Capítulo 9 - Edu

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Hoje era domingo, e finalmente eu iria conseguir encontrar a Bia

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Hoje era domingo, e finalmente eu iria conseguir encontrar a Bia.
Nos últimos dias meu pai pediu que eu fosse com ele para vários lugares, para o escritório, para fóruns, reuniões e muitas outras coisas.
Meu pai é um grande advogado criminal e eu quero fazer a mesma coisa ano que vem, na verdade eu tenho o desejo de ser promotor mas por hora eu pretendo advogar e por isso meu pai decidiu que eu já tenho que começar a aprender o ofício afinal, ano que vem eu começo a faculdade de direito.
Eu não reclamaria, se ele não tivesse escolhido justamente o momento que eu comecei a namorar a Bia para isso.
Eu não estou conseguindo encontrá-la, apenas na escola. E quando estamos juntos é sempre na correria, a Bia já não está gostando muito disso. Ela não disse nada, mas eu a conheço. Sei quando algo não a agrada e nesse momento eu estou fazendo isso, e isso não pode acontecer em hipótese alguma. Se ela cansar de mim e desistir eu vou surtar.
Não, não mesmo. Isso não vai acontecer. Digo a mim mesmo convicto.
Mais cedo a liguei e ela perguntou se eu tinha comprimissos hoje, logo que disse que não ela me convidou para sair. Não sabemos ao certo onde mas combinamos um horário para que eu fosse a buscar em casa.
Nesse momento eu estava no banheiro terminando de fazer a barba que estava começando a nascer. Eu odiava barba, pinicava o meu rosto e eu não gostava da sensação.
Assim que terminei, lavei o rosto, ajeitei o cabelo e saí do banheiro levando um susto com a Bia deitada na minha cama.
_Deus! - disse levando a mão ao meu peito. Bia sorriu levantando da cama vindo até mim, bem lentamente.
Eu ainda estava parado perto da porta do banheiro e quando vi seu olhar descer e subir lentamente por todo o meu corpo eu pude constatar que ainda estava só de cueca. Droga! Alguém lá em cima não está me ajudando.
Bianca se aproxima ainda mais e me beija bem lentamente antes de se afastar.
_Pensei que eu te buscaria em casa. - disse a primeira coisa que veio em minha mente pois àquele beijo dela havia me tirado do ar.
_Fiquei com medo de você fugir de mim de novo, então preferi te fazer uma surpresa.
_Fugir? Eu não estou fugindo de você. - digo rapidamente. Minha namorada arqueia uma sobrancelha incrédula. - Por Deus Bia, eu jamais fugiria de você.
_Pensei que estivesse me evitando... - disse andando de volta à cama e dessa vez eu a segui. - Desde àquele dia na escola, você sempre inventa alguma coisa para sair, para ficar longe de mim. Pensei que não tinha gostad...
_Não! - digo desesperado. - Por Deus, é claro que não. Eu não inventei, eu realmente tinha compromissos em todos esses dias. - suspiro cansado me sentando na cama. - Eu estou trabalhando com o meu pai, ele decidiu que eu tenho que começar a aprender essas coisas todas de advogado. E é isso, eu estou tendo que ir em palestras, aos fóruns e ao escritório com ele. Mas por Deus Bia, é claro que isso não tem nada a ver com você. - digo segurando em sua mão e encarando seus olhos azuis. - Jamais fugiria de você, não quando passei anos da minha vida te desejando.
Minha namorada sorri, e acaricia meu rosto.
_Eu sei, eu confio em você. Mas eu precisava ter essa certeza, de que você não se arrependeu.
_Jamais! Nunca Bia. Eu te amo e é impossível mudar isso. - ela sorri e me beija. Um beijo lento e sensual como o anterior, mas que aos poucos foi ficando cada vez mais urgente.
Bianca sentou no meu colo e na hora eu constatei que isso não era nada bom. Droga! Eu ainda estava apenas de cueca.
Minha namorada segurou em meus cabelos os puxando levemente, enquanto mordiscava meu queixo, meu maxilar até chegar à minha orelha. Eu estava com as mãos em sua cintura me controlando a todo custo, mas Bianca me parecia decidida a testar meus limites.
Assim que ela mordeu o lóbulo de minha orelha me deixando louco, ela se ajeitou em meu colo e rebolou em cima de mim. Maldita seja...
_Bia... - sussurrei quase que implorando para que ela parasse. Mas ela não parou, ela se afastou de mim apenas para retirar a sua blusa, deixando à mostra seu sutiã preto de renda. Suspirei tentado, sua pele branca contrastando perfeitamente com o sutiã preto. Maldita, mil vezes maldita! - Bia...- tento dizer mais antes que eu diga qualquer coisa Bianca me beija, ardentemente. Ela pega a minha mão que à muito custo eu mantinha parada em suas costas e leva uma até seu seio quase que desnudo e a outra à sua saia. Mas não satisfeita com tanta tentação ela resolve pôr minha mão por debaixo do tecido leve de sua saia me fazendo sentir a pele macia de sua bunda. Pequena torturadora!
Eu estava super excitado em baixo dela mas ela parecia não ligar para isso, pelo contrário, parecia gostar.
Bianca rebolou mais uma vez em cima de mim enquanto mordia meu lábio inferior e aquilo foi o meu fim.
Apertei sua bunda sob minha mão e em um movimento rápido a pus deitada na cama debaixo de mim.
Minha namorada deu um pequeno gritinho assustada, mas logo tratou de enlaçar minha cintura fazendo com que a saia que vestisse caísse sobre seu quadril mostrando completamente sua calcinha.
Preta e de renda.
Essa garota definitivamente queria me matar.
Me afastei tirando sua saia de vez e parei alguns instantes para apreciar a visão belíssima da minha namorada de lingerie preta me esperando ofegante em minha cama.
Era definitivamente a visão dos meus sonhos, acho que nem no meu melhor sonho eu podia imaginar tê-la assim.
Várias emoções tomavam conta de mim naquele momento, transbordando. Amor, desejo, admiração e principalmente excitação.
Eu estava louco de desejo por ela. Por isso logo voltei para cima dela, fazendo questão de percorrer minhas mãos por todo seu corpo que estava quase que completamente desnudo.
Beijei suas pernas, suas coxas, seu ventre, sua barriga, seus seios até chegar em sua boca.
Bianca estava tão excitada quanto eu, seu corpo ofegava e se arquiava para mais perto do meu a cada toque meu.
Abaixei a alça do sutiã deixando beijos leves e pressionei minha ereção em sua entrada.
Bianca gemeu meu nome enquanto arquiava as costas arranhando as minhas com as unhas.
_Edu... - ela disse.
_Sim? - meus beijos continuaram indo até seus seios minha mão foi até a fivela abrindo-a e quando finalmente os veria sem obstáculos Bianca disse algo que me fez parar.
_Transa comigo Edu, eu preciso... - ela continuou a dizer algo mais minha atenção já havia dispensado.
Não, não é isso o que eu quero.
Me afastei de seu corpo recobrando o juízo. O quê eu iria fazer? Droga Eduardo!
_ Edu? - Bia sentou na cama me encarando. - Está tudo bem?
_Não... -digo entre pensamentos- Quer dizer, sim. - ela arqueia uma das sobrancelhas como sempre faz quando está confusa. -Isso não vai acontecer.
_Como? - ela ainda estava visivelmente confusa e então eu soltei todo o ar do meu pulmão antes de dizer.
_Eu não vou "transar" - enfatizei a palavra - com você Bianca. - uma expressão de surpresa toma seu rosto.
_Como é? - ela estava atônita, e até seria engraçado se não fosse tão trágico.
_Foi o que você ouviu, não vou transar com você. - disse levantando da cama e indo até o meu armário.
_Mas por quê? Até um minuto atrás você queria isso tanto quanto eu?O que houve? O problema é em mim? Você não me deseja é isso? - viro-me e a olho incrédulo. Como ela pode pensar algo assim?
_ O problema não é esse. - digo apontando para minha ereção visível na minha boxe. Bianca olha na direção apontada pela minha mão e seu rosto assume o tom rubro, em seguida ela morde o lábio ainda vidrada em minha ereção. Maldita, mil vezes maldita!
Pigarreio e ela volta a olhar em meus olhos como se houvesse esquecido sobre o que falávamos.
_Então qual é o problema? - pergunta. Bianca fecha o sutiã e levanta da cama ficando de frente para mim. Só de lingerie. Respira Edu, respira.
_Eu não quero que isso seja apenas uma transa para você, eu quero que seja especial para você, que seja por amor. - Bianca assume uma expressão de incredulidade antes de revirar os olhos.
_É só sexo Edu.
_Não, não é. É mais do que isso.
_Tipo o quê? - eu estava prestes a responder mas algo me deteve, um pensamento que me fez perder umas três batidas do coração. Algo entalou em minha garganta e eu me vi obrigado a perguntar.
_Bianca você já transou? - sua expressão fica rubra e ela abre a boca diversas vezes antes de por fim soltar a respiração e responder.
_Não. - e com isso eu consigo soltar minha respiração.
_Então... -respondo calmamente. - Eu não quero que a sua primeira vez seja apenas uma transa, eu quero que haja sentimento, que...
_Mas há sentimento... -ela me corta chamando minha atenção, meu coração para com essa revelação e uma onda de esperança me toma. -Há carinho, afeto, amizade, e principalmente Edu há confiança. Eu confio em você, por isso te escolhi para isso.
Um sorriso triste toma os meus lábios ao ver como pude me iludir tão tolamente. Claro que ela não me ama.
_Desculpa, mas isso não é o suficiente para mim.
_Edu... - ela me olha impaciente e eu pego uma bermuda no meu guarda roupas me vestindo. -Você está sendo irracional.
_Pode ser... Mas alguém que te ama do jeito que eu amo com certeza não pensa com a razão, por isso eu sei que eu estou fazendo a coisa certa.
_Se eu não fosse virgem você ainda pensaria assim? - pergunta.
_Sim. Não faz diferença, o fato é que eu quero que seja tão especial para mim quanto para você. Eu não quero ser apenas um na sua vida Bia, entenda isso, eu quero que você me ame um dia e então a nossa primeira vez será especial e única. - Bianca cruza os braços sobre os peitos chamando a minha atenção para eles. Respiro fundo antes de retirar os olhos deles para encarar seus olhos. Bianca arqueia uma sobrancelha e caminha lentamente até mim. Ela coloca seus braços em volta do meu pescoço e se aproxima cada vez mais de meu rosto. Sinto minha respiração entalar em minha garganta.
_E se eu não quiser aceitar? - diz sensualmente em meu ouvido. - E se...-ela morde o lóbulo da minha orelha me fazendo voltar a ficar "desperto". - eu quiser dormir com você mesmo assim? - ela pega as minhas mãos levando-as até a sua bunda, me fazendo apertá-la. - Vai me deixar assim? Implorando por você, - ela pega uma das minhas mãos circula sua cintura pousando-a em cima da parte da frente de sua fina calcinha. -implorando por seu toque... -diz ofegante em meu pescoço e eu não resisto em pressionar com força onde minha mão se encontrava repousada. Bianca geme em meu ouvido. Antes de tomar minha boca na sua. - Eu te desejo Edu, será que não percebe? Eu quero você... - diz ofegante escorregando suas mãos pelo meu corpo até achar o fecho da minha bermuda.
_Bia...- imploro tentando afastá-la. Mas ela se aproxima ainda mais de mim. - Bia por favor, para. - peço mais não faço nada para impedir seus toques em meu corpo.
"Só uma vez" - minha mente gritava dizendo que eu tinha que fazer aquilo ela queria e eu também queria muito. Meu membro pulsava de tanto desejo por aquela pequena torturadora.
"Você precisa se controlar" - uma outra parte minha dizia, a voz da sabedoria provavelmente. "Você sabe que sexo sem sentimento é vazio, você não quer isso para ela". E quando a voz da sabedoria do meu subconsciente disse isso eu arranjei força para afasta-la.
_Não. Droga Bianca! - disse frustrado e ela um pouco atordoada. - Já disse que não quero que aconteça assim, eu estou fazendo isso para o seu bem. Eu mais do que ninguém sei que sexo sem sentimento é vazio e eu não quero isso para você.
Bianca me encarou por alguns segundos antes de uma expressão surpresa e confusa tomar seu semblante.
_Você sabe? -ela disse. -Você mais que ninguém sabe? - sua voz estava um pouco seca e eu não entendi o por quê mas não respondi nada. - Você está me dizendo que você já transou com alguém? - disse lentamente como se tentasse sufocar alguma coisa dentro dela.
_Sim. - respondo calmamente e vejo faíscas saindo de seus olhos. Isso não é bom nada bom.
_Sim? Deixa eu ver se eu entendi? Toda essa palhaçada mas você já transou com uma piranha qualquer? E eu posso saber por quê eu não sei disso? Em que momento dessa história você decidiu esconder de mim que você já havia transado com sabe-se lá quantas piranhas pela rua? - sua voz havia subido algumas oitavas, ela falava quase que gritando e estava muito brava.
_Não foram tantas assim. - digo, mas no mesmo momento que digo meu arrependo. Seu olhar é duro em minha direção. Ela se vira se afastando de mim e pegando suas roupas. - O quê você está fazendo?
_O que parece que eu estou fazendo? - diz colocando a saia rapidamente e em seguida a blusa.
_Bia, eu não estou entendendo o por quê de tudo isso. - digo sincero.
Ela achava que eu ainda era virgem? Que homem de dezoito anos hoje em dia ainda é virgem?
_Eu estou fazendo papel de idiota nessa relação. É isso o quê está acontecendo. - uma lágrima escorre por seu rosto. - Então quer dizer que você transou com sei lá quantas garotas e durante esses últimos cinco anos de amizade você nunca pensou em me contar algo assim? Quer dizer que elas servem para transar mas eu não? Eu estava aqui quase implorando por isso mas você não quis enquanto com elas...
_Bia, por Deus não é isso...- tento explicar.
_É exatamente isso. Eu estou fazendo papel de idiota aqui e o meu erro foi acreditar cegamente em você, foi entrar nessa sem te conhecer realmente. Você não é quem eu pensava. - terminou antes de sair do quarto batendo a porta com força, saio do quarto correndo atrás dela.
_Bia! - grito, mas ela não para de andar. Ela estava quase que correndo. Ela passou pela minha mãe que nos olhava confusa e passou pela porta sem dizer nada. -Bianca, a gente precisa conversar! - grito antes de chegar à porta e antes que saísse por ela sinto minha mãe me segurar pelo braço.
_Eu não sei o quê aconteceu para você e a Bia brigarem, mas dá um tempo para ela pensar. De cabeça quente vocês não vão conseguir se entender. - olho para minha mãe e depois para o amor da minha vida correndo para longe de mim. Solto um suspiro cansado e bagunço o meu cabelo atordoado.
Eu iria esperar, mas não seria por muito tempo...

 Eu iria esperar, mas não seria por muito tempo

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Bela Amizade - Trilogia Belas (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora