LIVRO II - Trilogia Belas
Alegre, animada, extrovertida e engraçada essas são as principais características de Bianca Beraldini, sempre bem humorada em todos os momentos a Bia era quem mantinha a alegria e a diversão na vida de seus amigos, Isa, Man...
Mais uma segunda-feira se iniciava, mas dessa vez eu estava totalmente feliz pelo meu dia. Ontem tinha sido um dia mais que perfeito, além de tudo que aconteceu entre eu e o Edu, ainda dormimos agarradinhos e foi a melhor sensação. Quando acordei ele estava me olhando com carinho e a sensação de amor no meu peito parece que transbordou. Eu o amava tanto, e parecia que a cada segundo ao seu lado eu o amava mais. Meu namorado levantou da cama quando ouviu meu estômago roncar, ele beijou a minha testa e desceu de cueca para cozinhar alguma coisa para comermos. Tomei coragem e levantei para tomar um banho antes de descer para encontrá-lo e só quando levantei entendi do que ele falava mais cedo. Eu sentia uma leve ardência mas nada insuportável, na verdade era até bom. Assim eu tinha a certeza de que tudo aquilo era real, que tinha acontecido e eu não podia estar mais feliz. Tomei um banho quente e longo relaxando debaixo do chuveiro e lembrando de cada toque do Edu pelo meu corpo. Um sorriso bobo não saía do meu rosto e eu não queria que saísse, nunca. Me sequei com a toalha dele, me enrolei nela e me olhei no espelho. Era como se irradiasse luz de mim, eu queria gritar ao mundo o quanto eu estava feliz, o quanto eu o amava e que ele era meu, só meu. Saí do banheiro vesti minha calcinha e procurei pelo quarto algo para vestir. Peguei a blusa dele, vesti e me olhei no espelho. A verdade é que eu sempre quis fazer isso, vestir a blusa do Edu pós sexo, eu não podia imaginar algo mais sexy. Desci as escadas sentindo um cheiro maravilhoso de comida no ar e meu estômago voltou a roncar. _Que cheiro delicioso! - disse ao entrar na cozinha. - O que é? _Estrogonofe. - ele deu um sorriso. _Ah! Eu amo isso. - disse empolgada. _Eu sei, por isso que fiz. - meu coração se aqueceu. _Você me conhece tão bem... - sussurrei me aproximando. _Em todos os aspectos. - ele sorriu malicioso e eu o beijei. _Nesse caso acho que também te conheço bem. - arqueei uma das sobrancelhas. _Se depender de mim vai conhecer ainda mais... - minha mão tocou o seu rosto com carinho e meus dedos traçaram uma linha pelos seus lábios. _Fico feliz em ouvir isso. Edu deixou um beijo rápido em mim antes de se afastar e voltar a mexer a panela. _Você está linda. - ele disse me olhando dos pés a cabeça. _Você sempre diz isso. _E sempre é verdade, mas realmente a minha blusa fica bem melhor em você do que em mim. _Obrigada, talvez eu leve ela para casa e use em outras ocasiões. - brinquei. _Ah não! Sinto muito mais só eu posso vê-la assim. _Ciumento? - questiono. _Sempre fui. Tenho que cuidar do que é meu. _E eu sou sua? - questiono seriamente e ele me olha como quem estava totalmente disposto a entrar numa briga agora. _Você é. - ele disse seriamente. Sorrio. _Sim, eu sou. - trocamos um olhar cheio de promessas e significados. - E você é meu. - completo. _Sempre fui. - mordo meu lábio inferior e olho para baixo me sentindo envergonhada de repente por não ter percebido isso antes. - você pode...- Edu aponta para eu e para ele. _O quê? Ir até aí? - ele acenou rapidamente. - Não sei, eu estou com uma preguiça! - disse virando de costas e me espreguiçando, indo para mais longe dele, senti que sua blusa que era quase um vestido em mim subiu bem acima das minhas coxas e deve ter mostrado mais do que era a minha intenção por que Edu logo se manifestou a respeito. _Por Deus Bia, não faça isso de novo se você realmente quer almoçar hoje. - abaixei os braços rapidamente e puxei a blusa um pouco mais para baixo sem jeito. _Uma proposta tentadora, admito. Mas eu realmente estou com fome então depois conversamos à respeito. - Edu sorriu balançando a cabeça. _Bom, então vamos cuidar logo desse problema. Pode pegar o creme de leite para mim? - ele apontou com a cabeça na direção da bancada, fui até lá e peguei o creme de leite. Edu desligou o fogo e estendeu a mão para pegar o creme de leite mas quando fui entregá-lo ele me puxou para si. Um gritinho assustado saiu da minha boca antes de ser tapado pelos seus lábios. Ah os seus lábios que agora eu conhecia tão bem e pareciam tão certos para os meus, me senti derreter em seus braços, minhas pernas ficando bambas enquanto meu coração palpitava furiosamente contra o seu. Edu se afastou me deixando ainda tonta, ele pegou o creme de leite da minha mão e abriu com uma habilidade que eu não tinha. _A propósito era isso que eu queria fazer quando te chamei aqui há uns minutos atrás. - eu continuava parada no mesmo lugar, o observando ainda sem reação. _Que boba eu fui. - disse por fim, vendo-o despejar o creme de leite na panela e mexer. Edu se virou para mim e me olhou de cima a baixo. _Prontinho, já podemos matar a sua fome. - ele me deu um beijo rápido e parece que isso me despertou do torpor. Sentei-me com ele e almoçamos jogando conversa fora, depois lavei a louça enquanto ele secou. Sentamos no sofá abraçados e vimos filme até tarde da noite, quando com muita luta tive que ir para casa. Edu tentou me convencer a ficar, a dormir com ele, e acredite seria maravilhoso. Mas teria que dar explicações aos meus pais, explicações que no momento eu não estava a fim de dar. Então ele me levou em casa e nos despedimos no carro. Dormi como um anjo feliz como nunca antes. Por isso que hoje, quando o telefone despertou, pela primeira vez em muito tempo eu não tive preguiça. Levantei rapidamente tomei um banho e vesti algo bonito. Coloquei uma saia preta de tecido leve e uma blusa rosa claro de seda com um decote comportado mas não tanto. Calcei uma anabella com um salto bem baixinho e super confortável de cor preta. Coloquei uma maquiagem bem leve que me deixava mais bonita mas não a ponto de ficar forçado, e por fim pus um batom nude. Vermelho cai bem em mim mas definitivamente não é legal beijar com um batom vermelho. As vezes borrava e hoje eu queria estar linda para o meu namorado. Desci as escadas, dei bom dia a Cida e tomei um iogurte de morango só para tapear o estômago. Eu não sentia muita fome pela manhã. Fiquei conversando com a Cida, ela estava super feliz por que a filha dela conseguiu uma vaga numa universidade e eu ficava feliz pelas duas. A Cida antigamente trazia a filha as vezes ao trabalho e brincávamos muito juntas quando éramos pequenas. O tempo passou e algumas coisas mudaram, ainda conversamos, mas é mais difícil vê-la. A Bárbara sempre foi uma menina muito esforçada, fez estágios desde jovem para ajudar a família em casa e por isso que eu desejo que cada um de seus sonhos se realizem. Por que ela e a Cida merecem essa alegria. Pouco mais de seis e quarenta da manhã o Edu chegou. Assim que ouvi a buzina de seu carro me despedi da Cida pegando minha mochila e saindo de casa, bem na hora que ele chegava à porta eu a abri. A surpresa em seu rosto foi evidente, mas logo um sorriso tomou seu rosto. _Bianca Beraldini já está pronta? - disse incrédulo. _Estava ansiosa para ver um rapaz da escola por quem eu sou louca. - disse entrando na brincadeira. _Esse rapaz deve ser um homem de sorte. _Sim, ele é. - Edu se aproxima e me beija, um daqueles beijos lentos e longos que me faziam flutuar. _Também estava ansioso para te ver - ele diz ainda abraçado a mim. - tanto que saí de casa antes das seis e vinte da manhã. _Então por que... - mas antes que eu terminasse a pergunta a buzina do carro de Edu soa alto e ele revira os olhos apontando para lá. Isa e Manu estavam dentro do carro, e faziam sinal para nos apressarmos. _Isa me mandou mensagem logo cedo pedindo para vir com a gente, ela está fugindo dos seguranças dela. E acabei passando na casa da Manu que já é caminho também. - ele deu de ombros. Sorrio e beijo seus lábios antes de fechar a porta e caminhar de mãos dadas com ele até o carro. Sento no banco do carona na frente ao lado do Edu e dou um bom dia animado para as meninas. Que me olham com um olhar intrigado. _Que foi? -pergunto me virando para frente enquanto o Edu saía com o carro. _Se eu soubesse que vocês eram tão grudentos eu iria preferir vir com os meus seguranças. - Isa implica. _Não somos grudentos! - reclamo. - Não é Manu? - pergunto àquela que está a mais tempo convivendo conosco como casal. _É, geralmente não... -ela disse. _Viu? - zombo de Isa. _Mas hoje vocês estão diferentes. - Manu conclui. _Não sei do que vocês estão falando. - volto a olhar para frente e minha perna começa a balançar desenfreadamente. Edu segura a minha coxa para me fazer parar, mas isso acaba não sendo muito bom. Meu corpo logo corresponde ao seu toque. Olho para ele, que vira o rosto apenas para me olhar profundamente e dizer: _Calma amor. - aceno positivamente um tanto quanto desnorteada. Lentamente ele tira a mão da minha coxa, mas sinto seu toque ali por muito tempo, como se minha pele formigasse onde ele tocou. _Definitivamente estranhos. Aconteceu algo que eu não estou sabendo? - Isa questiona. Sinto meu rosto esquentar. Maldição de ser branca! _Não! É claro que não. - digo sem olhar para trás. Minha amiga faz um "hum" desconfiado e eu tento controlar minha respiração e ficar calma. Por quê as pessoas tem que me conhecer tão bem? Olho para o Edu e ele esta fazendo um sacrifício muito grande para não rir, e só por isso eu quero socá-lo, ou talvez beijá-lo. É claro que eu vou contar para as minhas amigas o que aconteceu. Mas ali, dentro do carro com o Edu não é o melhor momento. É verdade que ele sempre foi nosso amigo e continua sendo, mas há certas coisas que é melhor não serem ditas na frente de um homem. Principalmente quando o homem em questão é o próprio. Eu vou contá-las, mas não agora. Edu sabiamente desviou o assunto para algo corriqueiro e eu o agradeci mentalmente por isso. Pouco depois ele estacionou e nós descemos do carro. Meu namorado entrelaçou seus dedos nos meus enquanto entrávamos no colégio. E assim começou mais um dia longo de aulas, felizmente a terceira e quarta aula do dia não aconteceu, o professor havia faltado por problemas pessoais. Eu deveria não ficar feliz com isso, mas fiquei. E muito. Eu e Isa fomos para a biblioteca aproveitar o ar condicionado já que estava muito quente lá fora, e ainda nos restava pelo menos duas horas até a próxima aula. Ela se dirigiu até a prateleira de livros enquanto eu me sentava em um sofá no canto da sala, e aproveitava para olhar minhas redes sociais. Pouco depois minha amiga jogou um livro na mesinha de centro em frente ao sofá onde estava sentada e sentou-se ao meu lado. _Meu pai está insuportável! Ele está fazendo da minha vida um verdadeiro inferno, já não basta aquele monte de guarda-costas inúteis atrás de mim me impedindo de ver o Taylor, ele mal fala comigo e quando fala é para me julgar ou ofender. - minha amiga cruza os braços frustrada.- ele diz que eu o decepcionei, que ele esperava mais de mim do que eu me deitat com o primeiro que aparecesse. _Mas... _Eu já falei milhares de vezes que eu e o Taylor não transamos mas ele não acredita. Só por que ele me viu deitados na mesma cama que o Taylor ele decidiu tirar essa conclusão. Urgh! Você e o Edu por exemplo, não é por que vocês dormiram juntos que vocês transaram. - senti meu rosto ruborizar derrepente e engoli em seco. Era agora. _Isa... -comecei. _Ah meninas, sabia que estavam aqui. - Manu diz ao se juntar a nós. _O quê faz aqui? -Isa pergunta. _Educação física. - ela revira os olhos e dá de ombros e todas nós entendemos o que ela quis dizer com isso. -Então, o quê eu perdi? _Nada muito importante, eu só estou me lamentando. -Isa diz mais uma vez. Eu engulo minha insegurança, respiro fundo e solto. _Aconteceu. - digo convicta. _O quê? -ambas perguntam me encaram. _Eu e o Edu, aconteceu. - digo. _Como é que é? - Isa diz quase em um grito, e no mesmo instante a bibliotecária nos olha de cara feia e faz um: shiu bem longo e enfático. _Vocês...- Manu tenta perguntar mas não tem coragem de terminar a pergunta. _Sim, nós dormimos juntos. _Eu sabia que tinha algo de errado com vocês hoje de manhã. - Isa diz. _Não tem nada de errado conosco. Eu estou muito bem com isso, e espero que ele também. - digo na defensiva. _Não amiga, estou dizendo que vocês estavam diferentes mas como uma coisa boa. Pareciam mais... Íntimos? _Bom, definitivamente esse é um fato que não há como se contestar. - ironizo. _Como isso aconteceu?- Manu questiona interessada. _Acontecendo? _Não. - ela revira os olhos. - É que...O Edu não tinha dito que isso não aconteceria? _Bom, não exatamente. Ele disse que não aconteceria enquanto eu não... _Não se apaixonasse por ele! - Isa me interrompe completando em alto e bom som, nos fazendo ser repreendidas novamente pela bibliotecária. _Sim. É isso. - digo baixo dando um olhar de repreensão para a Isa. - e se você parar de dar esses gritos eu agradeço, estou com medo do seu próximo grito ser algo mais íntimo e amanhã de manhã a perda da minha virgindade ser manchete no jornal da escola. _Está bem, desculpa. _Isso quer dizer que você se convenceu de que está apaixonada por ele? - Manu questiona arqueado uma das sombrancelhas como quem diz: eu sempre soube disso mas você não quis me ouvir. _Sim. Na verdade eu confessei que sempre o amei, mesmo sem saber que era ele. _Como assim? - Manu pergunta. _É uma longa história, o fato é que eu o amo, o amo muito. É como se todo amor que eu sinto por ele transbordasse do meu peito, encharcasse cada poro da minha pele e mesmo assim ainda faltaria lugar para tanto sentimento. _Bia, isso é lindo. - Manu diz sonhadora. _É a verdade, eu amo aquele homem. _Acho que eu entendo a sensação. - Isa disse um pouco melancólica e me aproximei mais dela e apertei a sua mão. _Isa... _Não, deixa isso para lá. Eu quero que você me conte tudo. Como foi? Foi bom? Quero detalhes, até os sórdidos. Doeu? Ele foi carinhoso, você... -e assim a Isa começou fazer uma lista infindável de perguntas indiscretas enquanto a Manu apenas se calou. A Manu era romântica ao extremo e pura demais para pensar em sexo ou perguntar qualquer coisa a respeito. Então ela só ficou quieta, mas eu sabia que do jeitinho dela ela estava feliz por mim e naquele momento eu desejei que ela encontrasse o cara certo para ela, e queria poder fazer algo para que isso acontecesse logo.
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