— Você é gay, Benjamim?
— Oi? — olhei para o Kadu — Gay?
Olhei para o Gabriel que me olhava, voltei a olhar para o kadu.
— Sou! — Sorri — Tem algum problema?
— Claro que não, Ben — sorriu — Só não esperava por isso, não esperava mesmo!
Entramos no elevador em silêncio. Eu fiquei no meio, entre os dois.
— Tudo certo no apartamento? — perguntei quebrando o silêncio.
— Tudo sim! Só faltam umas coisas simples e contratar alguém pra arrumar a casa, fazer uma faxina.
— Ah sim...
— Mas eu ainda fico te devendo aquela ajuda que cê me deu.
— Esquece isso, fiz nada de mais.
— Claro que não, pelo menos a cerveja eu faço questão de retribuir.
A porta se abriu.
— Vamos, Benjamim.
Gabriel segurou em meu pulso e me levou junto com ele.
— Tchau, Ben.
Pude ouvi Kadu de fora do elevador. Fomos assim com ele me segurando até seu carro.
— Esse cara não me entra — falou entrando no carro.
— Não entra ou o teu ciúmes não deixam ele entrar?
Gabriel olhou com a cara amarrada para mim e não falou nada. Ligou o carro e arrancou com o mesmo, ligou o som que estava extremamente alto.
— Gabriel?
— Que é Benjamim?
Nós ficamos nos encarando.
— Porra, Ben... — reclamou.
Desligou o som e fechou a cara mais ainda. Apenas sorri. Estiquei minha mão voltando a ligar o som, baixei o volume e troquei de estação, por fim, voltando à posição na qual estava antes. Poucos segundos depois ele pegou minha mão e colocou sobre sua coxa e a segurou. Fomos o caminho todo em silêncio, ele estacionou o carro, mas não se moveu.
— Sim, você tem razão — falou sem olhar pra mim — Eu estou com ciúmes, Ben!
— Ogro...
Tirei o cinto e olhei em nossa volta, coloquei minha mão entre suas pernas e depois minhas pernas sobre as dele fazendo com que eu senta-se em seu colo de frente para ele.
— Não precisa ter — toquei seu rosto — Eu só tenho olhos pra você e sabe o porque? Por que você é a pessoa que faz meu coração acelerar toda vez que eu penso em ti. É você que domina meus pensamentos em grande parte do meu dia. Você é meu ontem, meu hoje, meu amanhã e meu sempre. É você quem eu sempre quis, Biel.
Seus olhos tinham um brilho no qual eu nunca tinha vista, um brilho tão bonito que me fez sorrir.
— Você é meu, Benjamim, eu não sei o que faço da minha vida sem você.
Encostei minha boca na dele e o beijei com delicadeza. Suas mãos apertaram minha cintura com leveza, ao poucos fui deslocando meus lábios do dele.
— Cê quer namorar comigo?
Perguntei com os olhos fechado, mas pude ouvi um sorriso se formando em seus lábios.
— Você já é meu namorado, Benjamim — me deu um selinho — Mas respondendo seu pedido, sim! Eu aceito!
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Mystery / ThrillerBenjamim viu sua vida se transformar em um grande pesadelo desde aquele final de noite em seu apartamento quando foi surpreendido pela pessoa que passaria a ser seu único contato com o mundo exterior. Toda vez que a porta do pequeno compartimento qu...