção. Posição perfeita, eu pensei.
Bianca gemeu em resposta com o novo contato enquanto eu me apossava de seu pescoço deixando algumas mordidas antes de tomar seus lábios de volta para mim. Eu pensei que como da última vez ela paralisaria com o contato, ela se afastaria, mas não. A maldita rebolou em cima do meu colo ousadamente e aquilo foi o meu fim.
_Bianca, pelo amor de Deus! - reclamei quando na verdade minha vontade era tirar toda a sua roupa ali mesmo.
_Eu disse que quero tudo, com você. - respondeu pausamente e eu fui obrigado a olhar em seus olhos.
Nem sombra de dúvidas se passavam neles, ela me olhava convicta, demonstrando sua certeza. Maldita seja!
_Estamos na escola. - foi a unica coisa que consegui pensar.
_Ninguém vem aqui. - ela disse dando de ombros antes de rebolar mais uma vez e voltar a me beijar.
Maldita, maldita, mil vezes maldita!
Ela estava me testando, estava me seduzindo facilmente e eu não saberia fugir de tanta tentação. Mas eu não podia! Não podia fazer isso com ela. Eu prometi a mim mesmo que não faria.
Mas quando pela terceira vez ela rebolou eu mandei tudo se danar e apertei seu corpo ainda mais perto do meu. Coloquei minhas mãos em baixo da sua blusa e apertei suas costas. Bianca gemeu baixinho e minha boca começou a descer pelo seu pescoço, ombros, até chegar onde eu queria, seus peitos.
É claro que eu não iria transar com ela ali, não tinha condições de eu fazer isso ao ar livre, numa escola com mais de seiscentos alunos fora os funcionários, jamais faria isso com ela. Mas se ela queria me provocar desse jeito, rebolando no meu ponto fraco, eu podia provocá-la também.
Olhei em volta procurando algo ou alguém mas não havia nada. Onde estávamos era um local que geralmente não tinha ninguém, afinal de frente para onde estávamos havia um muro, ninguém gostava de ficar num local razoavelmente pequeno olhando para um muro. Não que isso importasse naquele momento, tudo que não queríamos era expectadores.
Assim, com minha mão dentro a sua blusa eu, bem lentamente, subi minhas mãos por suas costas onde abri o seu sutiã. Ela arregalou os olhos surpresa mas não me impediu, até que muito lentamente e com mais liberdade, uma de minhas mãos tomou seu seio esquerdo. Soltei minha respiração que nem havia notado que prendia e me afastei para ver a Bia. Minhas mãos estavam paradas em seus seios, não havia feito nenhum movimento por que eu queria saber se ela desistiria ou não, mas ela não desistiu. Ela me olhava e àquela convicção de antes ainda estava presente em seu olhar, a maldita não desistiria.
Senti a maciez e o tamanho perfeito de seus seios sob minha mão e mesmo sem vê-los eu pude imaginar o quanto eles deveriam ser lindos. Gruni em resposta antes de me apossar de seus lábios enquanto minha mão começava a brincar com seu bico.
Bianca gemeu em minha boca e aproximou o seu corpo para cada vez mais perto do meu, minha vontade era tirar todas as nossas roupas e finalmente acabar com toda a tortura, mas eu tinha que me manter firme. Eu estava decidido.
Abaixei a minha cabeça e, ainda por cima do tecido fino de sua blusa eu mordisquei o seu seio. Bianca soltou um gemido alto e eu rapidamente levei minha outra mão a sua boca solicitando em gestos que ela se calasse. Ela acenou positivamente e eu retornei a brincar com seu bico, mordia um, enquanto apertava o outro. Bianca estava ofegante e eu podia notar como ela preendia seus gemidos.
Minha garota se aproximou ainda mais de mim, rebolando novamente. Seus olhos estavam fechados e sua face um pouco rubra. Linda, maravilhosamente linda.
Ela seria a minha perdição, isso era fato. E o pior é que eu não podia fazer nada! Eu só queria me perder mesmo.
Ela estava excitada e eu ainda mais. Enquanto tentava torturá-la como ela faz comigo eu mesmo estou me torturando. Que grande idiota eu sou!
Mas quem liga? Eu só queria continuar a vê-la desse jeito, totalmente entregue, e ouvir seus gemidos sendo estrangulados em sua garganta enquanto ela faz um esforço para não fazer isso em alto e bom som. Desço minha mão pelo seu corpo até chegar ao meu local de desejo, ainda por cima do seu short, pressiono onde seria seu clitóris e ela geme, dessa vez alto, sem conseguir impedir que ele saísse de seus lábios.
_Shhh - sussurro em seu pescoço. E ela rebola na minha mão.
_Edu... -ela diz como se implorasse. E não havia no mundo sensação melhor do que vê-la gemer o meu nome e implorar alívio. Ah Bia... Pequena torturadora.
Comecei a fazer movimentos circulares, ali mesmo, por cima do short.
E, quero que me entendam, um contato maior que esse eu não seria capaz de resistir, por isso, assim como não fui capaz de nem mesmo espiar seus seios por debaixo da blusa, eu não era capaz de tocá-la mais intimamente. Teria que funcionar por cima do short.
Assim, aumentei o movimento dos meus dedos ouvindo seus gemidos aumentarem cada vez mais. Bianca debruçou sobre mim apoiando a cabeça em meu ombro, arranhando minhas costas, enquanto, sem que ela percebesse ela rebolava, me instigando a continuar.
Torturadora dos infernos, eu só queria acabar com aquilo de uma vez por que do jeito que eu estava, do jeito que me sentia... Acho que mais uma rebolada dela e eu me perderia de vez em meu próprio prazer.
Pressionei com um pouco mais de força, sempre tentando manter ou aumentar a velocidade. Quando por fim, Bianca cravou as unhas nas minhas costas e gemeu alto, eu tive a certeza que ela havia chegado lá. Bianca estava ofegante, eu podia sentir. Se peito subindo e descendo rapitamente colado ao meu. Levei minhas mãos até suas costas e acariciei. Ela se afastou do meu corpo para olhar em meus olhos, havia algo neles, algo que nunca havia visto mas que eu não sabia dizer o que era. Bianca tomou os meus lábios nos seus em um beijo lento e sensual. Não havia mais pressa, apenas carinho.
_Isso foi... Ual! - ela disse me fazendo sorrir. - É muito...
_Prazeroso? - opino a vendo ruborizar. - Você ainda não viu nada. - ela me olha estranho, mas antes que ela dissesse algo o sinal toca dizendo que havia acabado a aula. Vejo quando ela enrijece em meu colo e arregala os olhos ficando quase pálida. - Sim. Você quase transa comigo dentro da escola. - digo. Bianca esconde o rosto com suas mãos encabulada e eu caio na gargalhada tirando-a de meu colo. - Você tem sorte de seu namorado ser um rapaz controlado.
_Com certeza eu tenho. -diz.- Alguém tem que pensar com a cabeça de cima nesse relacionamento. - ela levanta a cabeça assustada com o que ela mesmo disse, e eu sorrio ainda mais com a situação. - Não que eu... - tenta dizer. - Quer dizer, eu não... Você sabe.  - ela volta a esconder o rosto de mim e eu afasto suas mãos deixando um beijo em sua testa.
_Eu te amo. - digo, por que achei que naquele momento era necessário dizer. Queria soubesse que a amo e que eu fico feliz por tudo o que aconteceu até agora entre a gente. Os olhos da minha namorada brilham, e só essa reação já era o suficiente para mim. Eu sabia que eu não ouviria um "Eu te amo" de volta, mas eu não me importava nem um pouco em dizer quantas vezes ela quisesse ouvir que eu ainda estaria aqui, esperando por sua reciprocidade.

Bela Amizade - Trilogia Belas (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora